O físico Dr. Tobias Galla, especialista em teoria dos jogos da Universidade de Manchester, na Inglaterra chegou a conclusão de que jogos como o poker ou xadrez são complexos demais para a mente humana.
O físico Dr. Tobias Galla, especialista em teoria dos jogos da Universidade de Manchester, na Inglaterra chegou a conclusão de que jogos como o poker ou xadrez são complexos demais para a mente humana.
Para estudar como o comportamento humano afeta a tomada de decisão, ele realizou milhares de simulações de jogos para duas pessoas, incluindo poker, xadrez e Go.
Para ele, é fácil encontrar a estratégia perfeita em jogos simples. Mas naqueles mais complexos, com muitas possibilidades de movimentos, as ações dos jogadores se tornam menos racionais, dificultando a tomada de decisões.
Isso pode ser explicado pelo que ele chama de ponto de equilíbrio – quando um jogador (ou analista do mercado financeiro, no exemplo usado pelo Dr. Galla) assume que seus oponentes são tão capazes quanto ele próprio, o que leva a previsões e jogadas incorretas em jogos complexos.
“Em muitas situações, as pessoas não jogam com estratégias de equilíbrio. Ao invés disso, elas agem de maneira aparentemente aleatória ou caótica por várias razões, então nem sempre é apropriado fazer previsões no modelo de equilíbrio.”
Galla afirma também que, quanto maior o número de jogadores, mais provável é que o ponto de equilíbrio diminua. Sendo assim, jogos complicados com muitos jogadores (como é o caso dos torneios de poker) estratégias utilizando o ponto de equilíbrio não são as mais indicadas.
“Mas pode ser que precisemos abandonar as teorias de jogos convencionais e usar novos métodos para prever como as pessoas podem se comportar,” disse ele.