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flessak
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bueno09
Eu acho que SP tem um futuro bem promissor no transporte público , o Metrô tá expandindo (teve umas cagadas aí na Linha Amarela e as burocracias de licenças ambientais e justiça lenta que atrapalham demais) mas a coisa tá andando, tem muita linha pra sair nos próximos 10 anos e era 100% necessário essa mudança na chave que o Haddad fez, mudança pela qual ele arriscou mto capital político, fugindo dos padrões dos politicos daqui que não tomam medidas impopulares ainda que sejam necessárias. Pra cada cara que nem eu que sou fã dele tem uns 4 putos pq veem uma ciclofaixa vazia enquanto está preso no trânsito (embora os dados sejam o que o Haddad passou na entrevista, trânsito cresceu menos nos últimos 2 anos)
Esse embate que o Haddad encarou é uma das coisas que mais me impressiona nele, ainda mais em uma cidade como São Paulo, com uma forte dualidade PT/PSDB e com uma medida que, em um primeiro momento, só trará ônus político (a maioria dos anti-petistas será contra, assim como dos petistas que usam carro).
Tomo por exemplo o que acontece em Curitiba:
Curitiba é uma cidade sem essa característica política-partidária. Por outro lado, o movimento cicloativista é muito forte (representado em boa parte pelo CicloIguaçu, mas não somente por ele). O Gustavo Fruet foi eleito prefeito com um enorme capital político (ele é muito identificado com a cidade, e, mesmo com o PT na vice -
curitibano odeia o PT - se elegeu com votos dos mais diversos setores e classes), e tinha tudo para implementar um plano cicloviário sério na cidade. No primeiro dia de trabalho, foi trabalhar de bicicleta para representar essa mudança.
Infelizmente, nada mudou. Salvo algumas medidas pontuais, nenhum projeto de integração entre os modais foi apresentado, ou mesmo um projeto de uso da bicicleta como meio de transporte, não somente como lazer. E, na minha opinião, um dos motivos foi não querer arriscar o capital político no início do mandato (o que é uma bobagem, já que se um prefeito não arrisca no primeiro ano, dificilmente fará nos demais, pois no segundo ano do mandato tem eleição para governador/presidente, e da metade para a frente um projeto de longo prazo pode não apresentar resultado satisfatório até o final do mandato, o que compromete eventual reeleição).