Upswings e Downswings: Confira os Altos e Baixos da WSOP 2013

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Há quase uma semana chegava ao fim a WSOP e aproveitamos então para lembrar alguns momentos, agradáveis e desagradáveis, desta edição da principal série de torneios do mundo.

Downswing:

– A ausência de Bruno Kawauti na mesa final: Seria um feito incrível/ impressionante/ gigantesco/ surreal/insano/insira-aqui-qualquer-superlativo, e mesmo assim não será possível descrever a importância que seria ter um brasileiro na mesa final. Resta-nos torcer para que algum brasileiro “se vingue” e chegue lá em 2014.

– Telespectadores chatos com comentários sobre times de futebol: Somos o país de Pelé, Garrincha e Allejo, e é impossível dissociar o poker com o esporte mais praticado do mundo. Brasileiros costumam usar camisetas da seleção ao jogar torneios ao redor do mundo, e mesmo em torneios nacionais, é comum ver bastante gente com camisetas de equipes brasileiras. Por isso, a flauta futebolística entre os comentaristas é algo comum e natural, que reflete o clima esportivo da transmissão. Mandar mensagem se queixando do elogio ao rival, ou solicitando algum tipo de retratação ao time de coração é de uma tremenda falta de bom senso, para dizer o mínimo. Minuto na TV é caro, e os (bons) profissionais da ESPN fazem o melhor para a transmissão ser interessante para os diversos tipos de telespectadores. Ficou ofendido por que alguém brincou com o seu time? Não fique, não leve uma simples flauta a sério. Segue o jogo.

– Phil Hellmuth dizendo que as fichas são dólares: Phil Hellmuth poderia ser descrito em dois parágrafos. Ou nove. Ou 90. Mas isso não importa, o que interessa é que todos sabemos que ele não se dá bem nos cash games, e que fichas de torneio não são equivalentes a dólares. Então quando o jogador aposta 1 milhão de fichas, as fichas não representam 1 milhão de dólares. Não são pedras, são aerólitos. Não são dólares, são fichas.

David Benefield não ter um stack decente: Ele fez parte da gangue marota do poker que amealhou milhões de dólares enquanto nem barba na cara tinha. Benefield seria um show a parte se tivesse pelo menos 25-30 big blinds em algum momento. O ex-instrutor da CardRunners deixaria o jogo dinâmico e bom de assistir. Não deu, pena.

– A ausência de conversas entre jogadores: Claro que Jamie Gold foi um chato que não calava a boca em 2006, mas parece que as conversas foram oficialmente proibidas, o que tornou o jogo muito seco e “parado”.  Já não basta os jogadores usarem óculos e até cachecol; agora também é preciso que eles fiquem mudos durante as mãos? Mais blefe de boca, menos cachecol, embora uma coisa não tenha a ver necessariamente com a outra, só achamos o cachecol um exagero mesmo. PS: pela regra isso não poderia ser conversado durante o jogo.

 

Upswing:

– O ano do Canadá: Mesmo que o americano Ryan Riess tenha conquistado o título do principal evento, os resultados canadenses foram muito expressivos. Com pouco mais de 4 mil entre os quase 80 mil jogadores inscritos, os 5% canadenses no field conquistaram  10 braceletes, 16% do total. De lambuja, ainda viram a principal estrela do país, Daniel Negreanu, conquistar o título de jogador do ano da WSOP.

– O crescimento feminino, com dois braceletes em torneios abertos: Dana Castaneda e Loni Harwood entraram para a história ao fazer da 44ª WSOP o torneio da série com o maior número de vitórias de mulheres. Cada vez com uma presença crescente, esse tipo de resultado ajuda a divulgar o esporte em um meio que ainda é muito  dominado por homens.

– Bruno Kawauti nos comentários brasileiros: Seria uma bola fora não levar o principal nome brasileiro na WSOP 2013 para comentar a mesa final. Mas a ESPN não decepcionou e permitiu a Bruno falar um pouco sobre alguns dos integrantes da finalíssima, contra quem ele jogou na reta final.

– Norman Chad nos comentários da ESPN americana: Chad é o tipo de pessoa que você adora ou odeia, e eu faço parte do primeiro grupo. Expressões como “whamboozled” entraram para o léxico do poker, e suspeito que devam até fazer parte do Oxford Dictionary. Algumas piadas você conhece: ele falará de alguma ex-mulher. E você pode achar sem graça, mas quando você menos espera, ele acerta a cabeça da mosca, como quando Lon perguntou o que o estava surpreendendo na mesa final, e ele respondeu: “Ainda estou surpreso em como Phil Ivey foi eliminado por David Moon em 2007”. Sim, todos nós ainda estamos. O fato é que Norman Chad é um dos responsáveis pela popularização do poker. Seus comentários leves e divertidos tornaram a transmissão acessível a muitos telespectadores.

– A qualidade da transmissão: Lembro-me de assistir às transmissões desde 2006, ou quiçá antes, e a quantidade de informações mudou muito de alguns anos para cá. Agora você tem o stack de todos os jogadores, a informação gráfica do valor das fichas, e a própria parte entre mãos ficou mais dinâmica, com um material de maior qualidade sobre os jogadores e curiosidades. Ainda acho que faltam algumas coisas, mas a qualidade melhorou consideravelmente.

– Microfones abertos nos intervalos da transmissão estrangeira: Uma falha técnica proporcionou alguns momentos divertidos na transmissão estrangeira. Com o clima relaxado pela exibição dos comerciais, ouvimos algumas pérolas, entre elas Antonio Esfandiari reclamando da comida de algum lugar perto. Eu não leio revistas de fofocas, então imagino que a sensação deve ser parecida ao ouvir papo furado de celebridades do poker.

Bônus: Mãos Curiosas

Muitas mãos são jogadas na WSOP, o que torna o ambiente perfeito para que situações um tanto raras aconteçam. Triplo check-raise, Royal straight flush no bordo e um all-in quíntuplo estão entre elas:

Royal Straight Flush no bordo:

Várias pessoas próximas pegaram seus smartphones para registrar o momento. O bordo K T Q J A, fez com que um dos jogadores apostasse tudo, para ser instantaneamente pago, provocando o comentário da dealer: “muito engraçado, rapazes”. A chance da maior combinação no poker ocorrer em um bordo com flop, turn e river é de quase uma em 650 mil mãos, e não voltou a ocorrer na WSOP.

Royal Flush WSOP

 

Mais da metade da mesa em all-in:

Ainda no dia 1A, um singelo raise do UTG para 1.100 fichas deu início ao maior pote do evento até então. Um jogador do meio da mesa decide ir all in com suas 11.700 e Mac Soharbi, no hijack, cobre o all in com 23.700 fichas. O botão decide também arriscar suas 16.550 fichas e a decisão passa para Yucel Eminoglu, no big blind, que pensa por bastante tempo e, após ter o relógio acionado por dois jogadores, decide entrar na dança e empurra várias fichas de 5.000 ao centro, cobrindo todos os jogadores já na mão. O UTG nem pensa e instantaneamente paga, levando ao showdown os cinco jogadores.

O que vemos não é o provavelmente esperado AA x KK x AK:

UTG (último a ir all in): 4 3

Middle Position (primeiro a apostar tudo): A T

Sohrabi: Q Q

Botão: A K

Eminoglu: J J

O PokerStove descreve assim os favoritos a vencer mão:

Poker Stove Equidade

O bordo 7 6 6 7 4 elimina o UTG, o jogador em middle position e o botão; e dá as quase 100.00 fichas do pote principal a Sohrabi (Q Q). Eminoglu conquista o pote secundário (J J).

 

A primeira eliminação do Main Event no triplo – e falho – check raise:

Mark Jeffreys aumenta, um jogador desconhecido dá uma 3-bet, e Angel Funes Rios aplica uma 4-bet. Jeffreys paga e o outro jogador fold.

Flop: 5-5-6

Jeffreys pede mesa, Rios aposta, e Jeffreys aumenta, e é pago.

Turn: T

Novamente, Jeffreys pede mesa, Rios aposta, e Jeffreys aumenta, e é pago.

River: X (uma carta insignificante).

Jeffreys pede mesa, Rios aposta, e Jeffreys desta vez vai all-in, sendo pago.

Jeffreys mostra Q-Q

Rios mostra A-A, e elimina o jogador do triplo check-raise.

 

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