Quanto Vale Sua Sobrevivência Em Um Torneio?

Sabe aquela frase que já deve ter ouvido alguém soltar de forma sarcástica ”só o primeiro lugar interessa”?

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É algo que hoje em dia percebo que para MTT não é assim tão mentiroso, não no sentido literal, mas o instinto assassino que você tiver na mesa pode diferenciar um jogador que faz muitos ITM’s de outro que não premia tão frequentemente, mas é sempre visto na disputa do HU de um torneio.

Vejo vários profissionais como Caio Pimenta sempre usando a palavra: DESAPEGO. Isso na prática significa que ele dá pouco valor ao tão discutido ”TOURNAMENT LIFE”. É uma discussão que está atualmente muito em pauta nos fóruns internacionais: quanto vale sobreviver em um torneio?  E existem argumentos para defender a opinião dos mais conservadores como:

– Não dar valor ao TL gera jogadas de alta variância em MTT’s, que já tem a variância altíssima.

– Quantas vezes você estará na reta final daquele torneio? É um torneio regular de field pequeno ou um major de domingo?

– Talvez em um torneio ao vivo, você não terá o longo prazo suficiente (amostragem), assim como estando na reta final de um major como o tão sonhado Sunday Million para fazer aquela jogada ”DESAPEGADA” prevalecer com expectativa positiva.

– A sua imagem na mesa se mantem a de um jogador bem tight e em situações extremas pode até conseguir take it down em seus pushes que outros jogadores loose receberiam insta call

– Você evitará períodos muito grandes de downswing por ter uma grande % de ITM.

Temos como exemplos o português Fernando Brito, que foi campeão da sétima temporada do EPT. Todos os brasileiros que o conheceram pessoalmente disseram que ele sempre pregava o estilo ”vamo devagarinho, sem pressa”… muito raramente roubava um blind aqui e ali, e voltava a esperar um jogo de valor (Valorizando ao máximo o TL) e provou ser possível ir longe com essa filosofia após a temperada inteira do EPT com resultados impressionantes.

Porém muitos profissionais online e top mundiais como: bigdogpckt5s, Kevin Saul (belowAbove) e até mesmo o nosso supertop Caio Pimenta parecem discordar totalmente disso e argumentos frequentes de quem defende esse lado da moeda são:

– Um jogador que não faz as tais jogadas de alta variância se torna mais previsível e é um possível alvo na mesa (seu BB provavelmente será mais atacado que o normal por saberem que você tende a não defendê-lo), no longo prazo pode ser mapeado por todos e assim provavelmente não se manterá lucrativo no decorrer dos anos.

– A própria estrutura de premiação dos MTT’s privilegia o jogador que joga pelo título, pois a % dos prêmios é absurdamente concentrada nos primeiros lugares.

– Você estar sempre shortstack vai se colocar em mais situações de all-in pré-flop, tendo que ganhar coinflips e escapar mais frequentemente dos coolers, ao contrário de uma estratégia de jogo que tente fazer a manutenção do stake longe da faixa de blinds onde necessite de um push pré-flop.

– Tentando jogar a maioria do tempo mãos de valor e deixando de lado os steals, você possivelmente terá que runnar melhor para sobreviver.

O bigdogpckt5s, um jogador que eu acompanho em um site de coach gringo vai mais longe e afirma:

”Todo mundo literalmente alguma vez na vida já foldou 2 ou 3 mãos próximas a bolha que normalmente não fariam, pois é o instinto humano querer premiar, e também naquela mesa final em que você entra confortável em fichas, mas está sempre esperando os 2 shortstacks da mesa caírem antes de você. E com isso naturalmente o seu stack vai caindo nesse período de espera, você deixa de fazer moves que envolvam qualquer risco, esperando esse dinheiro extra pela queda dos dois na mesa.”

Hoje em dia ele diz que luta firmemente contra isso, pois crê que você diminui a sua chance de pegar o TOP 3 jogando dessa forma, inclusive não permitindo que seus alunos abram o lobby a cada 5 minutos para conferir a premiação e o pulo que terá no $$, além de não permitir a eles os tão comuns deals na mesa final. São fatores psicológicos que agem no subconsciente e farão diferença em seus resultados no longo prazo.

Eu também acredito ser esse o caminho ideal para se tornar um jogador consistente ao longo dos anos, se importar menos com a premiação e focar totalmente apenas na situação da mesa e no move certo que tem que ser feito. Mas sem dúvidas este ainda é um assunto polêmico, por isso podem enviar comentários, dúvidas, e etc, para meu twitter @eduardo_marra ou meu email [email protected].

Grande abraço!

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