

A KaBuM está implodindo?
A KaBuM Gaming, uma das equipes a disputar o CBLoL deste ano, vem tendo um semestre extremamente conturbado.
Em janeiro a parceria que havia sido forjada em 2016 com a Ilha da Macacada e o time, que é patrocinado por uma loja de equipamento de informática de mesmo nome, foi desfeita de maneira abrupta e controversa.
Durante a disputa do Campeonato Brasileiro de League of Legends de 2017, a organização que já foi campeã brasileira em 2014, está tendo grandes dificuldades de apresentar a boa forma de outrora ocupando a penúltima colocação com apenas três pontos conquistados.
Se não bastasse tudo isso, no início desta semana, o mid laner da Kabum, Guilherme “Vash” Del Buono, anunciou que estava deixando o time pois ele e seus companheiros estavam sendo submetidos a condições insuportáveis de treinamento.
Já ha alguns anos é costume que cada organização de e-Sports tenha sua própria Game House para receber seus atletas e poder manter a rotina de treinos e compromisso que um time profissional exige. Porém desde o começo de janeiro os jogadores da Kabum estão hospedados em um hostel, onde segundo Vash não existem requisitos mínimos para alojar uma equipe de esportes eletrônicos.
“Quinta-feira, todo mundo já com muito stress acumulado, tivemos um péssimo dia de treino. Nada dando certo. Diante dessa situação eu me esgotei, conversei com os meninos depois do treino e avisei que eu estava indo para casa, não queria mais ter que aguentar essa situação. Muita coisa acumulada somando, até que eu achei que a decisão mais produtiva para mim, como player, seria ir para casa. Não tenho problema nenhum de internet e PC aqui e não valia mais o stress diário daquele hostel”. disse Vash
Pouca iluminação, falta de água filtrada, ventilação, quedas de energia, pouco espaço físico, equipamentos e internet insuficientes foram alguns dos problemas citados pelo jogador. Além de tudo isso, o local recebe frequentemente festas e muito barulho, um grande empecilho para concentração de quem precisar passar longas horas treinando.
“O hostel era um lugar onde a gente tinha um quarto (para seis pessoas) e uma sala para os PC’s. Nos primeiros dias era praticamente insuportável treinar lá. A sala era muito quente, iluminação horrível, não tínhamos ventilador, ar-condicionado, filtro de água, nada. Era nós sete, contando com o Piroxz, que ainda não tinha saído, e os PC’s. Apenas dois cômodos para sete pessoas conviverem todo dia”, completou o mid laner
Luis “Piroxz” Chavez, o analista do time, já havia abandonado o hostel devido a todos os acontecimentos citados pelo colega de equipe, mas ele teria sofrido ainda mais descaso, ficando sem computador e equipamentos básicos para trabalhar.
A organizadora do time veio a público dizer que a situação é momentânea e que esta tomando providencias para sanar o ocorrido, e informou ainda que a intenção era repetir toda infraestrutura da antiga GH do time que fica em Limeira, agora na capital.
Enquanto isso a Associação Brasileira de Clubes De e-Sports (ABCDE) se reúne hoje para definir quais ações serão tomadas após as graves denuncias feitas contra uma das integrantes do grupo, que tem em suas bases a intenção de proteger e profissionalizar os jogadores de esportes eletrônicos.
A Riot Games ainda não se posicionou oficialmente sobre o caso, porém a empresa é conhecida por sua postura rígida quanto a condutas inadequadas de componentes ou organizações que participam dos campeonatos oficiais.
Em meio a toda confusão o site Maise-sports jogou um galão de gasolina na fogueira ao lançar uma matéria onde diz ter apurado que a rescisão do top laner Lucas “Zantins” Zanqueta, foi paga com dinheiro dos próprios jogadores, pois a responsável pela equipe se recusava a fazer o pagamento. Diante da situação o time resolveu dividir os R$ 30.000,00 da dívida entre eles mesmo.
Segundo a assessoria de impressa da KaBuM ,a denúncia esta sendo apurada.
Diante de tantos problemas a situação do KaBuM Gaming é bastante incerta e muito provável que punições severas sejam aplicadas sobre a organização.