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Os direitos existem pra melhorar a vida do trabalhador, não é da população em geral. O "erro" que você citou não existe, na verdade é o contrário, você que comete o erro de ignorar o trabalhador e pensar somente no geral, como se o trabalhador fosse um escravo ou algo descartável. Isso já ficou bem claro na discussão do Walmart e agora fica claro novamente.
Pra mim é bem claro que o bem estar da população está acima do bem estar de segmentos específicos. Mas se vc acha que não, ok.
A discussão não é essa, não tente desviar. Apenas falei que os direitos trabalhistas são feitos para o benefício do trabalhador, corrigindo o que você tinha dito.
Existem várias coisas que, na sua ótica, são boas pra população em geral e nem por isso são certas. Tenho certeza que se você tivesse nascido 200 anos atrás ia defender a escravidão, com o argumento que o trabalho gratuito reduz o custo das coisas, baixando o preço de todos os produtos e beneficiando a população geral. O bem estar da população está acima do bem estar de segmentos específicos.
Meio ofensivo falar que tem certeza que alguém seria a favor da escravidão, não acha?
Po, não acho não, por que seria? Não é muito diferente do que você já apoia, se não me engano já apoiou até as fábricas chinesas.
Que isso cara, tenho certeza que os escravos tinham a situação deles melhor do que a anterior. Afinal, tinham um teto e comida e se se comportassem eram tratados ok. Melhor ser um escravo na América, do que não ter o que comer na africa, ou ainda, melhor ser semi escravo em fabrica chinesa do que não ter o que comer no campo.. As industrias que operam na China estão la para melhorar a vida dos trabalhadores.
O discurso não poderia ser mais igual, tomara que daqui 50/100 anos a gente olhe pra trás e veja esse tipo de situação com o mesmo nojo que a gente vê a escravidão hoje em dia.
Edit: Btw, não sou contra a terceirização (e nem a favor, assumo minha ignorância e falta de interesse no assunto).
Quem decide o que é melhor é o próprio trabalhador. Se era necessário usar a força para manter um trabalhador escravo senão ele fugia me parece bem claro que a escravidão na visão do escravo era pior que a vida que ele tinha antes. Bem diferente das fábricas chinesas e dos subempregos em geral.
Existe outro tipo de coerção que não é usando a força. Quando o cara é forçado a trabalhar para conseguir almoçar, ele está sendo coagido a trabalhar naquelas condições. Quando a escolha do cara é ser semi-escravo ou morrer de fome, é óbvio que ele vai escolher ser semi-escravo. E parece que vocês ignoram quando vem com a conversinha bonita de troca voluntaria. Existem dois lados nessa troca, o empresário que pode escolher entre 1bi de chineses, e o trabalhador que tem que ou aceitar as condições ou passar fome até morrer. É uma diferença óbvia de poder de escolha, a troca não é "tão voluntaria assim" por parte do elo mais fraco.
É óbvio que isso é uma espécie de lei natural do mercado, e a força de trabalho do trabalhador funciona perfeitamente como um produto em livre mercado de oferta e demanda. A questão aqui é: Sendo uma lei natural, a vida e dignidade de uma pessoa deveria estar a mercê dessa força?
Sim, pq se ele quer almoçar e não trabalha pra alguém dar em troca o almoço dele, a outra opção seria alguém dar o almoço de graça pra ele, se ninguém quer dar almoço de graça pra essa pessoa vc terá que obrigar alguém a produzir o almoço dessa pessoa e dar a ela. Ou seja, alguém será escravo para dar esse almoço.
O rico fazer o pobre de escravo é condenánel atualmente. O pobre fazer o rico de escravo é visto como algo louvável por muitos ainda. Eu sou contra a escravidão em ambos os casos.
Cara esse post meu deu uma certa compaixão com vc, de modo que não vou trollar.
Vc partiu de uma premissa válida, não existe almoço grátis. Alguém tem que produzir o almoço, mas sua conclusão é pífia, pra usar uma palavra bonita.
Se alguém não tem pro almoço e alguém tem pro almoço, pra janta, pro café da manhã, iate, ferrari, e os caralho todo, é impossível ele ser escravizado.
Sai do personagem que vai te ajudar não concluir absurdos como esse de que o pobre escraviza o rico.