Eleições 2014

[Stolf]

"

Eu acho um absurdo, mas não pelo fato de prejudicar a credibilidade do país, porque os dados serão divulgados após as eleições. Eu acho absurdo por sonegar dados valiosos ao processo eleitoral, o que é um atentado à democracia.

Eu me expressei mal, eu quis dizer que o uso político de órgão como IPEA e IBGE é que mina a credibilidade do país. Não tava me referindo exclusivamente a esse "represamento" de dados até o segundo turno. Tava me referindo às várias denúncias de uso político do IPEA que já vêm de algum tempo (muito provavelmente devme coincidir com a entrada do picareta do Márcio Pochmann na presidência),e das recentes denúncias de uso político do IBGE.

Tirando o atual represamento de dados, quais são as denúncias?

De "aparelhamento" desses órgãos.

Quando o Márcio Pochmann entrou, em 2007, ele dispensou alguns pesquisadores que colaboravam com o IPEA, incluindo o Fábio Giambiagi, porque não estavam alinhados ideologicamente com ele, e trocou todas as diretorias do órgão. Depois começou a produzir uma série de pesquisas bizarras pra tentar demonstrar na marra que o Brasil precisava de mais funcionalismo, que a produtividade dos servidores públicos era maior que na iniciativa privada (não me pergunte a metodologia, o IPEA não divulgou...). Ou seja, começou a usar o órgão pra servir de instrumento pra sua ideologia. Se não me falha a memória, teve uma denúncia sobre as questões de um concurso aberto pelo Pochmann.

Quanto ao IBGE, teve protesto de servidores reclamando de que eles pararam de divulgar o PNAD por interesses partidários, e não em razão de impossibilidade técnica decorrente da alteração da metodologia (que é necessária para o novo cálculo do Fundo de Participação dos Municípios).

A do IBGE eu não levei muito à sério, as do IPEA eu considero bem sérias. Pelo menos, a Dilma já tirou o Pochmann de lá.

Relembrando: Produtividade no setor público supera a do setor privado - Carta Maior

pérolas:

“Há muita ideologia e poucos dados nas argumentações de que o Estado é improdutivo, e os números mostram isso: a produtividade na administração pública cresceu 1,1% a mais do que o crescimento produtivo contabilizado no setor privado, durante todo o período analisado”

aí logo depois de reclamar de ideologia, ele vai e solta:

O presidente do Ipea lembrou ainda que as administrações estaduais que adotaram medidas de choque de gestão, como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, não constam entre aquelas com melhor desempenho na produtividade. "Ou tiveram ganho muito baixo, ou ficaram abaixo da média de 1995 a 2006", afirmou, ressalvando que essa comparação não era objetivo do estudo, mas foi uma das conclusões observadas.

Ganha +rep quem acertar de qual partido eram os governadores de SP, MG e RS na época da fala"

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PSDB!

"+REP do ALvinho não dá pra perder"

[Tche_88]

Eu acho um absurdo, mas não pelo fato de prejudicar a credibilidade do país, porque os dados serão divulgados após as eleições. Eu acho absurdo por sonegar dados valiosos ao processo eleitoral, o que é um atentado à democracia.

Eu me expressei mal, eu quis dizer que o uso político de órgão como IPEA e IBGE é que mina a credibilidade do país. Não tava me referindo exclusivamente a esse "represamento" de dados até o segundo turno. Tava me referindo às várias denúncias de uso político do IPEA que já vêm de algum tempo (muito provavelmente devme coincidir com a entrada do picareta do Márcio Pochmann na presidência),e das recentes denúncias de uso político do IBGE.

Tirando o atual represamento de dados, quais são as denúncias?

De "aparelhamento" desses órgãos.

Quando o Márcio Pochmann entrou, em 2007, ele dispensou alguns pesquisadores que colaboravam com o IPEA, incluindo o Fábio Giambiagi, porque não estavam alinhados ideologicamente com ele, e trocou todas as diretorias do órgão. Depois começou a produzir uma série de pesquisas bizarras pra tentar demonstrar na marra que o Brasil precisava de mais funcionalismo, que a produtividade dos servidores públicos era maior que na iniciativa privada (não me pergunte a metodologia, o IPEA não divulgou...). Ou seja, começou a usar o órgão pra servir de instrumento pra sua ideologia. Se não me falha a memória, teve uma denúncia sobre as questões de um concurso aberto pelo Pochmann.

Quanto ao IBGE, teve protesto de servidores reclamando de que eles pararam de divulgar o PNAD por interesses partidários, e não em razão de impossibilidade técnica decorrente da alteração da metodologia (que é necessária para o novo cálculo do Fundo de Participação dos Municípios).

A do IBGE eu não levei muito à sério, as do IPEA eu considero bem sérias. Pelo menos, a Dilma já tirou o Pochmann de lá.

Relembrando: Produtividade no setor público supera a do setor privado - Carta Maior

pérolas:

“Há muita ideologia e poucos dados nas argumentações de que o Estado é improdutivo, e os números mostram isso: a produtividade na administração pública cresceu 1,1% a mais do que o crescimento produtivo contabilizado no setor privado, durante todo o período analisado”

aí logo depois de reclamar de ideologia, ele vai e solta:

O presidente do Ipea lembrou ainda que as administrações estaduais que adotaram medidas de choque de gestão, como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, não constam entre aquelas com melhor desempenho na produtividade. "Ou tiveram ganho muito baixo, ou ficaram abaixo da média de 1995 a 2006", afirmou, ressalvando que essa comparação não era objetivo do estudo, mas foi uma das conclusões observadas.

Ganha +rep quem acertar de qual partido eram os governadores de SP, MG e RS na época da fala.

Uma análise dessa pesquisa IMB - Setor público mais produtivo do que o setor privado?

[Stolf]

Como você avalia a confiabilidade desses números?

eu verifiquei para o período fhc e parece correto:
o dado inflação acumulada confere baseado no IPCA acumulado;
o salário minimo é correto;
então o salário minimo de 1994 transposto para 2002 fica ~ 140,45;

para saber o ganho anual e chegar a 4,5% -> 140,45*(x)^8 = 200 = 1,045


obs.: o gráfico cita como referência o FMI para a inflação, mas os dados que encontrei no FMI são diferentes e dão uma inflação acumulada bem mais alta do que o IPCA.

Eu me refiro ao que o gráfico chama de "aumento" e "redução".

A sugestão do gráfico é de que o salário mínimo teve maior ganho real no período FHC do que no período Lula e que no período Dilma houve uma perda de valor real. Isso está correto?

Não ele quis dizer que no governo Dilma ele parou de aumentar tanto em relação ao anterior e tb aumentou menos em relação ao FHC. No Lula aumentou em média 6,3% a.a. e na DIlma só 2,9% a.a.

[andremcosta]

A crítica que a Chaui faz sobre a classe média é uma crítica ao papel político que essa classe desempenha na sociedade. Eu não estou defendendo a posição dela, mas é uma crítica embasada em argumentos que vocês não tem a mínima ideia quais são.

Vocês simplesmente criticam uma passagem em que ela diz que odeia a classe média buscando chamar a atenção para si.

Eu já li o texto inteiro onde ela explica.

Meu primeiro problema com ela é o tom. Ela é uma filosofa acadêmica. Não é adequado esse tom agressivo e raivoso imo. Mais isso é o de menos.

O problema é que a agenda dela é política. A elite brasileira é um problema muito mais sério do ponto de vista político que a classe média. Sempre foi. E o PT se recusou a confrontar qualquer interesse da elite. Se você olhar distribuição de renda e tributação, todo o ônus de redução de desigualdade caiu sobre a classe média, e nada caiu sobre os 1% mais ricos.

Além disso a classe média é muito mais numerosa que a elite, e não vota no PT.

Eu já coloquei isso anteriormente. Em 1990, o problema era o eleitorado de baixa escolaridade, o eleitorado do voto de cabresto no nordeste, enquanto a classe média urbana era endeusada, porque votava no PT.

Hoje é o contrário. A classe média é onde o PT perde eleição. E a forma que a Chauí encontrou de combater isso politicamente foi destilando a raiva dela contra essa classe média.

Ela tem uma pequena dose de razão em algumas críticas que faz, de algumas posturas pontuais. Mas o texto dela é obviamente uma tentativa política de ridicularizar que não vota com ela.

Se você olhar o texto dela a fundo, ela tenta isentar a classe média trabalhadora, deixando clara que não inclui a classe média operária. Mas ela só exclui esse grupo até o ponto em que ele não for conservador, ou seja, votar contra o PT.

[DiegoSestito]

Eu acho um absurdo, mas não pelo fato de prejudicar a credibilidade do país, porque os dados serão divulgados após as eleições. Eu acho absurdo por sonegar dados valiosos ao processo eleitoral, o que é um atentado à democracia.

Eu me expressei mal, eu quis dizer que o uso político de órgão como IPEA e IBGE é que mina a credibilidade do país. Não tava me referindo exclusivamente a esse "represamento" de dados até o segundo turno. Tava me referindo às várias denúncias de uso político do IPEA que já vêm de algum tempo (muito provavelmente devme coincidir com a entrada do picareta do Márcio Pochmann na presidência),e das recentes denúncias de uso político do IBGE.

Tirando o atual represamento de dados, quais são as denúncias?

De "aparelhamento" desses órgãos.

Quando o Márcio Pochmann entrou, em 2007, ele dispensou alguns pesquisadores que colaboravam com o IPEA, incluindo o Fábio Giambiagi, porque não estavam alinhados ideologicamente com ele, e trocou todas as diretorias do órgão. Depois começou a produzir uma série de pesquisas bizarras pra tentar demonstrar na marra que o Brasil precisava de mais funcionalismo, que a produtividade dos servidores públicos era maior que na iniciativa privada (não me pergunte a metodologia, o IPEA não divulgou...). Ou seja, começou a usar o órgão pra servir de instrumento pra sua ideologia. Se não me falha a memória, teve uma denúncia sobre as questões de um concurso aberto pelo Pochmann.

Quanto ao IBGE, teve protesto de servidores reclamando de que eles pararam de divulgar o PNAD por interesses partidários, e não em razão de impossibilidade técnica decorrente da alteração da metodologia (que é necessária para o novo cálculo do Fundo de Participação dos Municípios).

A do IBGE eu não levei muito à sério, as do IPEA eu considero bem sérias. Pelo menos, a Dilma já tirou o Pochmann de lá.

Relembrando: Produtividade no setor público supera a do setor privado - Carta Maior

pérolas:

“Há muita ideologia e poucos dados nas argumentações de que o Estado é improdutivo, e os números mostram isso: a produtividade na administração pública cresceu 1,1% a mais do que o crescimento produtivo contabilizado no setor privado, durante todo o período analisado”

aí logo depois de reclamar de ideologia, ele vai e solta:

O presidente do Ipea lembrou ainda que as administrações estaduais que adotaram medidas de choque de gestão, como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, não constam entre aquelas com melhor desempenho na produtividade. "Ou tiveram ganho muito baixo, ou ficaram abaixo da média de 1995 a 2006", afirmou, ressalvando que essa comparação não era objetivo do estudo, mas foi uma das conclusões observadas.

Ganha +rep quem acertar de qual partido eram os governadores de SP, MG e RS na época da fala.

Uma análise dessa pesquisa IMB - Setor público mais produtivo do que o setor privado?

Bom artigo, realmente esse calculo é desonesto e idiota.

[PebaVermelho]

A crítica que a Chaui faz sobre a classe média é uma crítica ao papel político que essa classe desempenha na sociedade. Eu não estou defendendo a posição dela, mas é uma crítica embasada em argumentos que vocês não tem a mínima ideia quais são.

Vocês simplesmente criticam uma passagem em que ela diz que odeia a classe média buscando chamar a atenção para si.

Eu já li o texto inteiro onde ela explica.

Meu primeiro problema com ela é o tom. Ela é uma filosofa acadêmica. Não é adequado esse tom agressivo e raivoso imo. Mais isso é o de menos.

O problema é que a agenda dela é política. A elite brasileira é um problema muito mais sério do ponto de vista político que a classe média. Sempre foi. E o PT se recusou a confrontar qualquer interesse da elite. Se você olhar distribuição de renda e tributação, todo o ônus de redução de desigualdade caiu sobre a classe média, e nada caiu sobre os 1% mais ricos.

Além disso a classe média é muito mais numerosa que a elite, e não vota no PT.

Eu já coloquei isso anteriormente. Em 1990, o problema era o eleitorado de baixa escolaridade, o eleitorado do voto de cabresto no nordeste, enquanto a classe média urbana era endeusada, porque votava no PT.

Hoje é o contrário. A classe média é onde o PT perde eleição. E a forma que a Chauí encontrou de combater isso politicamente foi destilando a raiva dela contra essa classe média.

Ela tem uma pequena dose de razão em algumas críticas que faz, de algumas posturas pontuais. Mas o texto dela é obviamente uma tentativa política de ridicularizar que não vota com ela.

Se você olhar o texto dela a fundo, ela tenta isentar a classe média trabalhadora, deixando clara que não inclui a classe média operária. Mas ela só exclui esse grupo até o ponto em que ele não for conservador, ou seja, votar contra o PT.

Ela não tenta isentar a classe média trabalhadora, ela simplesmente não reconhece que esse contingente populacional pertença à classe média, discordando nesse ponto inclusive do próprio PT que alardeia ter levado essas pessoas à classe média. Segundo Chaui, não existe uma nova classe média, mas uma nova classe trabalhadora, e entendo que ela está coberta de razão nesse ponto.

E a base da crítica da Chaui não é a posturas como você diz, é algo bem mais amplo.

De tudo o que você escreveu, concordo apenas que o tom que ela usou não é adequado para uma acadêmica. Anyway, não quero fazer essa discussão aqui, que é razoavelmente complexa, pois viria donk de todo lado palpitar.

[ekalil]

Ah Peba, a discussao nao eh complexa porra nenhuma. Tem gente escrota na classe media, tem gente escrota que eh rica e tem gente escrota que eh pobre.

Tentar falar que uma classe inteira eh de um jeito eh ridiculo. Como falei, ate consigo entender a critica dela, mas teria que ter mto mais cuidado com os termos que ela usa (isso sem falar sobre o tom).

[r_buzatto]

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Como você avalia a confiabilidade desses números?

eu verifiquei para o período fhc e parece correto:
o dado inflação acumulada confere baseado no IPCA acumulado;
o salário minimo é correto;
então o salário minimo de 1994 transposto para 2002 fica ~ 140,45;

para saber o ganho anual e chegar a 4,5% -> 140,45*(x)^8 = 200 = 1,045


obs.: o gráfico cita como referência o FMI para a inflação, mas os dados que encontrei no FMI são diferentes e dão uma inflação acumulada bem mais alta do que o IPCA.

"

Eu me refiro ao que o gráfico chama de "aumento" e "redução".

A sugestão do gráfico é de que o salário mínimo teve maior ganho real no período FHC do que no período Lula e que no período Dilma houve uma perda de valor real. Isso está correto?

o ganho real médio do periodo lula é superior 6,3% vs 4,5% do FHC. esse 'aumento' é em comparação com ganho/perda media anual do governo anterior. ele faz 4,5[fhc] - (-7,7)[collor] =12,2 para o fhc e 6,3[lula] - 4,5[fhc] = 1,8 para o período lula; e como o ganho real do período dilma é menor do que de Lula esse valor fica negativo em 3,4% mas ainda tem um aumento de 2,9% anual acima da inflação.

[Alvinho]

Mas independente do partido, os dados apontam para isso mesmo?

Sério mesmo que você acredita numa pesquisa que fala que o funcionalismo público é mais eficiente que o privado?

[DiegoSestito]

Mas independente do partido, os dados apontam para isso mesmo?

Sério mesmo que você acredita numa pesquisa que fala que o funcionalismo público é mais eficiente que o privado?

Se os dados forem coletados da forma certa, e o calculo estiver certo, o que eu acho é irrelevante. Mas o problema está na forma como é medido a produtividade nos dois setores, o calculo feito não tem o menor sentido.