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Pessoal, vamos diminuir a torcida, por favor! O povão vai pros EUA e UK pq lá, contando todos os fatores globalmente considerados, a vida é melhor. Eles não tem muita segurança quanto a algumas questões trabalhistas, mas no fim, contando tudo o que eles têm de bom nesses países a vida será muito melhor do que num país latino-americano historicamente marginal, mas que, dentre várias coisas negativas, possui, ao menos, uma carta de direitos trabalhistas importantes. Só isso. Rriccio, ekalil e cia podem nos dar argumentos melhores do que essa brincadeira aí.
Estamos contando com isso.
O argumento é que as condições são melhores justamente por ter menos regulamentação ué.
Vcs podem concordar ou não, mas pra quem pende mais pro lado liberal isso é um argumento.
Então, beleza, fala para mim que benefício trabalhista vc quer cortar, pq, e como o trabalhador e o empregador, ambos, ganharão (em uma medida de curto, médio e longo prazo).
Você quer cortar o que? férias anuais? 13º? Horas extras? Quem sabe licença-maternidade?
Pq esse tom irônico? É basicamente tudo isso mesmo. E não é cortar, é deixar o empregado e empregador assinarem um contrato entre eles sem ter um caminhão de regras por trás que invalidam qq contrato.
Essa não é uma situação justa. O trabalhador não está num mesmo pé de igualdade que o empregador.(Imagine um empregado implorando uma licença-paternidade? Um adicional de periculosidade? lol, só na sua cabeça mesmo. Aham, vai ter negociação sim. Filho, ninguém é insubstituível. Não gostou dessas condições, tchau, procuro outro que queira as cláusulas que eu quero dar. lol, vai nessa, vai) Esse é um princípio basilar de vários ordenamentos jurídicos no mundo inteiro, inclusive na Inglaterra, pós Tatcher. Empregado e Empregador podem tergiversar sobre um monte de coisa, e até acho que poderia haver uma maior flexibilização, sem haver o intermédio de sindicatos (como ocorre hoje no brasil, para algumas categorias profissionais), mas sobre situações básicas e elementares eu não concordo MESMO. Aliás, para mudar situações clássicas do direito do trabalho só implodindo a nossa Constituição, fazer uma revolução, e criar um novo Estado, pq a maioria são cláusulas pétreas e não podem ser suprimidas por Emenda Constitucional.
O principal problema, IMO, eh que a lei coloca todo empregado no mesmo patamar. Pode ser que um metalurgico esteja numa situacao desfavoravel com relacao ao seu empregador, mas isso nao se aplica pra profissionais mais qualificados, por exemplo. Eu cansei de ver gente com proposta de varias empresas onde ocorria exatamente o contrario, o empregado eh quem tem vantagens sobre o empregador na negociacao. So que, no Brasil, a imensa maioria desses casos corre da CLT, usando PJ ou fazendo um catrupe pra colocar o cara como socio.
Outro problema eh que vc parte do pressuposto de que o empregador sempre quer explorar ao maximo o empregado. Essa eh outra generalizacao meio boba, pq eh obvio que existem diversos tipos de empregadores. Especialmente nos tempos atuais, qualquer empreendedor com um pouco mais de visao nao vai se preocupar em tirar beneficios do empregado, desde que ele seja produtivo. O cara quer um funcionario bom e esta disposto a pagar mais por isso, seja em termos de salarios, seja concedendo beneficios que vao alem dos basicos. O proprio Riccio deu o exemplo ai, falando que prefere pagar 200 pra um cara produtivo do que 100 pra um cara meia boca. Vc acha que um cara como o Riccio eh um mesquinho que quer sugar o seu funcionario o maximo possivel? Apesar de conhece-lo pouco, eu duvido mto disso. Acho que ele ta disposto a pagar bem e conceder beneficios pra um cara bom no que faz e esse contrato deveria ser feitos pelas duas partes apenas, sem necessidade de intervencao do governo.
Eh claro que nem tudo sao flores e existem setores e empresas onde o empregador vai ter mais poder e, muitos deles, abusariam disso caso nao existisse regulamentacao. Digo muitos deles pq as empresas mais espertas ja perceberam que essa estrategia eh -
ev e que, no longo prazo, eh melhor pra empresa tratar bem seus funcionarios. Nesses casos, onde o trabalhador eh menos qualificado e facilmente substituivel, eu realmente nao consigo afirmar com certeza qual seria a melhor maneira de lidar com isso.
Enfim, resumindo, IMO a relacao eh mto menos desigual do que vc (e boa parte do mundo) acha, principalmente quando a qualificacao do empregado eh maior. Nao eh a toa que empresas saem no tapa pra conseguir atrair os melhores profissionais. O que desanima mesmo eh ver qta gente tem essa imagem pessima do empresario, achando que ele eh um porco capitalista que so quer explorar seus funcionarios ao maximo sem pensar em mais nada. A palavra chave eh produtividade, e quando ela eh colocada em foco, todos esses outros detalhes ficam mto menores.