A verdade é que temos que rediscutir as imunidades parlamentares e o foro privilegiado.
As prerrogativas constitucionais dos parlamentares tinham razão de ser em 1990 quando estávamos saindo de um período ditatorial, quando ainda havia o temor de um poder autoritário se sobrepor ao outro, de maneira que a preocupação em proteger a liberdade do parlamentar era absolutamente relevante.
Hoje, não há perigo de supressão do Estado de Direito como havia naquela época. O risco de um parlamentar criminoso continuar praticando crimes no Brasil de hoje é maior que o risco autoritário de um Poder querer cooptar o outro como numa ditadura.
Se a sociedade civil se organizar e pressionar, os parlamentares cederão, assim como aconteceu com a Lei da Ficha Limpa.