O maldito boné me colocou em problemas de novo. Primeiro, Akkari encheu meus ouvidos sobre como o Palmeiras é ruim e como esse boné é uma piada. Depois, na minha mesa, Gualter Salles, que alguém com quem eu gosto bastante de jogar, me disse que se não tirasse o boné e trocasse por um do Flamengo, iria dar reraise em todos os potes que eu entrasse.
São Paulo está inimaginavelmente morta nesse momento, exceto pelos sambódromos que vi na TV. Quero dizer que todos saíram de São Paulo, mas na verdade é mais correto dizer que todos que tem condições deixaram a cidade e foram para praia no carnaval, e o resto das pessoas, os trabalhadores, continuaram na cidade. Tenho certeza que a maioria dessas pessoas preferia estar na praia, mas de alguma maneira elas parecem mais confiantes ao andar pela cidade hoje, como os principais ocupantes de São Paulo, nem que seja por alguns dias. Na quarta-feira, as pessoas que eles servem voltarão e os trabalhadores irão se retirar, tanto física quanto espiritualmente, para o cenário de fundo.
Tenho aproveitado muito meu tempo aqui no Brasil, mas a única coisa que tem sido difícil pra mim é ver a grande disparidade socioeconômica aqui. Não é no sentido de que uns tem e outros não tem, mas a maneira dominante com que um grupo trata o outro, e ambos os lados aceitam isso. Um amigo me enviou um artigo muito interessante sobre isso, está aqui. http://mais.uol.com.br/view/e8h4xmy8lnu8/tese-de-mestrado-na-usp-04023372D4A95326?types=A
Estou jogando PLO no H2 agora, e por hoje é só. Tive um excelente dia ontem após perder pouco nos dias anteriores, e estou descansado e pronto para jogar bem novamente hoje. Até agora joguei dois potes grandes, um que eu tinha 38% e viramos as cartas 3 vezes e eu ganhei as 3, e outro que eu tinha 64%, viramos as cartas duas vezes e eu perdi em ambas. Esta é a natureza louca do PLO. Amanhã é o BPT Grand Final. Eu adoraria jogar, mas duvido muito que consiga, não quero gastar quatro dias jogando um evento que pode ter só 100 jogadores.