A importância do “Por quê” no poker: Lições de Phil Galfond

Phil Galfond, um nomes mais respeitados no mundo do poker, recentemente compartilhou insights valiosos em uma newsletter sobre a importância da pergunta “Por quê?” no poker. Esta simples questão é, segundo Galfond, crucial não apenas para os novatos, mas também para jogadores experientes e, de fato, para qualquer pessoa interessada em aprofundar seu entendimento do jogo.

Para os novos jogadores

A jornada no poker começa com a auto interrogação. Galfond aconselha os novos jogadores a sempre questionarem suas próprias jogadas. “Por que apostei nessa rodada?” “Por que dei call ao invés de aumentar a aposta?” Tais perguntas, mesmo que inicialmente respondidas com “Não sei” ou justificativas superficiais, são o ponto de partida para uma compreensão mais profunda do jogo. É um processo que transforma a incompetência inconsciente em uma busca consciente por melhorias, guiando os jogadores na direção do estudo formal e da estratégia.

Para os estudantes do jogo

Avançando para os jogadores que dedicam tempo ao estudo do poker, seja através de cursos, coaching ou ferramentas GTO, Galfond enfatiza que o “Por quê?” permanece igualmente relevante. Reconhecer quando uma jogada é correta apenas porque um coach ou uma ferramenta sugeriu é apenas o começo. O objetivo é entender profundamente as razões por trás de cada decisão, permitindo não apenas a execução de jogadas mais eficazes, mas também a adaptação e a inovação diante de oponentes previsíveis.

Entendendo os “Porquês” dos pponentes

Além de questionar as próprias jogadas, Galfond aconselha os jogadores a se debruçarem sobre as motivações dos seus oponentes. Cada aposta, cada movimento tem um porquê subjacente, mesmo que o próprio adversário não tenha plena consciência disso. Entender esses motivos abre caminho para vantagens significativas na mesa.

Um exemplo ilustrativo

Galfond oferece o exemplo de um oponente que joga de maneira previsível, apostando forte com mãos fortes em flops dinâmicos, mas mostrando cautela em boards mais estáticos.

“Digamos que seja um oponente que aposte frequentemente alto com mãos decentes em flops e turns dinâmicos para checar no river. Mostre slowplays com full houses e flushes máximos, mas nunca com trincas ou dois pares. Aposte menos com mãos de valor em boards muito secos, como K♠9♠ em K♥9♣3♦ e Q♣J♦ em Q♠7♥2♦2♣. Blefe ocasionalmente, mas perca muitos blefes claros e semi-blefes.

Então, o que sabemos sobre esse jogador? Resumindo, eu diria que a coisa chave que sabemos é que ele aposta demais em valor e não blefa o suficiente.”

Conclusão

A mensagem de Phil Galfond é clara: o poker é um jogo de perguntas, e a mais importante delas é “Por quê?”. Questionar cada jogada, seja a própria ou do adversário, é fundamental para o crescimento no jogo. Para Galfond, entender os “porquês” não é apenas uma técnica, é uma filosofia de jogo que destila o medo e abre caminho para a excelência. Assim, para jogadores em qualquer estágio de sua jornada no poker, a lição é começar a questionar – antes que seja tarde demais e os oponentes façam isso por você.

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