Você é feliz em seu emprego?

[fbomfa]

Eita porra, temos um juiz no fórum agora.

Parabéns.

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[loserfly]

Dando um up aqui nesse tópico, um dos melhores aqui do fórum.

Bom, sou formado em direito, formei em 2007. Desde que entrei na faculdade pensei em prestar concurso, mas nunca soube qual área prestar.

Somente fui estudar na faculdade no último ano, quando tinha OAB pra passar, entregar TCC etc... Por sorte, vi que nesse mesmo ano (2007) teria concurso para escrevente judiciário do TJSP e resolvi pegar sério para estudar para esse concurso.

Devo ter estudado uns 3/4 meses (legislação básica, português e matemática) e consegui me classificar, não muito bem, mas já era alguma coisa. Pois bem, terminada a faculdade, passei na OAB (já em 2008) e como não queria advogar e ainda não tinha sido chamado nesse concurso do TJSP, comecei a estudar para outros concursos.

Foi ai que descobri a área em que gostaria de atuar: trabalhista. Vi que no ano 2008 teriam vários concursos dos TRTs Brasil afora e comecei a estudar para esse concurso especificamente. Naquele ano devo ter prestado uns 3/4 concursos dos TRTs e consegui passar em dois desses concursos. Mais uma vez, não muito bem classificado, mas o suficiente para ter a certeza de ser chamado depois de um tempo.

Depois de só ficar estudando em 2008, em janeiro de 2009 finalmente fui nomeado naquele 1o concurso que tinha prestado, no TJSP. Lá trabalhei por 2 anos como assistente de um juiz, mas dei uma parada nos estudos. Fiquei esses 2 anos só trabalhando (muito, ao contrário do que a maioria possa pensar). Salário baixo, cerca de 2.5k/mês.

Foi então que em 2011, finalmente fui nomeado para um dos concursos do TRT que eu tinha passado, cargo no qual estou atualmente. O gosto que tinha tomado pelo direito do trabalho quando estava estudando para os TRTs só aumentou quando fui trabalhar na Justiça do Trabalho. Logo de cara já fui trabalhar fazendo as audiências ao lado de um juiz e depois de um tempo fui nomeado como assistente de juiz.

Aqui no TRT, trabalhando diariamente com os mais diversos juízes, vi que é isso que pretendo fazer. Para tanto, só estudando muito, que é o estágio em que estou atualmente. Trabalhando e estudando para os concursos da magistratura do trabalho. Estou nessa desde 2011, quando retomei os estudos, agora voltado para a magistratura do trabalho.

Tem épocas que estou mais empolgado para estudar e tem outras que bate o desânimo de tanto estudar e não ter passado ainda. Agora mesmo, não estou na pegado dos estudos. Mas não dá para desistir agora, muito tempo e dinheiro já investido! rsrs

Enfim, é mais ou menos isso ai!

BTW, comecei a jogar poker quando estava na faculdade, lá pelos anos de 2004/2005 (na época do moneymaker e fossilman - pokermania no orkut). Foi com a grana do poker que deu para pagar as festas e viagens durante a faculdade! Quitei depois de formado para poder estudar.

Dando um up porque o tópico merece! E também para continuar a história e bragear: acabei de passar no concurso para juiz do trabalho!!!!

TRT-2 tem 52 novos juízes do trabalho substitutos

@loserfly

Caraaaaaaaaaca que foda!!! Meus parabéns cara! Que alegria eihm. Essa é uma vitória e tanto, pra see bragueada por muito tempo. Agora, use o cargo com a cabeça tranquila... Não deixe a "juizite" pegar vc!!!
No mais, só fico feliz!!! D+.

[Wicketh]

Tópico A+++

QUEM NÃO LEU AINDA, LEIA.

[Airton_Neto]

Pô ,parabens, man! Juiz regulaa o/

[Airton_Neto]

Vou deixar aqui uma pequena passagem de Alice no País das Maravilhas, de uma conversa entre Alice e o gato:

- "Que caminho devo seguir?", perguntou Alice.

- "Depende de onde você quer chegar", respondeu o gato.

- "Pra mim tanto faz um ou outro lugar", disse Alice.

- "Então pouco importa o caminho", disse o gato.

""Nenhum vento é favorável a quem não sabe para onde navega"

- Sêneca."

[Airton_Neto]

Lembrei também de uma passagem do livro "Cartas a Théo", de Vincent Van Gogh, uma coletânea de cartas que ele enviou a Théo, seu irmão querido.

Nessa carta ele tenta convencer seu irmão, Théo, a se tornar um pintor, após este mencionar — ainda que vagamente — que desejaria se tornar um). Eu publiquei na minha página de escritor uns meses atrás.

É interessante ver como um gênio do naipe do Van Gogh pensava:

"[...] Esteja intimamente persuadido de que você corre o risco de ser desestimulado por pessoas que, sem dúvida alguma, agirão com as melhores intenções do mundo [...]

[...] Seria possível imaginar algo tão absolutamente morto quanto pensar que não podemos nem sequer crescer? Será que pensaríamos em contrariar intencionalmente nosso próprio desenvolvimento? Digo isto para mostrar o quanto acho estúpido falar de artistas que sejam dotados ou não.

Mas, se queremos crescer, é preciso nos entranharmos na terra [...]
Há plantas que crescem nas cidades, você me dirá, mas você é trigo, e seu lugar é num campo de trigo...

Não imagino nem um pouco estar lhe dizendo qualquer novidade, só lhe peço que não procure ideias melhores que as que você já carrega em si..."

[rfl81]

Ótimo tópico!

Eu me identifiquei com trechos de vários relatos, e fiquei tocado de verdade.

Se não fosse o lance da exposição, também relataria a minha história aqui.

[Urbach]

Ótimo tópico!

Eu me identifiquei com trechos de vários relatos, e fiquei tocado de verdade.

Se não fosse o lance da exposição, também relataria a minha história aqui.

O seu é uma sigla / inicial. Quebra o nit. Eu não contei detalhes pq o meu é meu sobrenome e não é nada comum.

[rfl81]

Vamos lá:

Eu vim de uma família de classe média-baixa. Aos 3 aprendi a ler e escrever, e no ano seguinte sabia de cor todos os países e capitais do mundo.

Era uma merda. Eu sei como um animal de zoológico se sente... Toda a família por parte do meu pai me achava um geninho, apesar de ser mestiço.

Então, fui encaminhado para cursar uma escola especial, o que acabou não se concretizando pela sistemáticaoposição da minha mãe. Corta.

Meu pai foi um dos primeiros dekasseguis, e pelos idos de 1993 resolveu sumir. Eu, como o mais velho de quatro filhos, ajudava a minha mãe a fazer faxinas, lavava carros, distribuía panfletos e o que desse pra fazer. Larguei a escola e vivi de subempregos até 1999, quando meu pai reapareceu e fiz um supletivo e emendei com o curso de História.

Neste ínterim, consegui um emprego em uma empresa do sistema S e fui andando de lado até 2007. Eu não era nada político e me queimava por isso. Como vi ao final da graduação que eu não tinha a mínima vocação para a docência nos moldes atuais, fui me segurando até me darem um pé na bunda. Era 2007 e o poker apareceu na minha vida.

Vivi até 2010 nesta "rotina", onde aprendi muito no que diz respeito a ser autônomo na vida como um todo. Ganhei algum dinheiro (média de R$5k durante o período, sendo que ganhava ~R$2k na empresa), mas em 2010 eu tive a humildade de assumir pra mim mesmo que a seleção natural estava clamando pela minha extinção na cadeia e aceitei uma oferta de emprego de um tio da minha esposa para trabalhar no departamento financeiro da empresa.

Tudo estava indo muito bem. Ótimas perspectivas e tal..., até que em 2012 a empresa foi vendida para uma multinacional. Hahahahaha

Como uma desgraça nunca vem a varejo, tive um problema neurológico (certamente decorrente do stress), e fiquei desempregado e com problemas cognitivos e de mobilidade (superado, graças a Deus!). Além disso, minha esposa ficou desempregada no mês seguinte.

No meio de 2013, já recuperado, consegui uma recolocação em uma empresa pequena com um salário menor ainda. Estou concluindo uma graduação na área e fazendo n cursos pra ficar cada vez mais competitivo.

Olhando pra trás, estar vivo, são e capaz de produzir já é uma vitória, mas quero e mereço mais.

(desculpem o longo post e a história ordinária)

[Urbach]

@rfl81
História bacana. Boa sorte nos seus planos pessoais, familiares e profissionais.