[Política] - O andamento e as decisões de nossos governantes

[andremcosta]

A idéia de que agentes tomam decisões racionais é em relação principalmente às decisões de um mercado tradicional, nas decisões de escolhas de bens. É uma simplificação necessária pra alguns modelos, porque não da pra considerar a visão de 10 milhões de indivíduos diferente quando você vai fazer um modelo agregador.

Dizer que as decisões são racionais quase que basicamente significa dizer que um produtor quer receber o máximo possível pela sua produção é que um consumidor quer consumir o que é melhor pra ele dentro da sua restrição orçamentária. Parece um pressuposto razoável. Se alguém prefere comprar um hambúrguer porque 30 reais no lugar de 100 bananas, é razoável pressupor que ele considera esse hambúrguer caro melhor. Não tem nada de absurdo nessa simplificação.

É óbvio que você pode questionar fatores que levem a essa preferência aparentemente esdrúxula, que pode ser o status de comer um hambúrguer gourmet, o marketing que fez ele acreditar que comer aquele hambúrguer é uma experiência fenomenal. Mas do ponto de vista econômico, em geral, a tendência é respeitar as preferências de uma pessoa como sendo dela, como sendo legítimas. Nesse caso as pessoas são razoavelmente racionais porque consumem o que elas preferem.

Fugir dessa hipótese implica dizer que as pessoas não sabem o que é melhor pra elas e foram convencidas de que preferem algo falso, o que foge um pouco do escopo do estudo da microeconomia, ainda que possa ser uma discussão legítima. Não temos ainda forma melhor de mensurar a preferência de um agente do que perguntando o que ele acha melhor.

[Sam Farha - Spinoza]

Renzo, vc eh engracado velho!
Que que tem na agua de vcs de Vitória, hein?

Welcome!
O field de Humanas aqui é pequeno.

Eu lembro de vc no Clube do Poker com o CK, Raul ...

[João Grandão]

Irmão,essas fontes que vc trouxe são criticas e tentativas de mudar apenas os sistemas?
se for eu passo.
Escreva a tua opinião e um resumo do conteúdo dessas fontes, fazendo o favor

Cara isso não é fonte... São bancos de dados de periódicos científicos, com resultados de pesquisas de gente de todo o mundo, MIT, Harvard, Oxford, Centros de Pesquisa como o CERN. Cada periódico publica artigos na sua área, alguns demoram até 30 anos para serem concluídos devido ao tipo de pesquisa.

Um periódico ter fator de impacto alto, significa que publica pesquisas de ponta, inovadoras, que serão lidas, citadas e trarão novidades, sejam conceituais ou teóricas. Revistas como a Nature, a Science são as mais conhecidas. Um brasileiro chamado Miguel Nicolelis foi o único a conseguir publicar numa delas. Ele estuda o funcionamento do nosso cérebro, descobrindo que função exerce cada parte, como se fosse uma CPU.

Na área de sociais, as pesquisas são investigativas. Ninguém tenta mudar nada. Pesquisa científica não apresenta solução para problema social. Ela só apresenta diagnósticos como dados para que os gestores públicos, se quiserem, usem na elaboração de políticas públicas...

Dá um look aí no trabalho do Miguel. É show de bola! Miguel Nicolelis: Um macaco que controla um robô com a força do pensamento. Não, é sério. | Talk Video | TED.com

hein?então é fonte ue
e pelo o que eu entendi vc não chegou a digerir as opiniões e estudos das fontes que vc trouxe
Mas valeu pela recomendação.

Sim, algumas... Eu sou mestre em análise de políticas públicas pela PUC-SP e pesquisador de políticas de inovação nas micro regiões culturais do meu estado. Mas eu não crio políticas públicas de inovação, nem proponho problemas ou soluções. Eu apenas ficarei muitos anos acompanhando cada micro região para descrever como essas políticas públicas de inovação modificaram ou não as micro regiões, sua cultura, economia e a identidade dos seus habitantes. Mas não vou dizer que as mudanças que observei são boas ou ruins, pois não me cabe fazer juízo de valor, uma vez que o que é "bom" pra mim, pode ser "ruim" para você. Esse tipo de pesquisa permite ao gestor público ter dados precisos de cada região gerida, criando mecanismos específicos para elas, ao invés de "importar" soluções de fora, que são criadas com base numa realidade completamente diferente da nossa.

Depois do teu ultimo post,é complicado acreditar no status que vc diz ter, mas isso pra mim sempre foi secundário. o que importa é o conteúdo da fala.E eu entendo a sua preocupação em não querer emitir algum juizo de valor, mas pelo menos seria interessante ler a tua opinião para servir ou não como uma base futura.Esses estudos que vc menciona levam em consideração o aspecto humano?
porque vc já deve ter percebido,na minha opinião o problema todo está mais concentrado em cada pessoa do que nos sistemas de controle e de socialização que as pessoas criam e ree criam.

Eu tenho Lattes no CNPq e os certificados e diplomas ué... Currículo do Sistema de Currículos Lattes (Renzo Nogueira Margotto)

Tive até projeto na área de ensino aprovado em Edital nacional do CNPq, recebendo verba para insumos e equipamentos, e verba de bolsa... O Edital tá aqui em Chamadas públicas - Portal CNPq e basta clicar no PDF "Resultados" que você vai ver meu nome lá...

Mas você tem a total liberdade de acreditar no que quiser e eu sempre te respeitarei, e respeitarei as suas opiniões e posições...

Não entendi o "levar em consideração o aspecto humano". Em que sentido? Individual, social, biológico, patológico, criativo...

Agora entendo o porque de toda a atenção da panela e o motivo é o mais justo dos 3 que cite lá atrás.
O aspecto humano que sempre menciono leva em consideração a tamanha ignorância que cada pessoa tem,e que acaba se tornando nessa ignorância coletiva que em geral traz mais tristeza,sofrimento e guerras.As pessoas em geral não conhecem muito bem quais são as bases que formam as atitudes e pensamentos que elas tem, e elas sempre estão testando os limites do que é aceitável ou não olhando para as reações de toda a sociedade ou em alguns casos de grupos menores que elas participam.A partir dessa constatação as pessoas definem as suas identidades que na pratica são egos e deixam de lado todas as outras opções que poderiam criar uma vida melhor para ela e consequentemente uma sociedade melhor.

Eu acredito no momento que um projeto que deveria ser tentado é educar e mostrar mais afundo essas bases que criam o pensamento e as ações de condutas de cada um, um projeto para crianças visando um longo prazo e outro projeto para pessoas já adultas. Apesar que no caso das pessoas adultas,ao ver diversas reações nesse espaço de membros adultos,eu acho menos ev tentar realizar.

[RenzoBR]

A idéia de que agentes tomam decisões racionais é em relação principalmente às decisões de um mercado tradicional, nas decisões de escolhas de bens. É uma simplificação necessária pra alguns modelos, porque não da pra considerar a visão de 10 milhões de indivíduos diferente quando você vai fazer um modelo agregador.

Dizer que as decisões são racionais quase que basicamente significa dizer que um produtor quer receber o máximo possível pela sua produção é que um consumidor quer consumir o que é melhor pra ele dentro da sua restrição orçamentária. Parece um pressuposto razoável. Se alguém prefere comprar um hambúrguer porque 30 reais no lugar de 100 bananas, é razoável pressupor que ele considera esse hambúrguer caro melhor. Não tem nada de absurdo nessa simplificação.

É óbvio que você pode questionar fatores que levem a essa preferência aparentemente esdrúxula, que pode ser o status de comer um hambúrguer gourmet, o marketing que fez ele acreditar que comer aquele hambúrguer é uma experiência fenomenal. Mas do ponto de vista econômico, em geral, a tendência é respeitar as preferências de uma pessoa como sendo dela, como sendo legítimas. Nesse caso as pessoas são razoavelmente racionais porque consumem o que elas preferem.

Fugir dessa hipótese implica dizer que as pessoas não sabem o que é melhor pra elas e foram convencidas de que preferem algo falso, o que foge um pouco do escopo do estudo da microeconomia, ainda que possa ser uma discussão legítima. Não temos ainda forma melhor de mensurar a preferência de um agente do que perguntando o que ele acha melhor.

Não precisa ser algo falso... Pode ser real... Eu tenho um telefone celular não por escolha, mas por necessidade. Minha decisão racional seria não ter porque o serviço prestado por todas as operadoras que aqui atuam é de péssima qualidade, inclusive o atendimento ao consumidor. As teles são as campeãs de reclamações no PROCON e a ANATEL finge que não vê, pois atende ao interesse das operadoras e não ao nosso... Minha opção de escolher e pagar por um serviço mal prestado não é fruto da razão e sim da necessidade...

E quando você diz "Fugir dessa hipótese implica dizer que as pessoas não sabem o que é melhor pra elas e foram convencidas de que preferem algo falso", você está dizendo exatamente aquilo que o sistema de propaganda criado por Edward Bernays após estudar a teoria do seu tio, Freud, faz...

[RenzoBR]

Agora entendo o porque de toda a atenção da panela e o motivo é o mais justo dos 3 que cite lá atrás.
O aspecto humano que sempre menciono leva em consideração a tamanha ignorância que cada pessoa tem,e que acaba se tornando nessa ignorância coletiva que em geral traz mais tristeza,sofrimento e guerras.As pessoas em geral não conhecem muito bem quais são as bases que formam as atitudes e pensamentos que elas tem, e elas sempre estão testando os limites do que é aceitável ou não olhando para as reações de toda a sociedade ou em alguns casos de grupos menores que elas participam.A partir dessa constatação as pessoas definem as suas identidades que na pratica são egos e deixam de lado todas as outras opções que poderiam criar uma vida melhor para ela e consequentemente uma sociedade melhor.

Eu acredito no momento que um projeto que deveria ser tentado é educar e mostrar mais afundo essas bases que criam o pensamento e as ações de condutas de cada um, um projeto para crianças visando um longo prazo e outro projeto para pessoas já adultas. Apesar que no caso das pessoas adultas,ao ver diversas reações nesse espaço de membros adultos,eu acho menos ev tentar realizar.

Você está corretíssimo... Tudo que vc tá falando foi objeto de estudo que gerou um doc sensacional chamado "A Educação Proibida". Você pode baixar o doc e a legenda em pt em La Educación Prohibida | Un proyecto audiovisual para transformar la educación…

[ekalil]

Mas aí fica meio contraditório renzo. Vc pensou e escolheu ter um celular. Pesou como seria seu bem estar sem celular e com celular e escolheu a segundo opção. A teoria é exatamente isso.

[João Grandão]

Outro fato importante, relacionado com o meu post anterior, é o aumento do número de doenças consideradas da mente desde que o nivel de socialização ficou mais rapido,inquietação,timidez extrema,bipolar,alguns casos de altismo,panico,sindrome do Deus fodaum,sindrome da gabriela nasceu assim e todo mundo vai ter que engolir e etc

Eu acho bizarro uma pessoa conhecer apenas como opção o que a socialização mostra para ela como opção, se o grupinho diz que ela é uma retardada então ela deverá ser uma retardada,se fazem algum tipo de bulling fulera o cara vai ter como opção uma vida submissa em diversos sentidos, se o grupo diz que o cara é um escroto o cara vai achar que é um escroto e etc etc

[RenzoBR]

Mas aí fica meio contraditório renzo. Vc pensou e escolheu ter um celular. Pesou como seria seu bem estar sem celular e com celular e escolheu a segundo opção. A teoria é exatamente isso.

Não... Eu fiquei de 2007 até 2011 sem celular. Eu não escolhi ter. Eu fui obrigado a ter a partir de 2011 por necessidade profissional, via imposição do empregador... É daqueles que só liga, recebe e manda torpedo... Não tem internet, uatisap, foursquare... :P

[João Grandão]

A idéia de que agentes tomam decisões racionais é em relação principalmente às decisões de um mercado tradicional, nas decisões de escolhas de bens. É uma simplificação necessária pra alguns modelos, porque não da pra considerar a visão de 10 milhões de indivíduos diferente quando você vai fazer um modelo agregador.

Dizer que as decisões são racionais quase que basicamente significa dizer que um produtor quer receber o máximo possível pela sua produção é que um consumidor quer consumir o que é melhor pra ele dentro da sua restrição orçamentária. Parece um pressuposto razoável. Se alguém prefere comprar um hambúrguer porque 30 reais no lugar de 100 bananas, é razoável pressupor que ele considera esse hambúrguer caro melhor. Não tem nada de absurdo nessa simplificação.

É óbvio que você pode questionar fatores que levem a essa preferência aparentemente esdrúxula, que pode ser o status de comer um hambúrguer gourmet, o marketing que fez ele acreditar que comer aquele hambúrguer é uma experiência fenomenal. Mas do ponto de vista econômico, em geral, a tendência é respeitar as preferências de uma pessoa como sendo dela, como sendo legítimas. Nesse caso as pessoas são razoavelmente racionais porque consumem o que elas preferem.

Fugir dessa hipótese implica dizer que as pessoas não sabem o que é melhor pra elas e foram convencidas de que preferem algo falso, o que foge um pouco do escopo do estudo da microeconomia, ainda que possa ser uma discussão legítima. Não temos ainda forma melhor de mensurar a preferência de um agente do que perguntando o que ele acha melhor.

Não precisa ser algo falso... Pode ser real... Eu tenho um telefone celular não por escolha, mas por necessidade. Minha decisão racional seria não ter porque o serviço prestado por todas as operadoras que aqui atuam é de péssima qualidade, inclusive o atendimento ao consumidor. As teles são as campeãs de reclamações no PROCON e a ANATEL finge que não vê, pois atende ao interesse das operadoras e não ao nosso... Minha opção de escolher e pagar por um serviço mal prestado não é fruto da razão e sim da necessidade...

E quando você diz "Fugir dessa hipótese implica dizer que as pessoas não sabem o que é melhor pra elas e foram convencidas de que preferem algo falso", você está dizendo exatamente aquilo que o sistema de propaganda criado por Edward Bernays após estudar a teoria do seu tio, Freud, faz...

A questão das escolhas, acho que vc já leu um livro chamado irracionalmente previsível, e segundo os estudos de marketing as pessoas realmente tem uma tendencia para escolher tudo que seja o mais facil para se escolher dentro de uma gama de 2 a 3 opções
no livro é dito que isso é um tipo de pre disposição fisiologica e genética mas eu não acredito nisso porque faço parte do grupo da excessão.
e linkando isso com o que eu venho postado, tal tendencia que é mostrada no livro seria realmente um fruto da genética ou da educação social de poucas opções,ou de ficar sempre na decisão mais facil

Qual a tua opinião como pessoa,o que vc já viu por ai?

[ekalil]

Mas aí fica meio contraditório renzo. Vc pensou e escolheu ter um celular. Pesou como seria seu bem estar sem celular e com celular e escolheu a segundo opção. A teoria é exatamente isso.

Não... Eu fiquei de 2007 até 2011 sem celular. Eu não escolhi ter. Eu fui obrigado a ter a partir de 2011 por necessidade profissional, via imposição do empregador... É daqueles que só liga, recebe e manda torpedo... Não tem internet, uatisap, foursquare... :P

Haha, então blz... Mas aí é uma exceção (além de vc ser maluco)