Descubra como o medo de ser eliminado, falir ou parecer fraco pode destruir sua performance no poker com insights profundos de Tommy Angelo
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Não Tenha Medo
E se você nunca tivesse medo de tomar um check-raise? Consegue imaginar como isso seria incrível? E se você não tivesse medo de ser eliminado, de parecer bobo ou de jogar por tempo demais?
Quando sentimos medo, sempre é de algo específico. Ao nomear e entender nossos nós de medo, podemos desatá-los. A ideia é que, ao dedicar tempo para visualizar e refletir sobre as situações que nos assustam, desenvolvemos sabedoria e compreensão, o que nos torna menos medrosos. Com o tempo, os medos se dissolvem — inclusive o medo de sentir medo. E se tirarmos o medo do poker, só sobra o que há de bom.
Exemplo: o medo de blefes fracassados. Pense em como seus blefes são melhores quando você está corajoso. E o medo de parecer um trouxa que paga tudo? Esse me faz desistir quando deveria pagar. Ou o medo de tomar uma “bad beat”? Esse me faz perder apostas por valor.
Nossa lista de medos específicos e os custos associados a eles é, ouso dizer, assustadora. E temos que distorcer nosso jogo para navegar por esse terreno ondulado de medo. Há medo de jogadores bons, medo de jogadores ruins, medo do ridículo, da confusão, de café ruim…
E o maior de todos: o medo do fracasso. Quem seríamos sem esse medo fundamental de perder? Perder dói. Tememos o que dói. Podemos perder a qualquer momento. Então estamos sempre com medo.
E aí vem o pai de todos os medos…
Morrer no poker significa ir a zero. Isso pode acontecer de três formas:
A boa notícia é que pilhas e bankrolls podem ser ressuscitados. Mas isso não impede que o medo da morte interfira em nosso jogo e em nossa mente.
Vamos ver agora os três tipos de “morte”: da pilha, do bolso e do bankroll.
As principais causas são azar e jogadas ruins. Tenho medo dos deuses… e de mim mesmo.
Por que tememos ser eliminados? É medo de perder dinheiro? De nos culparmos? De sentir vergonha? Ou é simplesmente não aguentar mais um golpe?
Sim. É tudo isso e mais. São muitos nós de medo, apertados pela repetição. Desatar isso é trabalho pesado — pouco a pouco.
É como descer uma montanha esquiando e bater numa árvore. Como um navio afundando. Acontece quando você precisa sair do jogo porque ficou sem dinheiro, mas ainda quer muito continuar jogando.
Quando você perde o último pote da noite, só aí a ação realmente acaba. E aí vem a dor verdadeira.
É brutal. Não é à toa que trememos só de pensar. E não tememos só a dor da falência — também tememos o que esse medo faz com nosso jogo.
Imagine o Larry. Ele já está na sua quarta e última recompra da noite, às 22h30. Ele poderia jogar a noite inteira, mas está apavorado: se perder as fichas na frente dele, acabou. O medo domina seu jogo. Ele tem um par de valetes no big blind, mas em vez de dar um 3-bet, apenas paga. Joga com pânico e passividade. Às 23h, já está no carro indo embora.
O medo do bolso é sempre acompanhado do medo da pilha. É a tempestade perfeita do medo. Nesse estado, seu “jogo A” é só fantasia. E a maioria de nós finge não ver. Já passei por isso — tentando ressuscitar a última ficha.
O medo de falir causa a própria falência.
Só de pensar em ir embora sem dinheiro, você joga pior, e acaba indo embora sem dinheiro. Um ciclo cruel.
As mortes da pilha e do bolso só ocorrem na mesa. Mas a morte do bankroll invade a vida real.
Para recreativos e amadores sérios, as causas mais comuns são perder e gastar — este último é sinônimo de prioridades. Você pode gastar o dinheiro do poker em uma viagem ou consertar o porão.
Para um recreativo, ficar fora por um tempo nem sempre é trágico. Para o amador ambicioso, perder tudo é duro, mas não catastrófico. Já para o profissional… é devastador.
Além do medo prático de não ter como pagar as contas, vem o medo do fracasso. Quando um profissional se identifica profundamente com sua profissão, tanto faz se ele perdeu por jogar mal, por azar ou por gastar mal. O sentimento de fracasso o destrói.
Um cliente disse: “É como se o universo tivesse te dado uma galinha dos ovos de ouro, e você a matou lentamente. Agora tem que viver com isso.”
E tem o fator social. Quando os amigos e familiares perguntam “Como anda o poker?” e o guerreiro caído responde “Consegui um emprego”… isso machuca.
Podemos desafiar a morte? Não.
Podemos desafiar o medo da morte? Provavelmente não.
Mas podemos reduzir esse medo? Com certeza.
O primeiro passo é tentar entender o que estamos enfrentando — que é tudo o que fiz aqui. O medo é um emaranhado caótico de preocupações e aversões. O medo é hábil: sempre encontra algo para temer. É essa sua função. Pergunte a ele:
– Olá, medo. Por que você está aqui?
– Para inventar histórias.
– Que tipo de histórias? De amor? De heróis?
– Desculpe, não. Só histórias assustadoras.
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