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Relato de uma amiga (ela é de esquerda)
Durante uma corrida de taxi do aeroporto de Guarulhos de volta para minha casa vejo uma mulher com uma criança de colo de no máximo 3 meses perambulando pelo acostamento, num vento e frio típicos de julho em SP. O taxista então me perguntou se poderia parar para ajudar essa mulher, e falei prontamente para ele parar no acostamento. Quando ela se aproximou, perguntamos o porquê de estar com uma criança no frio e andando a esmo, e ela disse que acabara de voltar da visita ao seu marido que se encontrava preso no CDP de Guarulhos, e não tinha dinheiro para a condução da volta para casa na Zona Leste de São Paulo. Oferecemos então uma carona a essa mulher até um ponto no meio do caminho que fosse mais fácil para ela retornar à casa dela, e que fosse também abrigado do vento por causa da criança. No caminho pergunto qual o tipo de delito seu marido cometera, -"Roubo qualificado, senhora". Pergunto há quanto tempo, -"Dois anos e meio, senhora". E então vejo a criança de menos de 3 meses e pergunto: -"... então essa criança...", e ela me responde prontamente: - "Sim, foi concebida na visita íntima".
A primeira coisa que me passou pela cabeça foi por qual motivo pais colocam no mundo uma criança que será privada do convívio paterno em seus primeiros anos de vida, até o cumprimento da sentença, alguma fuga de indulto de Natal, ou correlatos. Eu na minha santa ignorância de cidadã correta e pagadora de impostos não contava com a resposta da mulher: - "a gente teve ela pra ganhar a bolsa do governo". Aí que fiquei sabendo do tal auxílio-reclusão, nome bonito para uma remuneração maior do que para quem perdeu o emprego, ou se aposentou com o mínimo de contribuição. Já incrédula com tamanha inversão de valores pergunto: - "Mas e quando o marido da senhora sair da prisão, você acredita que ele para de roubar?", e ela categórica: - "De jeito nenhum. Essa é a vida dele, não tem como ter outro ganha pão."
Peço desculpas pelo texto longo, porém são relatos que me marcaram profundamente naquele julho/2013."
Relato de um amigo (ele é de direita)
Na industria do meu pai ha varias pessoas no quadro de funcionarios que sao do trafico de drogas, trabalham meio periodo so pra contribuir com a previdencia caso sejam presos. E aí ele nao pode demiti-los pois ele tentou uma vez e foi ameacado... Conclusao: a industria nacional tem que absorver esses caras, que nao geram PIB, nao movimentam economia, e mto pelo contrario, so vivem do dinheiro dos contribuintes... Eh revoltante"
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