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JoseIrineu
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Kleber
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JoseIrineu
Engraçado que até esse comportamento de bando o veinho explicou de certa forma, falando sobre redes sociais.
Falando sobre ele, não consigo ver como uma perda e nem ficar triste, penso só em celebrar a existência de um cara que dedicou a vida a entender melhor o ser humano e mais do que isso, conseguir falar pra sociedade, em vez de se enterrar no academicismo.
Vi muita gente reclamando tipo "agora todo mundo conhece Bauman, mas ninguém leu Bauman"
Eu mesmo nunca li, tenho uma baita dificuldade pra ler, mas por outro lado você acha infinitas entrevistas dele, sendo pontual sobre algo que realmente muda a vida. Meu ponto é que ninguém precisa se aprofundar desesperadamente em algum pensador hoje, dado que grande parte dos nomes relevantes atualmente estão sempre dando entrevista e facilitando o acesso ao conhecimento.
E minha visão é essa, que esse cara deu uma baita facilitada pra entender sobre o que ele fala. Sorte a nossa de sermos contemporâneos dele.
Não conhecia esse termo. Cara, eu penso o oposto. Os caras que mais conhecem sobre determinado assunto não ficam explicando sempre pro povão, fazem artigos acadêmicos para contribuir com o pensamento na fronteira do que já se sabe. Quem lê os artigos são outras pessoas que tb já sabem sobre o tema.
Se Einstein tivesse se preocupado em apresentar a teoria da relatividade pro povão, provavelmente ela n teria utilidade nenhuma, de tão simplificada. Se cada engenheiro pica que descobrir uma nova tecnologia aérea quiser entregar mastigado, não vamos evoluir em nada tb, vai ter que começar citando leis de newton.
O processo do conhecimento acadêmico é árduo. É feito com muita leitura msm e não tem como ser feito de outra forma.
Pro povão geralmente faz sucesso nego ruim. Em economia povão lê Miriam Leitão, em Direito pegam entrevista com professor de cursinho, na política ouvem oq Tico Santa Cruz e Gregório Duvivier tem a dizer, em ciências assistem o Pirula. Filosofia o pessoal ouve Cortela, Pondé e Karnal.
Eu não estou desdenhando da academia e nem do trabalho acadêmico, o próprio Milton Santos, que é um cara que eu também admiro, diz no "Por uma outra globalização" (se não me engano) que o papel do intelectual não é ser midiático e sim produzir conhecimento (to resumindo, pq já tem um tempo q eu li esse livro e não lembro da citação exata).
De qualquer maneira, quando eu falo de academicismo, é mais pra linha que o Sopro colocou pra frente, de tornar o conhecimento acessível. A academia é uma parada fechada e se o conhecimento produzido ali não volta pra sociedade, imo, perde-se um pouco o sentido. Acho que a área de exatas talvez seja a mais difícil e de fato a menos aplicável no dia a dia.
Agora em termos de humanas, vejo com muito bons olhos acadêmicos que além de produzir um conhecimento foda, ainda conseguem dialogar com a sociedade, ou povão como você disse.
Ah e sim vc mandou mal misturando um monte de nego ai que não tem nada a ver. Até o Pirula é um cara legal nesse sentido, pq é acadêmico e consegue se comunicar com uma galera, explicando pensamento científico e como aplicar isso no dia a dia.
Agora Tito, Duvivier e Miriam Leitão se encontram em outro espectro, pessoas que se destacam nas suas profissões e emitem opinião, muitas vezes sem fundamento. Citar qualquer um desses três como referência de pensamento é um pouco raso, imho.