Eleições 2014

[Airton_Neto]

Essa imagem aqui confere ou é só calúnia e acusações baratas? Tô pesquisando...

[PebaVermelho]

Essa imagem aqui confere ou é só calúnia e acusações baratas? Tô pesquisando...

Confere parcialmente. Houve nepotismo sim, mas não todos os casos apontados.

[flessak]

@PebaVermelho, achei estranho essa notícia não ter repercutido nos grandes portais. Talvez por causa do debate, e pelo fato da Gazeta ser o jornal daqui de Curitiba, onde tramitam as ações da Lava-Jato. Ou porque também se pode especular que o Paulo Roberto tivesse uma ligação maior com o PP do que com o PT.

E sobre a declaração do advogado...lamentável...

[PebaVermelho]

Esse perfil Seja Dita Verdade é bem escroto, btw. Você vê que o trabalho deles é profissional, então é certamente pago pela campanha, embora não seja oficialmente vinculada a ela.

No final das contas é só um perfil pra fazer ataques mais pesados que não seriam feitos pelas páginas oficiais da Dilma ou do PT.

[PebaVermelho]

@PebaVermelho, achei estranho essa notícia não ter repercutido nos grandes portais. Talvez por causa do debate, e pelo fato da Gazeta ser o jornal daqui de Curitiba, onde tramitam as ações da Lava-Jato. Ou porque também se pode especular que o Paulo Roberto tivesse uma ligação maior com o PP do que com o PT.

E sobre a declaração do advogado...lamentável...

Provavelmente os grandes ainda não tiveram acesso.

[Airton_Neto]

Entendo. Eu vi no face e fiquei na dúvida.

[PebaVermelho]

CLOSE TOPIC

https://www.facebook.com/wilson.gome...38015459748149

DE COMO AÉCIO ABANDOU A AGENDA LIBERAL PARA SER O POSTE DO ANTIPETISMO.

The Economist me mandou votar em Aécio. Eu só pareço legal, mas eu leio Economist toda semana. E sou moderadamente liberal. Sim, mesmo em economia, sou liberal num nível assaz irritante para a esquerdinha clássica. Em geral, as escolhas eleitorais da Economist (sim, a Economist dá palpite sobre eleições em qualquer canto da terra, é por isso que a leio) são bem previsíveis: o candidato preferido é sempre o que tiver as políticas econômicas mais liberalizantes; se não houver como distingui-los pelas políticas econômicas, então Economist vai preferir o que for mais liberalizante nos valores. A Economist é liberal justamente nesta ordem: primeiro vem o liberalismo econômico, mas moderado pelo liberalismo político (ou os valores da democracia liberal).


Até três semanas atrás eu pensava como a Economist, isto é, que Aécio de fato tinha uma agenda liberalizante para o país. E que tudo, para os brasileiros, era uma questão de escolha entre um governo centrado em políticas sociais e outro governo assentado numa agenda prioritariamente econômica. Havia até um argumento forte pró-Aécio à disposição, uma vez que o país parou de crescer e as políticas sociais oneram fortemente a fazenda pública: o dinheiro saia de um lado, mas deixou de entrar por outro, porque o boom das commodities esgotou e o governo do PT parece não ter encontrado outra saída. Alguma coisa um pouco mais liberal precisava ser feita. Alguém precisava ter coragem para o que a Economist chama de "remédio amargo" ou "medidas impopulares". Ah, esqueci de dizer, a Economist detesta populismo e eu também.


Contudo, desde que Aécio empacou em 15% das intenções de voto, o liberal desapareceu. A campanha de Aécio não é burra e sabia que ele tinha caído tanto depois da ascensão de Marina porque os antipetistas havia farejado que era ela a candidata com chances de vitória. A ficha caiu: "não é a economia, estúpido, é o antipetismo a chave para ganhar a eleição". Começou, então a metamorfose de Aécio. Em vez de detonar Marina (também o fez, é verdade), cuidou de atacar Dilma, sabia que os votos que podiam levá-lo para o segundo seriam os do antipetismo. E foi assim mesmo. Antes mesmo do segundo turno, os antipetistas trocaram, de novo, de candidato, e Marina soçobrou já pertinho da praia. Desde então, Aécio tomou uma decisão, a de ser o candidato do antipetismo, que se dane todo o resto. Quem arrepia a nuca e tem o coração disparado com fundamentos econômicos é Economista da PUC-Rio, só 15% dos brasileiros usariam isso para decidir o voto. "É melhor ser eleito do que ser amado por Elena Landau", pensou Aécio. E deu a volta.


Neste momento, Aécio nos diz que merece ser eleito porque pode derrotar o PT. Nas últimas duas semanas, Aécio abandonou qualquer resquício de pauta liberal. Começou a prometer bolsa de tudo quanto espécie e a garantir que será um melhor Lula que Dilma. E passou a jurar, por tudo quanto é mais sagrado, que quando o PSDB não criou diretamente foi, no mínimo, a inspiração de todos os programas sociais do PT. Aécio nos ensinou a ler o PT assim: tudo o que o PT tem de bom, aprendeu com o PSDB; tudo o que o PT tem, que não veio do PSDB, é corrupção. O PSDB liberal sumiu nesta representação: existe apenas o Proto-PT, que o é o PSDB, e o PT decadente, este cujo ciclo ele promete encerrar. No fundo, Aécio diz que merece ser presidente porque o PT deve ser punido por causa da corrupção. Ponto. Mais nada.


Aécio aceitou com entusiasmo o papel de poste do antipetismo. Para tanto, fará "no matter what it takes", como diz a Economist: promete pacotes de bondades de erubescer os liberais, propõe "políticas" baseadas apenas na sua vontade política ("eu vou liderar pessoalmente uma política nacional de Segurança Pública") no mais clássico estilo populista, e cerca-se de tudo quanto é sujeito conservador e iliberal, formando uma arca de Noé de homofóbicos, viúvas da ditadura militar, racistas clássicos, racistas geográficos, portadores de preconceito de classe... de arrepiar. O neoliberal que estava aqui e em quem a Economist nos mandou votar morreu quando Aécio empacou nos 15%. Só a Economist é que não viu. O Aécio que continua cavalgando quer apenas ser um novo Lula...sem corrupção, claro.

[chumboryson]

Na minha humilde opinião a queda de pressão não muda em nada, hj em dia campanha politica é marketing, o pt vem seguindo graças a imagem do lula msm, sempre fiquei com isso na cabeça, quem acha que zilhoes de brasileiros conhecia a dilma antes de ela assumir pela primeira vez? quem sabia que ela era ministra de minas e energia, que ja passou perrenue na ditadura etc etc, a maioria nao sabia porra, o lula q carregou essa primeira eleição dela.

[PebaVermelho]

Sem ser Xico Sá nem Duvivier eu escrevi duas declarações de voto nulo, uma pro primeiro turno com razões mais detalhadas e outra pro segundo.

A do segundo veio com meu manifesto solitário contra a declaração do FHC em desagravo aos pobres do Brasil. Como essa história toda me deixou bem puto e não foi bem discutida aqui no fórum eu vou compartilhar esse texto que pode impulsionar o debate do tema:

"Uma das coisas que mais me gerou indignação nessa campanha foi a declaração estúpida e preconceituosa de FHC que associava o voto em Dilma ao que ele entende como a "desinformação dos mais pobres". Efetivamente ele quis dizer ignorância mesmo, mas usou o eufemismo pra aliviar.

Esqueceram apenas de recordar ao grão-tucano que foram os pobres que o elegeram e reelegeram, na compreensível, racional e consciente intenção de consolidar a estabilização monetária advinda do Plano Real. FHC só não fez seu sucessor porque o seu segundo mandato foi um apagão em sentido literal e figurado, e os pobres, claro, não perdoaram, porque não são bobos.


Com Lula eleito, os mais pobres vivenciaram a mais robusta obra de transformação social já observada no país, com a melhoria das condições de vida não apenas deles, mas de todos os segmentos da sociedade. O bom governo valeu a reeleição ao ex-líder sindical e de quebra da mulher apontada por ele como sua sucessora. Coerente? Sem dúvidas!


Isso tudo me fez lembrar de uma declaração de voto que ouvi por esses dias de um jovem recém-formado. O cidadão, num rompante de ódio e incontinência verbal, disparou: "Dilma é burra e escrota, mas eu vou votar nela por razões egoísticas". Quando indagado sobre quais razões tão carentes de altruísmo seriam essas ele foi lacônico: "tô estudando pra concurso". Penso que vocês já devem ter entendido, o candidato que esse jovem de classe média, e dotado de grau superior, considerava como melhor para o país não receberá seu voto na atual eleição pela crença disseminada de que seu partido é menos simpático aos concursos públicos do que o da candidatura governista.


Eu já tenho como decidido, não votarei em candidato nenhum, por me faltar clareza para decidir sobre o melhor caminho, mas confesso me sentir confortável por entregar minha sorte à sabedoria dos mais pobres."

[caofa]

Ah pebinha, conta pra nós, vc sabe que Aécio é muito mais capaz de tomar decisões do que a Dilma, sabe também que ele não vai retroceder todos os avanços nos campos sociais alcançados pelo PT. Sabe também que ele vai dar um norte melhor pra economia do país. E também sabe sobre a importância de mudar um governo que está há 12 anos no conforto do poder. Porque não admite que virou coxinha e declara o voto em Aécio de uma vez?