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PebaVermelho
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Fonteles
Eu acho que a oposição tem que se organizar cada vez mais em uma frente ampla, que abarque vários grupos e setores contrários ao governo.
Isso já existe desde que Chávez foi eleito a primeira vez.
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Fonteles
Acho que a oposição deveria pensar na possibilidade de captação de políticas públicas de esquerda no que toca as políticas sociais que beneficiam os setores mais pobres, e utilizar de meios mais eficazes para dialogar com essa parcela da população. Os mais pobres tem que sentirem confiança que a oposição não vai acabar com os benefícios advindos do chavismo. Se a oposição conseguir isso, eles levam essa disputa, visto que já contam com o apoio dos EUA e UE.
Isso é impossível.
A questão do acirramento que vc apresentou no seu texto parece ser um dos tópicos mais relevantes a serem abordados em análises políticas de fundo. Se o descontentamento de certos setores populares aumentar, a oposição chegará ao poder nas próximas eleições presidenciais. Só que o chavismo é muito caro à esquerda venezuelana, e se a oposição não atender certas reivindicações o confronto irá persistir, ainda mais num começo de século que revê agitações populares, agora muito mais heterogêneas e compostas pelos mais variados matizes políticos.
Essa análise pontual da realidade política da Venezuela me faz pensar sobre a crise que a democracia passa numa época pós guerra fria e multilateralista. Eu não quero ceder à tentações convenientes de se criticar o sistema econômico que privilegia uns a despeito da miséria de outros para tentar explicar essa crise (de identidade?) da democracia, principalmente se eu levar em conta que o instrumento democrático permite uma revisão do modelo econômico em benefício da ampla maioria. No entanto, a própria esquerda diverge sobre se essa revisão está sendo, de fato, bastante democrática.
Daí as perguntas que te faço: O que vc enxerga de mais relevante nesse quadro de acirramento político e social existente na Venezuela (mas, também, existente, de certa forma, no Brasil, Argentina e Equador, principalmente)? É possível se estabelecer um paralelo entre essa realidade com uma suposta crise de identidade da democracia?