Marco Civil da Internet Aprovado

[Major Kong]

Deputado Jean deixando escapar as reais intenções

Jean Wyllys: “Ganha-se de todos os lados. Ganha-se porque cobra pelos serviços, e ganha-se porque despolitiza as pessoas.Tira-se delas a chance de expressão, de organização política, a chance de furar o bloqueio, de furar o sistema político que é muito blindado.”



Neutralidade ou neutralização da rede ? | Chouriço Inc.

[Fion]

Esse termo "neutralidade" é só um eufemismo. Todas as vezes que você ouvir ou ler termos como "democratização", "popularização", "socialização" e, agora o novo "neutralidade" vindo de um .gov da vida (de qualquer cor) podem vigiar seu bolso que tem punguista por perto. Ou abram os olhos por que estão querendo de tungar coisa mais importante ainda que dinheiro. Pra não ficar em crítica aparentemente vazia vou escrever o que penso, e se você não tiver saco para tl;dr vá para o próximo post.

Desde já adianto que o raciocínio exige um mínimo de capacidade de abstração, coisa que, ainda que a pessoa seja muito inteligente para quase todas as coisas, simplesmente não possui.

Aviso também que neste caso específico nada é dirigido contra o PT nem ao governo atual mas a qualquer governo constituído, seja de que tendência ou "cor" for.

Imagine que você se junta a um grupo de pessoas em um lugar qualquer e, por decisão conjunta resolva ocupar um local (chamemos de "terreno") em que nada existia antes, edificando ali um espaço polivalente para utilização de toda e qualquer pessoa que consiga acessar a este local.

Neste terreno se constrói, para utilização comum, playground, campos e quadras de esporte, biblioteca, auditórios, pracinhas com bancos confortáveis paras as pessoas conversarem e debaterem o que quiserem e diversos outros equipamentos para diversão, informação, cultura e negócios.

Arvores frutíferas são plantadas, as frutas disponibilizadas a todos os usuários do local, alguns utilizadores, entretanto, tratam de ensacar, lavar e vender frutas do mesmo local já higienizadas e tem aqueles que preferem pagar por isto como seus clientes. Um barraqueiro em especial colhe as frutas e fabrica sucos de todos os tipos, simples, com leite, com gelo, batidos, especiais vitaminados, etc.

O terreno é cada vez mais acessado e uma dos maiores sucessos dos locais é justamente o espaço com bancos livres aonde o debate sobre os mais variados temas, de esporte à política, de frivolidades à ciência, correm solto.

O sucesso é total e quem todos aqueles que tomam conhecimento do terreno procuram arrumar um jeito de acessa-lo, e quanto mais gente se achega mais o sucesso acontece, pois o terreno é grande o suficiente para acomodar mais e mais usuários e este local vazio seria apenas um descampado inútil, entretanto, com o sucesso, cada vez ganha mais conteúdo, conteúdo este que retroalimenta o sucesso em um círculo virtuoso.

Eis que de repente, não mais que de repente, chega um fiscal da prefeitura. A primeira coisa que ele pensa é "hmmm..terreno sem dono é terreno público, vou contar desse local aqui para o prefeito" e assim o faz.

Seu prefeito, aquele ser humano livre de erros, tão probo e bem intencionado, que só pensa no bem público, convoca então os vereadores para criar o estatuto de funcionamento do local, para garantir a "neutralidade" a "democratização" do espaço.

E não demora chega a lei. Ela diz que aqueles sucos vendidos desde os simples até os turbinados, de agora em diante teriam que ser genéricos (pacotes das operadoras) por que o fabricante de sucos, aquele porco capitalista, estava iludindo a clientela com essa coisa de sucos simples/especiais/turbinados/vitaminados. Em momento algum ocorreu à prefeitura estabelecer mecanismos de incentivo pleno para que mais e mais fabricantes de sucos se estabelecessem, antes, prefere sob o o nome bonitinho de "neutralidade" estancar o que estava em expansão, ou ao menos, tirar a vontade e a iniciativa daqueles que poderiam vir a montar uma banca de sucos.

A lei estabelece também, que, aqueles debates que corriam soltos, agora seriam registrados e armazenados por um ano (não que antes não o fossem mas agora é oficial) e estes são dois exemplos do que se poderia discorrer sobre, no mínimo, o desconforto que causa esse tipo de iniciativa. O resto e todas as demais implicações ficam por conta da capacidade de abstração do leitor.

Se você é do tipo "pollyana" (go google it) e acha que a vida e o governo são uma maravilha de Deus, que o governo toma medias apenas pensando em seu bem, então a regulação ou o que seja da internet é para você. Pela minha assinatura, já bem antiga, você constatará que não é coisa boa para mim.

Estão distorcendo sim a discussão por culpa dos contras que pesam a mão sem embasar a opinião e fica parecendo só oposição sistemática. Não é. É coisa séria, mas, enfim, vida de gado como cantava o maluco.

Em tempo, nem percam tempo com provocações babacas pró-petistas ou ilações com fundamento em divergências de entendimento buscando mostrar que seu pau é maior que o meu, coisa muito comum no maisev, em especial por crianças que frequentam o local.

É só a minha opinião e não uma chamada a um debate que não vou ter tempo de alimentar.

[Fion]

Em tempo, minha assinatura é "Ame o seu País, Tema o seu governo".

[DiegoSestito]

Esse termo "neutralidade" é só um eufemismo. Todas as vezes que você ouvir ou ler termos como "democratização", "popularização", "socialização" e, agora o novo "neutralidade" vindo de um .gov da vida (de qualquer cor) podem vigiar seu bolso que tem punguista por perto. Ou abram os olhos por que estão querendo de tungar coisa mais importante ainda que dinheiro. Pra não ficar em crítica aparentemente vazia vou escrever o que penso, e se você não tiver saco para tl;dr vá para o próximo post.

Desde já adianto que o raciocínio exige um mínimo de capacidade de abstração, coisa que, ainda que a pessoa seja muito inteligente para quase todas as coisas, simplesmente não possui.

Aviso também que neste caso específico nada é dirigido contra o PT nem ao governo atual mas a qualquer governo constituído, seja de que tendência ou "cor" for.

Imagine que você se junta a um grupo de pessoas em um lugar qualquer e, por decisão conjunta resolva ocupar um local (chamemos de "terreno") em que nada existia antes, edificando ali um espaço polivalente para utilização de toda e qualquer pessoa que consiga acessar a este local.

Neste terreno se constrói, para utilização comum, playground, campos e quadras de esporte, biblioteca, auditórios, pracinhas com bancos confortáveis paras as pessoas conversarem e debaterem o que quiserem e diversos outros equipamentos para diversão, informação, cultura e negócios.

Arvores frutíferas são plantadas, as frutas disponibilizadas a todos os usuários do local, alguns utilizadores, entretanto, tratam de ensacar, lavar e vender frutas do mesmo local já higienizadas e tem aqueles que preferem pagar por isto como seus clientes. Um barraqueiro em especial colhe as frutas e fabrica sucos de todos os tipos, simples, com leite, com gelo, batidos, especiais vitaminados, etc.

O terreno é cada vez mais acessado e uma dos maiores sucessos dos locais é justamente o espaço com bancos livres aonde o debate sobre os mais variados temas, de esporte à política, de frivolidades à ciência, correm solto.

O sucesso é total e quem todos aqueles que tomam conhecimento do terreno procuram arrumar um jeito de acessa-lo, e quanto mais gente se achega mais o sucesso acontece, pois o terreno é grande o suficiente para acomodar mais e mais usuários e este local vazio seria apenas um descampado inútil, entretanto, com o sucesso, cada vez ganha mais conteúdo, conteúdo este que retroalimenta o sucesso em um círculo virtuoso.

Eis que de repente, não mais que de repente, chega um fiscal da prefeitura. A primeira coisa que ele pensa é "hmmm..terreno sem dono é terreno público, vou contar desse local aqui para o prefeito" e assim o faz.

Seu prefeito, aquele ser humano livre de erros, tão probo e bem intencionado, que só pensa no bem público, convoca então os vereadores para criar o estatuto de funcionamento do local, para garantir a "neutralidade" a "democratização" do espaço.

E não demora chega a lei. Ela diz que aqueles sucos vendidos desde os simples até os turbinados, de agora em diante teriam que ser genéricos (pacotes das operadoras) por que o fabricante de sucos, aquele porco capitalista, estava iludindo a clientela com essa coisa de sucos simples/especiais/turbinados/vitaminados. Em momento algum ocorreu à prefeitura estabelecer mecanismos de incentivo pleno para que mais e mais fabricantes de sucos se estabelecessem, antes, prefere sob o o nome bonitinho de "neutralidade" estancar o que estava em expansão, ou ao menos, tirar a vontade e a iniciativa daqueles que poderiam vir a montar uma banca de sucos.

A lei estabelece também, que, aqueles debates que corriam soltos, agora seriam registrados e armazenados por um ano (não que antes não o fossem mas agora é oficial) e estes são dois exemplos do que se poderia discorrer sobre, no mínimo, o desconforto que causa esse tipo de iniciativa. O resto e todas as demais implicações ficam por conta da capacidade de abstração do leitor.

Se você é do tipo "pollyana" (go google it) e acha que a vida e o governo são uma maravilha de Deus, que o governo toma medias apenas pensando em seu bem, então a regulação ou o que seja da internet é para você. Pela minha assinatura, já bem antiga, você constatará que não é coisa boa para mim.

Estão distorcendo sim a discussão por culpa dos contras que pesam a mão sem embasar a opinião e fica parecendo só oposição sistemática. Não é. É coisa séria, mas, enfim, vida de gado como cantava o maluco.

Em tempo, nem percam tempo com provocações babacas pró-petistas ou ilações com fundamento em divergências de entendimento buscando mostrar que seu pau é maior que o meu, coisa muito comum no maisev, em especial por crianças que frequentam o local.

É só a minha opinião e não uma chamada a um debate que não vou ter tempo de alimentar.

Cara, você sabe que seu argumento é uma falacia de falsa analogia né? Digo, a primeira parte, porque na segunda você ligou o gerador de blá-blá-blá. Enfim, vou explicar o porque o "argumento" é falacioso:

Na historinha bonitinha do terreno, os sucos são produzidos pela pessoa que está vendendo, correto? Ela "construiu" um produto e está vendendo o mesmo. O caso das operadoras não é esse, ela não produz o conteúdo. É totalmente absurdo você limitar quais conteúdos uma pessoa pode acessar sendo que você não tem qualquer direito sobre o conteúdo. A analogia seria verdadeira, se a operadora produzisse o conteúdo e cobrasse por ele. O que acontece pra caralho hoje em dia, o Netflix por exemplo, cobra uma taxa para que você possa acessar conteúdo que ele tem direito de exibir... A operadora é responsável SOMENTE pela transferência dos dos servidores da web (de maneira simplista) até a casa do consumidor, e é por isso que ela tem que cobrar, porque para essa transferência, não importa de onde o conteúdo vem. Seria a mesma coisa que o correio começasse a cobrar as entregas não pelo peso, mas pelo conteúdo do sedex.

[Fion]

É sim, Diego, é só uma falácia para mostrar que sou muito inteligente e versado. O problema é que como não sou nenhuma das duas coisas fico construindo essas blá-blá-blás na vã esperança de iludir um incauto ou outro contra a esquerda.

[PebaVermelho]

@Fion, esse lugar lindo que você descreveu em seu post é a Terra do Nunca?

[DiegoSestito]

É sim, Diego, é só uma falácia para mostrar que sou muito inteligente e versado. O problema é que como não sou nenhuma das duas coisas fico construindo essas blá-blá-blás na vã esperança de iludir um incauto ou outro contra a esquerda.

LOL, não quis ser agressivo. Mas a primeira parte foi uma falácia, pelo menos eu achei. E expliquei o porque, ai é tua vez de dizer o porque não é, e onde meu argumento está errado. E a segunda parte imo, é só propaganda ideológica mesmo.

[Fion]

É sim, Diego, é só uma falácia para mostrar que sou muito inteligente e versado. O problema é que como não sou nenhuma das duas coisas fico construindo essas blá-blá-blás na vã esperança de iludir um incauto ou outro contra a esquerda.

LOL, não quis ser agressivo. Mas a primeira parte foi uma falácia, pelo menos eu achei. E expliquei o porque, ai é tua vez de dizer o porque não é, e onde meu argumento está errado. E a segunda parte imo, é só propaganda ideológica mesmo.

Nem eu quis ser agressivo. O que você pegou foi um apêndice, pode ser reconstruido com qualquer exemplo e não vai modificar o resultado. Não dá para esmiuçar tanto sem ter que escrever uma bíblia o que além de ficar chato não vai adicionar mais verdade.

Em relação à questão ideológica foi só a demonstração histórica dos acontecimentos sintetizada, ou seja, os meios de acesso foram aumentando de linha discada para as inúmeras formas de hoje por força de investimento privados (adsl/rede elétrica/cabo/2g-3g-4g/satélite e por aí nós vamos) e se mostraram crescentes em ofertas justamente pela possibilidade de se angariara clientes e a liberdade em se estabelecer os pacotes, que em verdade caíram de preço com o passar dos anos mas até isso pouco importa.

O terreno, é, por suposto, uma simplificação da internet que fez o circuito ARPANET-MEIO ACADÊMICO-ACESSO PÚBLICO e daí ganhou diversidade e conteúdo agregado pelos usuários. Essa discussão lateral eu vou ter que foldar mas é por que embora apareça online, pois deixo uma janela aqui, estou realmente ocupado no trabalho pelos próximos dias.

De qualquer forma o post não foi ideológico não, que fique claro, pelo menos neste caso.

Em síntese o povo em geral construiu e mantém a Internet sobre o nada e é bom ficar de olho quando os carros chapas-brancas adentram no terreno. E a chamada pela abstração vêm disso, da capacidade de cada um imaginar o que de ruim pode advir do fato. Quem estiver satisfeito que fique.

[PebaVermelho]

O engraçado é que esse delírio colorido do Peter Pan do MaisEV é compartilhado por outras pessoas — talvez não com as mesmas nuances bucólicas tão comoventes. Tratando disso, ontem mesmo vi um tweet muito bom que chamava os sonhadores de volta à realidade:

[RafaelRJ]

@Fion, o seu exemplo até seria plausível caso a área de telecomunicações não fosse um oligopólio. Há certas diferenças entre montar uma barraquinha que vende limonada e uma Net da vida.