@moscow
O governo não cortou gasto nenhum. O que ele propôs é a impossibilidade do seu crescimento real.
A urgência já existe desde antes da última eleição, já que o país enfrenta uma das maiores recessões da história. Você pode até discutir se a proposta do governo é o caminho certo, mas achar que não tem urgência e manter a mesma inércia do governo Dilma II eu acho temerário. Quase toda medida fiscal tomada pelo governo surte seus efeitos próprios algum tempo depois (e.g. mudança em imposto tem que respeitar o princípio da anterioridade) mas surte efeitos psicológicos imediatos.
Concordo com o Kléber, a população não entende nada de orçamento pra querer discutir esses assuntos. E eu discordo de democracia direta, população governando é prenúncio de caos social. É só olhar como essa questão fiscal foi tratada na última eleição.
Quanto ao texto, nego tá falando uma bobagem sem tamanho. Todo país do mundo vende dívida mobiliária (título da dívida pública) e ela é negociada em mercado secundário. O que, obviamente, não significa que ela seja uma segunda moeda. Vai tentar comprar alguma coisa com a seu tesouro direto pra ver se rola... Comprar título do governo é emprestar dinheiro pro governo. É claro que vai te render muito mais que segurar dinheiro debaixo do colchão. A comparação é bizarra, ou nego é analfabeto econômico ou tá de má-fé.
A questão é simples, se eu venho pedir dinheiro aqui no MaisEv, eu tenho que oferecer juros maiores que poupança ou TD, já que o meu risco de não pagar é muito maior. O Brasil precisa pedir dinheiro pra pagar as contas, já que vive rolando dívida. Ele tem que oferecer alguma coisa, ou segurança ou rentabilidade maior. Nesse sentido, a PEC ajuda a baixar os juros, já que dá uma segurança de que o país não vai sair aumentando suas despesas de forma que não consiga pagar no futuro.
BTW, vou sair e devo ficar uns dias sem acessar o fórum. Depois eu vejo o que rolou na discussão