Calcule o valor estimado do táxi

[ekalil]

O táxi pode usar o uber?

O usuário chama o uber e aparece um táxi. Já aconteceu com alguém isso?

Como o uber cobra?

Registre-se que o contrato de transporte oneroso tem suas especificidades na legislação nacional. Caso um terceiro cause o acidente ainda assim o transportador é responsável pelos danos sofridos pelo transportado. O transportador tem ação regressiva contra o causador do acidente por óbvio, mas ele responde perante o transportado.

Fica complicado para o taxista competir de um cara que não se sujeita a nenhuma regra. Táxi é cheio de regra, ponto, etc...

GG táxi...

Ja aconteceu comigo. Chamei o Uber e veio um taxi normal, funcionando como Uber. Entao imagino que possa sim.

Outra coisa que mencionei eh que em NYC (so vi isso la) vc pode chamar um taxi normal usando o app, mas ai a funcao do app acaba quando o taxi chega. O resto eh no modo convencional mesmo.

[v.god]

@ekalil, como é a questão da tip no uber? Funciona igual no taxi?

Nao tem tip. Ele estima o valor da corrida antes (pq sabe a origem e destino). No final ele mostra quanto ficou baseado na rota que o gps mediu. Vc sai do carro e nao precisa fazer mais nada, ja que o pagamento eh feito via google wallet. Precisa so dar uma nota pro cara de 1 a 5, avaliando a corrida.

Valeu!

[Picinin]

@phelps

o Brasil é misto de público e privado. Você tá clicando botões...

Onde que você não entendeu que o transporte no Brasil passa necessariamente pelo Estado, desde regulamentações, licitações e vários outros?

E que não permite a iniciativa privada de implementar livremente um modelo diferente e melhor (e concorrente...), como o país que citei?

É misto de público e privado mas o privado passa necessariamente pelo Estado no Brasil.

Quitei isso aqui.

Passa necessariamente pelo Estado aqui no Brasil e na maior parte dos países do mundo...

Deixa eu facilitar para você. A maioria absoluta dos países do mundo tem um modelo semelhante ao Brasil, e é por isso que o Uber vem enfrentando problemas legais em todos esses países, inclusive nos EUA. Ficou mais claro agora?

[ekalil]

@phelps

o Brasil é misto de público e privado. Você tá clicando botões...
@ekalil

sério que você acha que as críticas que nós estamos colocando são críticas à tecnologia? Então você tá clicando mais botões aqui que a galera lá no tópico da terceirização (e, pelas suas respostas, a impressão que fica é essa). O Uber tá enfrentando problemas legais em vários países, inclusive naqueles que são exemplo de transporte público, como a Alemanha.

Você já pensou que se o Uber bomba, o número de taxistas vai cair abruptamente? E que quem não usa smartphone (o que deve ser a maioria absoluta da população do Brasil) vai ser prejudicado?

Anyway,já tô fazendo hora extra nessa discussão. Já entrou em loop há muito tempo.

Perai Picinin, tem um erro de logica ai no que vc falou. Se tem mta gente que nao usa smartphone, a demanda pra taxi vai continuar existindo e o numero de taxis nao vai cair abruptamente.

Se o Uber bombar tanto a ponto de fazer a demanda por taxi cair tanto, eh pq quase todo mundo que precisa do servico vai estar sendo atendido.

Resumindo, existe mercado pros dois conviverem, pelo menos por algum tempo, em paralelo.

Não é tão simples assim. A demanda por táxi vai diminuir, o número de táxis rodando vai diminuir e você vai ter um mercado com dois modelos rodando em paralelo. Um com uma série de exigências e outro desregulamentado.

Anyway, esse nem é meu ponto principal. O problema é que se libera o Uber, tem que liberar todo mundo pra prestar serviço de táxi.

Isso vai variar mto de cidade pra cidade. A demanda vai cair, mas o numero de taxis nao necessariamente.

Eu ja entendi seu ponto principal. Como falei, nao sei como isso vai ser resolvido, mas acho bastante improvavel o mercado voltar atras, banindo esse tipo de app (vale falar tb que nao existe so o uber) e pronto.

[Stolf]

O exemplo do mp3 e dvd é bom, simplesmente não tem como banir e fingir que nunca existiu. Não sei como vai acontecer daqui pra frente, mas com certeza o modelo vai se reinventar.

[Picinin]

O exemplo do mp3 e dvd é bom, simplesmente não tem como banir e fingir que nunca existiu. Não sei como vai acontecer daqui pra frente, mas com certeza o modelo vai se reinventar.

A analogia mais correta é:
MP3=aplicativo que liga motorista e passageiros
Uber=Napster
EasyTaxi=lojas oficiais de venda de mp3

[andremcosta]

NY, por exemplo, tem uma situação curiosa.

A licença para táxi lá é paga. Você paga a prefeitura e passa a ser dono da licença, podendo revendê-la. Hoje ela vale quase R$ 3 milhões. Não errei o valor não, é isso mesmo.

Um cara que comprou uma licença dessas tem todo o direito de exigir que a prefeitura proíba o funcionamento do Uber porque a própria prefeitura definiu um modelo de propriedade de licença.

Óbvio que você pode discutir o modelo, mas faz parte também do capitalismo ter marcos e regras claras. Você não pode exigir que um cara pague R$ 3 mi pra ter uma licença e deixar o outro rodar de graça.

Pode atualizar esse valor ai. Caiu 20% depois do Uber.

Eu li uma materia falando exatamente sobre isso. O mercado de licencas esta totalmente paralizado desde que o Uber bombou. No 1o semestre de 2014, 225 licencas foram negociadas. No 2o semestre, apenas 11.

Sobre o que vc falou, o cara com certeza vai reclamar pra caralho, mas vc nao acha que o fato de uma licenca pra ter um taxi custar 1 milhao de dolares ja eh um clarissimo sinal de que tem uma ineficiencia gigante nesse mercado?

Obvio, mas a questão de respeitar contratos/regras é importantíssima. Vender uma licença pra alguém e depois abrir pra todo mundo é trágico. Olha o tamanho do investimento que o cara faz, confiando no Estado.

As alternativas são cobrar de quem usa Uber ou comprar as licenças que emitiu de volta.

E estou falando de capitalismo liberal, não de intervencionismo. A questão de previsibilidade na ação do Estado é fundamental.

Você não pode, por exemplo, liberar a plantação de maconha e voltar atrás 6 meses depois, quando um cara já investiu na adaptação do negócio dele pra isso. Essa imprevisibilidade é terrível pro capitalismo liberal.

Enfim, não sou contra o Uber, mas é mais delicada a regulação do que parece, considerando o ambiente jurídico atual.

[Alvinho]

No começo do debate tava com o ekalil, Picinin ownou o field e me fez mudar de opinião.

Porra, quando eu vejo gente jovem e que trabalha com tecnologia indo contra o Uber me da uma dor no coracao.

O problema é que você acha que quem diz que o Uber é um transporte clandestino é contra tecnologia e a favor do modelo atual, sendo que isso não é verdade. Existe um meio termo onde tem as facilidades tecnológicas do Uber com algum tipo de regulamentação.

Por exemplo, a questão do surge pricing em emergências, que por sinal já foi regulamentado nos EUA.

[ekalil]

NY, por exemplo, tem uma situação curiosa.

A licença para táxi lá é paga. Você paga a prefeitura e passa a ser dono da licença, podendo revendê-la. Hoje ela vale quase R$ 3 milhões. Não errei o valor não, é isso mesmo.

Um cara que comprou uma licença dessas tem todo o direito de exigir que a prefeitura proíba o funcionamento do Uber porque a própria prefeitura definiu um modelo de propriedade de licença.

Óbvio que você pode discutir o modelo, mas faz parte também do capitalismo ter marcos e regras claras. Você não pode exigir que um cara pague R$ 3 mi pra ter uma licença e deixar o outro rodar de graça.

Pode atualizar esse valor ai. Caiu 20% depois do Uber.

Eu li uma materia falando exatamente sobre isso. O mercado de licencas esta totalmente paralizado desde que o Uber bombou. No 1o semestre de 2014, 225 licencas foram negociadas. No 2o semestre, apenas 11.

Sobre o que vc falou, o cara com certeza vai reclamar pra caralho, mas vc nao acha que o fato de uma licenca pra ter um taxi custar 1 milhao de dolares ja eh um clarissimo sinal de que tem uma ineficiencia gigante nesse mercado?

Obvio, mas a questão de respeitar contratos/regras é importantíssima. Vender uma licença pra alguém e depois abrir pra todo mundo é trágico. Olha o tamanho do investimento que o cara faz, confiando no Estado.

As alternativas são cobrar de quem usa Uber ou comprar as licenças que emitiu de volta.

E estou falando de capitalismo liberal, não de intervencionismo. A questão de previsibilidade na ação do Estado é fundamental.

Você não pode, por exemplo, liberar a plantação de maconha e voltar atrás 6 meses depois, quando um cara já investiu na adaptação do negócio dele pra isso. Essa imprevisibilidade é terrível pro capitalismo liberal.

Enfim, não sou contra o Uber, mas é mais delicada a regulação do que parece, considerando o ambiente jurídico atual.

Eu entendo seu raciocínio, mas tem alguns outros pontos. Eu não sei, por exemplo, qual o preço original da licença pra operar um táxi em nyc, mas deve passar muito longe desse preço de mercado atual.

Eu tb não sei que garantias a prefeitura oferece na concessão dessa licença.

O que é foda é fica cheio de dedos com quem já tá rico operando num mercado com demanda muito maior que oferta pra prejudicar o resto da sociedade.

Na pior das hipóteses ressarce o cara pagando o valor original da licença corrigido e gg.

[ekalil]

No começo do debate tava com o ekalil, Picinin ownou o field e me fez mudar de opinião.

Porra, quando eu vejo gente jovem e que trabalha com tecnologia indo contra o Uber me da uma dor no coracao.

O problema é que você acha que quem diz que o Uber é um transporte clandestino é contra tecnologia e a favor do modelo atual, sendo que isso não é verdade. Existe um meio termo onde tem as facilidades tecnológicas do Uber com algum tipo de regulamentação.

Por exemplo, a questão do surge pricing em emergências, que por sinal já foi regulamentado nos EUA.

OK, mas essa regulamentação provavelmente vai tornar o serviço menos eficiente.