Se tem uma coisa que eu aprendi com os políticos, principalmente com o Pedro Simon do PMDB, é que na marra as coisas não saem, por mais legítimas que sejam as nossas pretensões.
Essa semana eu refleti muito sobre essa frase, principalmente quando relacionada à atual e bastante triste realidade venezuelana.
A Venezuela é uma democracia, e Maduro é um líder eleito pelo voto popular. Esse ponto é importante ressaltar, pq tentativas de deposição serão consideradas prévias de um golpe de Estado. Que a mídia internacional, já a mais de uma década, demoniza os governos populares de Lula, Evo, Chávez, Correia, Banchelet, Mujica e Lugo, ninguém possui dúvidas. Demoniza pq é partidária do neoliberalismo. E, portanto, tudo é válido. Até mesmo dizer que uma democracia estável é uma ditadura.
Acontece que um governo de esquerda não pode ser refratário dos direitos humanos, por mais que o outro lado não esteja interessado nessa luta. Sabe-se que setores contrários a política chavista de distribuição de renda contratam espécimes de milicianos para tacar o terror. Mas o Estado não pode incorrer na mesma estratégia de violência.
Ademais o @
Dellbono está muito correto em sua crítica. A esquerda não pode criticar o desrespeito aos direitos humanos aqui, e lá se manter omissa. Eu referendo essa ideia do dellbono para afirmar que existem setores da esquerda que estão sendo condizentes com algumas arbitrariedades cometidas. E inconcebível, na minha cabeça, pensar que já morreram mais de 30 pessoas, em protestos num país democrático.
O problema é que a pauta dos protestantes é de jogar a constituição no lixo e depor um presidente democraticamente eleito. O que fazer então? Não sei. Mas sei que descer o sarrafo só faz esse governo perder moral.