Versão Imprimível
@ekalil mas o field de pessoas que vc vai conhecer também depende de você se movimentar... claro que ele sempre vai ser pequeno comparado com a população mundial, mas pode ser muito expandido por suas escolhas...
@zombie é que sou um especialista no assunto haha
mas falando sério, eu tenho uma pontinha de conhecimento sobre o tema e acho que existe sim... se quiser posso tentar elaborar algo justificando esse ponto de vista
Imo entender melhor sobre como funciona o cérebro só reforçaria a sua idéia de que nós não estamos no controle de porra nenhuma. :D E penso que isso tb vale pra biologia, filosofia, etc. Faço questão de colocar o "imo" na frente, pq não sou autoridade em nenhuma das disciplinas citadas e é bom que isso fique claro... Mas sou curioso, gosto de fuçar um pouco de tudo, e esse é um assunto que atraiu a minha mente por muito tempo (assim como atrai a sua).Citação:
Postado originalmente por Yves
Btw já que o papo é relacionamento e as variáveis que nos afetam, segue o link de um vídeo (tem que clicar pra ver a legenda) bem legal que já postei a algum tempo em outro tópico:
Tim Minchin If I Didn't Have You com legenda em Portugues - YouTube
Tim Mimchin = gênio. ^^ haha
Não vou poder me estender, mas quando você "abre mão" pra ter outras coisas, automaticamente você vai exigir alguma coisa em troca e coitada da pessoa que não der. O que de melhor eu posso fazer pras pessoas que convivem comigo é não ter expectativa sobre elas e só torcer pra que elas sejam felizes, sério você não tem noção do peso que sai das suas costas quando você passa a se relacionar assim.Citação:
Postado originalmente por ekalilQuando vc diz que não é 8 ou 80 vc tá concordando com o que eu tô falando.Citação:
Postado originalmente por JoseIrineuNão é 8 ou 80 ele cometeu os erros dele, mas em última instância ele viveu uma vida que fez sentido pra ele e ao que me consta, a vó do kalil ficou muito triste quando ele morreu né? Se for isso mesmo, ela não era completamente infeliz.Citação:
Postado originalmente por Seat OpenCitação:
Postado originalmente por ekalilSim, mas eh exatamente esse o ponto. Digamos que o cara se conhece perfeitamente, sabe que eh porra louca mas, ao mesmo tempo, tem mta vontade de ter filhos.Citação:
Postado originalmente por JoseIrineuCitação:
Postado originalmente por ekalil
Sim, eu concordo que, no geral deveria ser mais simples e a gente complica. Tem ate aquela historinha bacana que o cara morava numa ilha, pescava e tomava vinho com os amigos a noite. Ai criou uma empresa de pesca, foi crescendo, trabalhou pra caralho, pra no final aposentar e ir pescar e tomar vinho com os amigos.
Sobre ser quem vc eh 100% do tempo, eu tenho algumas ressalvas. Vc conhece bem a historia do meu avo (resumidamente, ele era um cara egoista pra caralho, tinha amantes e todo mundo sabia, fez dividas no jogo, nao gostava de trabalhar, nao foi no casamento de nenhum filho pq nao curtia eventos desse tipo, etc).
Pela sua concepcao, ele foi ele mesmo o tempo todo e, consequentemente, deve ter sido feliz. So que, nesse caminho, ele magoou uma caralhada de pessoas ao redor dele.
Ai vc pode dizer que o ideal, pra ele poder ser ele mesmo, seria nao casar ou casar com alguem que o aceitasse como ele era, nao ter filhos, etc. Mas ai tem um problemas: E se, alem de ser porra louca e irresponsavel, ele tivesse vontade de casar e ter filhos?
Nao consigo enxergar uma solucao otima. Se ele abrir mao de uma das duas coisas, nao vai mais estar sendo ele mesmo. Se ele for ele mesmo e fizer as duas coisas, vai magoar a mulher e seus filhos por causa da sua irresponsabilidade.
Eh por isso que eu falo o tempo todo em prioridades e nao acredito na viabilidade de ser vc mesmo o tempo todo. Pra conviver em sociedade, ter uma familia ou mesmo um circulo de amigos, vc tem que abrir mao de algumas coisas e nao ser vc mesmo. E ai vc vai acabar abrindo mao do que nao eh prioridade pra vc naquele momento e fazendo as suas escolhas.
por isso que eu falei que é auto conhecimento e escolhas, não da pra ser porra louca e acreditar que da pra ser um pai responsável.
depois eu elaboro melhor, mas se vc for vc mesmo e alguém for infeliz com isso o problema é de alguém, não seu.
Sobre essa frase que vc nao elaborou, ate faz sentido na teoria, mas na pratica vc nao controla a infelicidade dos outros. Se o seu comportamento faz seus pais ficarem tristes, vc nao tem como mudar isso. E, mto provavelmente, o fato de eles ficarem tristes vai deixar vc infeliz. Esse raciocinio vale pra todo mundo que o cerca, amigos, esposa, familia.
O que vc esta dizendo eh que meu avo teve uma vida perfeita em termos de ser ele mesmo (pelo menos eh o cara que mais foi ele mesmo que ja conheci), mas o resultado foi terrivel pra mta gente ao redor dele. Vc acha que ele ta certo e todo o resto ta errado?
Acrescento mais, vc acha que ele foi ou seria plenamente feliz sabendo que o que ele fazia para ELE se sentir bem, deixava todas as outras pessoas em volta dele infelizes ???
Eu acho que é muito comodo alguém condicionar a sua felicidade ao comportamento de outrem. É comparável a tirania do "eu te encho o saco pq eu me preocupo com vc" que toda mãe gosta de empregar e eu acho uma sacanagem sem tamanho. As mais exageradas (e não são poucas) gostam de apelar pro "eu te dei a vida, o mínimo que vc poderia fazer é me obedecer" Tem mãe que acreditando saber o que é melhor pro filho, impõe a vontade dela, não deixa o filho crescer, porra é mto bizarro isso, ai se o filho resolve cuidar da vida dele, a pessoa se diz infeliz, acusando filho de ingratidão.
Isso vale pra esposa/marido, tio, irmão, primo, qualquer laço de relação entre duas pessoas. É obv que vc não pode sair na rua pelado alegando que isso te faz feliz, tem que ter um certo bom senso, mas em última instância se duas pessoas convivem, uma é feliz e a outra triste, quem está errada é a triste, não a feliz, simplesmente pq os dois tem livre arbítrio e a vida nada mais é que tomar decisão uma atrás da outra.
Olha só, vc sempre foi um cara que prezou pelo equilíbrio, mas ultimamente vc tem ido pros extremos.
Seu discurso aqui é que vc tem que ser exatamente o que vc é, fazer tudo o que tem vontade. Se não for isso, tá errado.
Acho que ninguém aqui discorda que quanto mais vc conseguir fazer isso, melhor. Mas, na prática, vc vai ter que abrir mão de algumas coisas, até pq mtas das suas vontades são conflitantes entre si (tipo vida porra louca e ser um bom pai).
E aí, as suas decisões vão estar baseadas nas coisas que são importantes pra vc naquele momento. Tem cara que abre mão da total liberdade, por exemplo, pra ter outras coisas.
Elabora aí uai. ^^Citação:
Postado originalmente por sopro
@zombie falei que posso elaborar se vc tiver interessado mesmo, é que sou sick preguiçoso pra digitar haha
Bom senhores, a meia noite começo a comemorar meu aniversário e como faço todos os anos, vou comemorar como se fosse o último! Então devo me ausentar do tópico até passar minha ressaca, se alguém quiser minha opinião em alguma parada me cita, pq a chance de eu passar batido por algum assunto é grande.
Só pra falar sobre livre arbítrio, eu não consigo ir muito fundo em pensamentos teóricos e prefiro ir no pensamento prático, o que de fato eu posso decidir e como disse o zombie, o que é perceptível.
Eu concordo com ele, provavelmente por motivos diferentes já que sou believer lol, que a gente tem uma sensação ilusória de controle e que o livre arbítrio é muito menor do que a gente pensa. Minha vida mudou bastante quando eu entendi que a gente simplesmente não tem controle sobre quase nada perceptível, o paradoxo disso é que quando eu entendi isso, parece que passei a controlar um aspecto muito maior da minha vida, mas vou precisar de tempo pra explicar.
O que de prático da pra fazer é prestar atenção no que você sente e como se relaciona com o mundo, como os pensamentos são descontrolados e como a gente é refém da mente. A cultura ocidental, principalmente a latina acredita piamente que a gente é refém de emoção e isso na minha experiência pessoal passa longe de ser verdade.
Um exemplo, pega uma pessoa que sai pouco de casa e assiste Datena todo dia e vê qual a visão dela de SP, compara com alguém que está todo dia na rua e vê o resultado. A primeira pessoa provavelmente morre de medo e vive em uma paranoia gigante com um desconforto grande na vida, a segunda pessoa vive muito melhor nesse sentido de ter medo de violência.
A realidade em grande parte é o que a gente enxerga e quebrar paradigmas como esse de que temos que abrir mão de quem somos pra não fazer infeliz quem está a nossa volta é grande.
Embora eu concorde com a linha do Zombie de que o livre arbítrio não é tão grande quanto acreditamos, acho que podemos escolher muitas outras coisas que tem um impacto direto e algumas vezes imediato na nossa vida.
Confesso que esse é um osso que eu já mastiguei muito, então já tenho meio que opinião formada. Além disso meu interesse pelo assunto já foi mais forte, hoje é extremamente casual... Ou seja tô aqui só jogando conversa fora mesmo. :)Citação:
Postado originalmente por sopro
Sei lá, então... Resume aí bem por alto mesmo, ou então desencana e segue o tópico.
Sim, eu acredito fortemente que suas escolhas fazem diferenca. Nao to aqui pregando o "deixa a vida me levar" de ser.Citação:
Postado originalmente por sopro
Mas no final das contas isso eh bem limitado.
O problema é que "decidir" ser uma pessoa que diz não ao "deixa a vida me levar" tb seria, em última instância, um escolha fora do seu controle.
Não sei se fica claro postando assim, mas esse é um assunto que tem vários leveis de complexidade. Quando vc acha que enxergou todas as variáveis é só descer mais um nível pra descobrir novos "cordões de manipulação" que vc não tinha visto. E dá pra fazer isso virtualmente ad infinitum... As variáveis não são literalmente infinitas, mas estão tão além da nossa capacidade de compreendê-las que é como se fossem.
Btw como eu disse antes o ideal é viver como se estivesse no controle mesmo, e no fundo nem existe outra maneira. Mesmo que vc enxergue na teoria sua falta de liberdade, na prática vc sempre vai pensar que a tem. O nosso cérebro funciona de modo a encobrir suas próprias limitações.
@zombie por exemplo, você pode fazer escolhas baseado em confiança e desconfiança
pegar um spot que você percebe, aparentemente, sua mina dando sorrisinho pro seu vizinho em um churrasco
se você opta pela confiança nesse spot, você vai passar batido, é só uma impressão... vão viver casados por mais 30 anos, ter 4 filhos e blablabla
mas talvez você desconfie desse sorriso e um dia desses resolve chegar mais cedo do trabalho, entra em casa e vê sua mina com o cara, termina com ela e tua vida pega outro rumo
por fim, aquele sorriso no churrasco era porque sua mina tava tendo um caso com o vizinho...
quando você escolhe pela confiança, você não desconfia e dá o voto de confiança, assim não resolve chegar mais cedo do trabalho e sua vida de casado segue normalmente
porcamente resumido, o raciocínio é esse haha