Só concordo com a parte da alegria. O resto vc tá viajando pesado imo.
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É solidária sim.
Eu vivi muito isso e quem vive em bairros mais pobres ou favelas vê demais.
Família que cuida dos filhos dos outros enquanto o vizinho ta trabalhando.
Família que socializa a cacimba quando falta água no bairro.
Família que dá almoço pro vizinho enquanto ele ta desempregado.
Eu tava assistindo um video random de uma brasileira que foi morar na Alemanha e ela tava contando uma estoria de preconceito que aconteceu com ela.
Ela eh negra e foi pegar um onibus.
Lah na Alemanha o ticket do onibus nao precisa ser mostrado, eles confiam que vc comprou.
Num dia ela disse que tava apressada pra uma reuniao e nao teve tempo de comprar o ticket.
Os guardas foram direto nela e cobraram o ticket, ela ficou nervosa, tentou se explicar e estava totalmente desconfortavel.
No video ela falava que a galera lah eh mais fria e distante uns dos outros.
Eh mais dificil de alguem tentar se comover ou tentar ajudar.
Ela disse que se fosse no Brasil, com certeza alguém ia colar do lado, perguntar o que tava acontecendo e ajudar.
Eu concordo.
Eu vejo demais isso aqui no Brasil.
Nego nao tem dinheiro pra pagar o onibus aqui e sempre tem alguem pra ajudar e ateh pagar.
Eu acho que aqui, principalmente os pobres, conversam mais com o vizinho, oferecem ajuda quando necessario ...
A solideriedade é maior pq eles vivem de perto a experiencia da escassez.
Isso nao acontece tanto nas outras classes.
Eu acho que o pessoal confunde um pouco ser solidário com ser passional ou frio.
É claro que países como EUA e a maioria da Europa tem uma cultura menos calorosa que a brasileira, mas isso não significa que não sejam solidários.
Esse assunto é bem subjetivo, mas baseado na minha experiência e experiência de amigos que moraram fora, as coisas não são bem assim como vc descreveu.
Eu já fui muito ajudado por aqui quando precisei, assim como tb já fui ajudado no Brasil.
É que essa correlação não é forte como você pensa. A corrupção é muito melhor explicada por fatores históricos.
Se você pega a Colômbia, que tem um dos índices mais altos de liberdade econômica do continente americano, perceberá que a corrupção é altíssima. Aí você vai analisar o histórico do país e perceberá que lá a corrupção é algo muito enraizado., que já foi assimilado pelo povo.
A Itália convive com corrupção há muito tempo, máfias etc. O ex-primeiro ministro foi condenado recentemente por fraude fiscal lá, um dado sick até pra nós aqui no Brasil.
O Brasil é um país pilhado desde o descobrimento, as capitanias hereditárias eram extorquidas, na época do império corrupção corria solta e não podia ser diferente quando fundaram a República. A gente tá acostumado a sacanagem desde sempre. No nosso caso a corrupção está longe de ser um problema da burocracia, na real é o setor privado que é o mais escroto, seja fraudando o Fisco, seja corrompendo o setor público. Quem achar que vai provocar uma grande alteração no quadro da corrupção no Brasil aumentando a liberdade econômica tá redondamente enganado.
O Iraque até 2002, durante o regime Saddam Hussein, era um dos países com menor índice de liberdade econômica do mundo. O score do Iraque naquele ano o colocaria hoje acima apenas da Coréia do Norte. Em 2003 houve a invasão americana e por falta de dados o Iraque saiu do índice por falta de dados para avaliar o índice. O que dá pra dizer com certeza é que após a deposição do regime de Saddam e a instalação de novo governo com apoio dos EUA a liberdade econômica deve ter aumentado muito. E qual foi o resultado? Hoje o país está sendo literalmente DESTRUÍDO pela corrupção. O aumento da liberdade econômica não melhorou em NADA a corrupção por lá, na verdade a corrupção PIOROU, e o país atualmente ocupa a posição 171 entre 177 países avaliados no raking de corrupção.
Aí você pega Cuba que é o segundo país com menor liberdade econômica do mundo e constata que ele sofre menos com corrupção do que a maioria dos países do seu continente. Apenas 7 países em todo o continente americano tem score melhor em corrupção.
Ela é desonesta/malandra/pobre e brasileira. Bem ao contrário do que vc disse que brasileiro era.
Na verdade é bem simples de calcular essa correlação. Vou ver se alguém já fez isso ou tentar calcular depois.
Mas é óbvio que vc não está errado citando razões históricas. Isso tem um peso relevante tb.
Edit: achei essa artigo, mas só li o abstract.
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0176268003000156