Jogadores e funcionários envolvidos em cash game no estádio da Portuguesa foram levados à delegacia, ouvidos, e liberados em seguida.
Poucos clubes de futebol tem gerado tanta notícia nos últimos meses quanto a Portuguesa. Rebaixada da série A do Campeonato Brasileiro, após julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), em que a escalação de um jogador irregular resultou na perda de pontos e no consequente rebaixamento, a Lusa volta a ocupar os noticiários por conta da sua associação com um jogo de cash game que ocorria nas dependências do estádio do Canindé.
Segundo o site Globo Esporte, a operação ocorreu na noite de ontem (quinta-feira), a partir de uma denúncia anônima. Seis jogadores e três funcionários utilizavam uma sala do estádio para o cash game e R$ 2.050, US$ 670 e vários cheques foram apreendidos.
“Recebemos a denúncia de que estavam jogando Texas Hold’em a dinheiro, e levamos os envolvidos à delegacia para prestarem esclarecimentos. Todos os envolvidos foram liberados na sequência”, informou o delegado Heitor Peitl.
Já o presidente da Portuguesa Ilídio Lico mostrou-se indignado com a ação: “É brincadeira o que estão fazendo com a Portuguesa, querem acabar com o clube. Eu posso citar mais de 50 lugares onde jogam Texas Hold’em”. E prosseguiu: “É um mosquito e a turma fala que é um elefante. Eu não ia fazer nada irregular no Canindé, em uma sala aberta para todos. Não há maldade, é só um Texas Hold’em”.
O presidente ainda disse desconhecer a ocorrência do jogo, e informou que passou pelo local duas vezes, e que nunca viu dinheiro por lá. “Mas o cara não pode ter dinheiro no bolso?” questionou Ilídio Lico.
Por sua vez, o delegado titular Éder Pereira e Silva encaminhou o caso à Justiça, enquanto o presidente da Portuguesa já tem um boletim de ocorrência em mãos e promete acionar o departamento jurídico do clube.
Estádio do Canindé, local onde ocorria o jogo.