Arcturus pondera brevemente sobre a situação e concorda.
"Isso pode nos trazer vantagem no futuro. Além do mais, qual a graça de bater num oponente derrotado que pede clemência?"
Orlando, enquanto isso, foi até a mochila presa no cavalo de Cervantes e pegou um dos potes de pasta verde dele. Passando a milagrosa pasta das dragoas-caçadoras nos pontos mais críticos do gigante. Três potes foram necessários para que ele parasse de sangrar em todos os pontos, mas nada poderia ser feito sobre seu braço quebrado.
Cervantes permanecia concentrado. Embora prestando atenção ao que acontecia, ele temia que tudo fosse um trapaça. Não queria matar ninguém estava assombrado demais com a imagem do velho capitão morto para aceitar matar alguém desarmado e derrotado. Mas como esse alguém poderia ter amigos, decidiu manter sua concentração para manter a Ursa em terra.
Cada passo era um esforço de concentração, mas ele conseguiu. E conforme Azgher passeava no céu, a Ursa cobria a todos, fazendo sombra, inclusive no gigante.
Depois de cerca de 20 minutos seguindo o gigante em seus animais (Cervantes sendo carregado pela Ursa, depois de pedir que ela o fizesse, com seu cavalo seguindo os outros), vocês ouvem vários passos. Seis ou sete gigantes se aproximam ameaçadoramente, vendo a Ursa gigante. De repente, ao chegarem próximos a vocês, enxergam seu companheiro ferido. Eles grunhem alguma coisa na língua deles, e o companheiro responde. Esses grunhidos vão e vêm por alguns minutos, e Arcturus aperta o cabo do martelo enquanto isso, preparado para luta.
O que parecia ser líder do grupo, então, abaixa sua cabeça em sinal de cumprimento e fala, num sotaque tão carregado quanto o de seu companheiro, num Valkar arrastado:
"GIGANTIS, CEIS SÃO GIGANTIS. BOA VINDOS À SUA TRIBO, GIGANTIS!"
E conduz vocês até o meio da aldeia. A Ursa, num dado ponto, desaparece, pouco depois de Cervantes perder a concentração, deslumbrado com o tamanho das construções de pedra. Eram cavernas, mas não eram cavernas. Eram construções de pedras, como cavernas gigantes, mas, claramente, feitas por mãos conscientes do trabalho.
Ao chegarem ao centro da aldeia, havia um fogo enorme. Um gigante velho, e recurvado, começa a conversar com os gigantes da patrulha que buscaram você, e, olhando do gigante ferido para vocês, grunhe mais algumas coisas, e faz uns gestos. Três dos patrulheiros carregam o seu antigo oponente para uma das casas de pedra, enquanto o velho se volta para vocês.
Seu sotaque carregado é forte, mas seu domínio da língua é maior. Ele fala com vagar, como se pensasse nas palavras antes de falá-las:
"VOCÊS SÃO GIGANTES AGORA......... BEM-VINDOS À NOSSA TRIBO....... POR FAVOR........ COMAM CONOSCO......... ENQUANTO PREPARAMOS SEUS....... AMULETOS.......... PARA QUE TODOS......... OS GIGANTES..... SAIBAM QUE......... VOCÊS SÃO GIGANTES....."
Arcturus não questionou. Havia cerca de 10 animais assando sobre as fogueiras. Ele se sentou e esperou a hora de comer. Faminto pela luta, ele comeu selvagemente. Todos vocês foram convidados a se sentar ao redor da fogueira para comer.
"ALGUNS...... FALAM.... A LÍNGUA.... COMUM....... CASO........ QUEIRAM CONVERSAR........."
E, dizendo isto, o velho se recolheu, com certa dificuldade, à construção maior, atrás da fogueira.
Minutos depois, enquanto vocês comiam, um gigante maior que todos os outros apareceu. Seus cabelos, castanhos como todos os outros, era raspado nas laterais, formando um moicano no centro. Sua barba era maior que a de todos, que não o velho, e seus olhos, verdes como os de todos os outros, demonstravam inteligência e ferocidade.
Suas tatuagens, cicatrizes e joias demonstravam que ele era o líder daquela tribo. Olhou para vocês, não disse nada, sentou-se e pegou um dos animais da fogueira, comendo-o inteiro, direto do espeto.