62280LikesÉ claro que é uma generalização. Me desculpe se ofendi os concurseiros empreendedores.
É claro que é uma generalização. Me desculpe se ofendi os concurseiros empreendedores.
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Minha crítica ao sindicalismo é mais direcionada ao nosso modelo sindical. A unicidade sindical e a contribuição compulsória tiram muito da autonomia dos sindicatos, e geram esse peleguismo que nós conhecemos. Esse modelo de entidades paraestatais (não só os sindicatos, mas também o sistema S), além de onerar desnecessariamente o trabalho, é um paraíso para a corrupção. O primeiro passo, IMO, é instituir liberdade sindical de verdade. Deixar que os trabalhadores se organizem como bem entenderem e contribuam apenas se quiserem.Postado originalmente por Fonteles
Isso facilitaria também a criação de um órgão de mediação administrativa de conflitos laborais. Pra mim é muito mais lógico que a conciliação aconteça numa fase pré-judicial, com a participação dos órgãos de representação patronal, dos trabalhadores e do governo. Não vejo sentido movimentar toda a estrutura judicial, que é cara, pra juiz ficar forçando conciliação. Também não vejo a menor necessidade de ter uma justiça especializada. Varas especializadas seriam mais do que suficientes, IMO. Além disso, eu acho que juízes que trabalham com todas as áreas do direito, e não só com trabalhista, dariam uma bela arejada na visão dos tribunais sobre o tema. É aquela velha história de que quem só convive com quem pensa igual tende a radicalizar suas posições.
Como a JT é pior pro ambiente de negócio do que as leis trabalhistas em si, eu acho que essas mudanças já teriam um efeito muito benéfico.
De resto, eu acho que precisa de alguns ajustes pontuais. Eu não vejo muito sentido em algumas proteções redundantes como FGTS e seguro desemprego. Especialmente quando os recursos do FGTS são extremamente malversados. Se tirar contribuição pro sistema S e FGTS, já dá uma boa desonerada na folha de trabalho. Não vejo sentido nesse pânico antiterceirização (os argumentos da galera de esquerda me parecem completamente deslocados no tempo), na rigidez no controle de jornadas de trabalho, e outros anacronismos ainda presentes na CLT.
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Quem se ofendeu não entendeu o teor do que você falou. Nosso estado incentiva de fato que quem é bom vá pra burocracia.
O empreendedor brasileiro em geral é um herdeiro que tem a situação financeira garantida mesmo se tudo der errado, ou o cara fodido que não tem outra opção.
Você dificilmente acha um cara de classe média baixa inteligente e capaz que decide virar empreendedor.
Isso acontece porque a gente vive num país que não dá pra fazer nada sem capital próprio. As pouquíssimas exceções estão na internet, que é onde o custo de entrada é baixíssimo.
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Mas esse é um ponto de crítica plausível.
Em primeiro lugar te afirmo: 90% dos concurseiros quer estabilidade com bom salário. Vocação é minoria. Suas duas exceções à regra são exceções.
Em segundo, mesmo que não fossem exceções, o fato do cara mesmo gostando de ser empreendedor ir pra burocracia só mostra o incentivo errado vindo do Estado. Empreender é tão difícil que é mais fácil garantir um cargo e deixar o empreendedorismo como algo subsidiário.
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Existem dois lados aí. Os liberais que querem acabar com a CLT e deixar o mercado se regular (me incluo aqui) e os “defensores dos trabalhadores” que são contra, pois acreditam que o resultado será prejudicial aos trabalhadores, mas existe um meio termo aí que só elimina o governo e os sindicatos do processo trazendo o benefício diretamente para os trabalhadores. Vou fazer uma conta de padeiro abaixo, só para demonstrar:
Salário mensal do trabalhador: R$ 1.500,00
Trabalha 11 meses, fica um de férias, recebe 11 meses + 1 de férias + 1/3 + 13º Terceiro.
13,33 x R$ 1.500,00 = R$ 20.000,00
INSS descontado do empregado 9% -> R$ 1.800,00
INSS pago pela empresa 20% -> R$ 4.000,00
FGTS 8% -> R$ 1.600,00
40% de multa sobre o FGTS -> R$ 640,00
Total = R$ 28.040,00
Você pode dividir esse valor por 12 meses (R$ 2.336,67) e pagar quando o trabalhador estiver de férias, ou dividir por 11 (R$ 2.549,09) e não pagar o mês de férias. Eu prefiro essa segunda opção, por ser mais transparente e permitir a opção do funcionário trabalhar ao invés de tirar férias, caso seja de sua escolha.
A conta está bem por cima, até pq existem mais impostos como a contribuição sindical (que é um absurdo) entre diversos outros que devemos considerar caso a caso.
Todo esse imposto citado tem como objetivo voltar para o trabalhador, então pq já não repassar diretamente? Pq o governo não acaba com a CLT e reajusta todos os salários (incluindo os índices como o mínimo e os pisos das categorias) com base em um cálculo como esse? A resposta é muito simples, o modelo atual é benéfico exclusivamente para o governo, ele recebe um percentual absurdo de INSS pago pelo empreendedor e pelo empregado e usa esse dinheiro para pagar a geração anterior pois ele não soube administrar o dinheiro arrecadado no passado, assim como essa geração está pagando valores absurdos e provavelmente não irá receber nada próximo do justo. Assim como ele guarda o FGTS para o trabalhador, mas reajusta com uma taxa ridiculamente baixa de 3% a.a.
Essa é uma mudança boa para o trabalhador pois vai receber o valor do seu trabalho em tempo real sem intermediários e sem ficar com o dinheiro parado. Será bom para o empregador que já paga todos esses impostos e vai conseguir reduzir muito em burocracia, em departamentos de controladoria de custos, em contabilidade que não precisará ficar calculando diversas guias mensalmente, no financeiro que não terá que fazer diversos pagamentos, em software, etc.
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Colocar todos os encargos trabalhistas como pagamento direto pro trabalhador (mas ainda com a regulamentação estatal para garantir que aconteça) é a melhor solução AINEC.Existem dois lados aí. Os liberais que querem acabar com a CLT e deixar o mercado se regular (me incluo aqui) e os “defensores dos trabalhadores” que são contra, pois acreditam que o resultado será prejudicial aos trabalhadores, mas existe um meio termo aí que só elimina o governo e os sindicatos do processo trazendo o benefício diretamente para os trabalhadores. Vou fazer uma conta de padeiro abaixo, só para demonstrar:
Salário mensal do trabalhador: R$ 1.500,00
Trabalha 11 meses, fica um de férias, recebe 11 meses + 1 de férias + 1/3 + 13º Terceiro.
13,33 x R$ 1.500,00 = R$ 20.000,00
INSS descontado do empregado 9% -> R$ 1.800,00
INSS pago pela empresa 20% -> R$ 4.000,00
FGTS 8% -> R$ 1.600,00
40% de multa sobre o FGTS -> R$ 640,00
Total = R$ 28.040,00
Você pode dividir esse valor por 12 meses (R$ 2.336,67) e pagar quando o trabalhador estiver de férias, ou dividir por 11 (R$ 2.549,09) e não pagar o mês de férias. Eu prefiro essa segunda opção, por ser mais transparente e permitir a opção do funcionário trabalhar ao invés de tirar férias, caso seja de sua escolha.
A conta está bem por cima, até pq existem mais impostos como a contribuição sindical (que é um absurdo) entre diversos outros que devemos considerar caso a caso.
Todo esse imposto citado tem como objetivo voltar para o trabalhador, então pq já não repassar diretamente? Pq o governo não acaba com a CLT e reajusta todos os salários (incluindo os índices como o mínimo e os pisos das categorias) com base em um cálculo como esse? A resposta é muito simples, o modelo atual é benéfico exclusivamente para o governo, ele recebe um percentual absurdo de INSS pago pelo empreendedor e pelo empregado e usa esse dinheiro para pagar a geração anterior pois ele não soube administrar o dinheiro arrecadado no passado, assim como essa geração está pagando valores absurdos e provavelmente não irá receber nada próximo do justo. Assim como ele guarda o FGTS para o trabalhador, mas reajusta com uma taxa ridiculamente baixa de 3% a.a.
Essa é uma mudança boa para o trabalhador pois vai receber o valor do seu trabalho em tempo real sem intermediários e sem ficar com o dinheiro parado. Será bom para o empregador que já paga todos esses impostos e vai conseguir reduzir muito em burocracia, em departamentos de controladoria de custos, em contabilidade que não precisará ficar calculando diversas guias mensalmente, no financeiro que não terá que fazer diversos pagamentos, em software, etc.
Mas a chance de isso acontecer é 0.
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Realmente faz bastante sentido isso ai @Cezar Teixeira, mas e como ficaria o custeio ?
No caso vc mesmo especificou que a falta de administração faz com que a renda seja usada em peso pra pagar os benefícios da geração passada. Então a base de financiamento da seguridade social em geral iria despencar com tendência ao colapso, não ? Seria como pagar os benefícios diretamente mas depois na hora de requerer uma aposentadoria por tempo de contribuição por exemplo, como ficaria a situação para os trabalhadores se a antiga fonte de custeio diminuiu drasticamente ?
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@DiegoSestito,
Eu, por exemplo, não faço questão de 30 dias de férias. Nem mesmo de 20. Pra mim uns 10 dias úteis (quebrados em 5 e 5)já estaria de bom tamanho.
Vc não acha justo que eu pudesse negociar isso diretamente com meu empregador?
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Eu não sei se o valor retido como contribuição previdenciária seria suficiente pra garantir aposentadorias/pensões, mesmo que bem administrado.
E, se acabar com contribuição previdenciária, pode ter certeza que a maioria vai torrar o dinheiro todo na juventude e pedir esmola pro governo na velhice.
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Eu que sou autônomo acho que eu nunca tive 30 dias de férias na vida.
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