Daniel Negreanu disse que não é hipócrita.
Depois de defender o aumento do rake, foi a vez de Daniel Negreanu tocar em outro assunto controverso: a chegada de jogos de cassino à sua patrocinadora.
E a resposta do Team Pro é claramente baseada na repercussão que teve a saída de sua colega Vicky Coren, que na semana passada anunciou seu rompimento com o PokerStars por não concordar com a atitude da sala em oferecer jogos de cassino a seus clientes.
Depois de discorrer sobre vários dilemas morais que enfrentou no início de sua carreira, em que teve que optar se julgava certo ganhar dinheiro de jogadores menos habilidosos, e se poderia conviver com o fardo de que muitos dos jogadores tomam decisões ruins para si e para suas famílias, Negreanu disse não ser hipócrita em relação a decisão do PokerStars.
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“Eu me consideraria um hipócrita se dissesse que é ok, para mim, ganhar dinheiro de jogadores viciados, mas que não é ok quando um cassino faz a mesma coisa. Se é errado, é errado, não importa quem lucra. Embora a gente goste de separar poker e gambling, poker é gambling. Há alguns vencedores e uma vasta maioria de perdedores, e isso não é diferente de operar com ações ou apostas esportivas. Enquanto você pode trabalhar duro para ser um vencedor em apostas ou no mercado de ações, a maioria não irá colocar essa carga de trabalho necessária para ser vencedor”.
Ele ainda disse que sabe que não é possível vencer a casa no longo prazo em jogos de cassino, mas considera a chance de um amador ganhar nesses jogos melhores do que se sentar a uma mesa de poker repleta de tubarões.
“Um jogador recreativo que aposta US$ 100 em uma mesa de blackjack vai ganhar mais vezes do que em uma mesa de poker. Seu ROI será melhor em uma mesa de dados do que em uma de poker repleta de profissionais. Ele vai perder do mesmo jeito, a diferença é só quem puxa o dinheiro: o cassino ou um tubarão”.
E Negreanu encerrou seu post dizendo que admira a decisão de Vicky.
“Tenho respeito e admiração pela decisão de Vicky. Presumo que ela se fez uma série de questionamentos e, no final, colocou vários argumentos na balança. Acho que esse peso na balança é diferente para cada um, e não acho que haja o certo ou errado”.
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