Alexandre Gomes Fala Sobre Sua Saída do PokerStars


No mês passado, Alexandre Gomes anunciou sua saída do time de profissionais do PokerStars. Agora, ele fala mais sobre sua decisão em uma entrevista exclusiva

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ao MaisEV. 

Por que você saiu do PokerStars?

Eu fiquei três anos no PokerStars, 36 meses de contrato, compromisso. Naquela época a minha opção de vida era só jogar. O tempo foi passando, e com o crescimento do poker fui vendo o esporte como um meio para ter uma série de oportunidades de negócios.

Sempre achei que o sonho de todo jogador era ser patrocinado, mas muita coisa mudou na minha rotina, hoje eu não dependo do jogo. Hoje a minha vida é muito mais fora da mesa do que dentro.

Sobre o contrato eu acho que a proposta tem que compensar o tempo que vou gastar naquela atividade. Mas a proposta do PokerStars não estava mais valendo a pena para mim. Mesmo ela sendo a maior empresa do mundo, tenho que pensar no meu lado profissional, nas oportunidades, tenho negócios dentro e fora do poker. Coloquei isso numa balança e não valia.

Atrelado a isso também, vou ser pai agora, e o contrato do PokerStars me obriga ter uma agenda de viagem muito grande. E eu já passei três anos viajando como um maluco, é uma nova fase, outra perspectiva, outro negócio.

Mas não vou parar de jogar. Atingi um patamar graças ao poker. Agora vou jogar em outro ritmo, vou decidir o que eu quero pra mim.

Você se imagina sendo patrocinado por outra empresa (em breve)?

Algumas pessoas já me sondaram, mas por enquanto não. Só se fosse muito benéfico. Minha imagem ainda está muito atrelada ao PokerStars.

Não tenho pressa e não é meu objetivo maior. A ideia a principio não é ir atrás. Se tiver uma decisão futura, quem sabe…

E você ainda está jogando online?

Jogando bem menos, quero ver se eu volto a me dedicar em breve.

Você acha que é uma tendência dos grandes jogadores? Abandonar os patrocínios?

Acho que não, porque o patrocínio é uma vantagem muito grande, todo mundo que tiver a oportunidade de ter um, tenha. É muito bom de fato. Mas o meu caso não era só patrocínio de jogo, o meu contrato do PokerStars era um potencial muito grande da minha vida.

Eu fiz a conta no papel, quantos % representavam os compromissos pro PokerStars, e cheguei a conclusão que representava 70% do meu tempo. É a matemática do poker na vida. Eu tenho que analisar friamente. Agora eu posso fazer o que eu quiser. Mas se o PS mantivesse o contrato que eu tinha não valeria a pena.

Quais são seus novos projetos?

Pode programar uma viagem de férias com calma. [risos]

Eu tenho um projeto de sit and go. A gente selecionou alguns jogadores que querem evoluir e montamos uma equipe.

Também tenho projetos fora do mundo de poker na área de investimento e construção. Quero agora jogar com mais calma e me dedicar a alguns eventos específicos. Além, claro, dos meus projetos de cursos e palestras. Uma área muito legal, de ensinar grandes estratégias de torneios. Dia 27 já estamos em Curitiba.

Você continuará indo em todos os torneios?

Cannes e San Remo são os próximos. Eu queria jogar o de Curitiba, mas não vai dar porque tenho outro compromisso.

Você já não foi no BPT, primeiro torneio do PokerStars depois que saiu, foi uma estratégia para se afastar um pouco, sair dos holofotes?

Eu não fui porque eu não estava a fim de viajar, estava cansado. Eu estava no momento que não sabia o que tava acontecendo, então preferi me reservar e não ir.  Mas não vejo problemas em estar presente em um evento do PokerStars, tenho bons amigos e o rompimento foi altamente profissional. Nada pessoal.

O Thiago “Decano” diz que não assinou com nenhuma empresa até hoje porque acha que os jogadores são desvalorizados nos contratos. Você concorda com isso? É um dos motivos pra sua saída?

Eu concordo em partes. A situação dele é delicada, mas acho que temos que avaliar que o mercado brasileiro não é igual ao americano, europeu. Nós precisamos ter noção da realidade, pé no chão para poder comparar com os outros.

Mas sobre a valorização do profissional, a minha decisão é um pouco baseada nisso. Eu fiz as contas de quanto valeria à pena. Às vezes penso que eles já tinham isso pré-estabelecido na agenda deles que eu estava fora.

Ano passado, quando fui renovar meu contrato, eu já tive um desgaste para negociar. Fui mais duro, mas eles cederam, graças a uma interferência superior. Esse ano não.

Eu tenho que ser sincero que a empresa também sofreu com esse impacto, porque se eu não me valorizar ninguém vai. Mas para mim é uma nova fase.

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