Fala galera
Estou escrevendo uma trilogia chamada O Homem, o primeiro O Homem Sem Malícia, está disponível no pré lançamento pela Amazon
Sem falsa modéstia, o livro ficou massa!
Essa é a quarta página, escrita pelo Victor Marques, o Victão do poker.
Neste livro, acompanhamos a jornada de Gabriel, que se vê na luta entre inserir-se nos padrões de felicidade impostos pela sociedade ocidental, ou, simplesmente, viver.
O personagem central do primeiro livro de Zé Irineu Filho diz um peremptório 'Sim!' ao viver, mas não um viver qualquer.
O existir de Gabriel traz, de cambulhada, paixões de todas as formas, mil tretas, mil trutas e a noite como protagonista.
Sempre em constante duelo com a cidade e seus grilhões do capitalismo tardio, com som de samba, rock, samba-rock, viagens, jogos da mente e amores dementes, o filho de sambista com nome de anjo se coloca como a própria antítese do herói laborioso citadino, que busca no azul da conta bancária e nos valores cristãos a sua felicidade.
O personagem apenas vive o que quer. Nada pode ser maior!
Gabriel é um absoluto, tudo e muito, e sua trajetória contada de maneira direta, sem firulas e preciosismos, nos leva a crer que a revolução se faz na noite, em planos-sequência de boas trepadas e renegando o padrão, o patrão e com muitos goles de vida!
Boa leitura!
Prefácio pela Maissa Bakri
A segunda metade desse livro, eu li sem falar com o Zé. Escondida, tragada pelos mal-entendidos da pandemia. Li, porque não conseguia parar. 2020.
O amor à letra nos aproximou, e nos distanciou, me proporcionando uma leitura amarga e honesta. Uma das melhores que já fiz. Leitura perdão, leitura 'mea culpa'.
Li sabendo só o suficiente sobre ele para suspeitar em quais brechas Gabriel era Zé, em que vulnerabilidades Zé se mostrava em carne viva, esse interesse pequeno e mesquinho de todo leitor.
Quando finalmente contei que havia concluído a leitura, ele me chamou para escrever essa orelha. Isso diz muito sobre o Zé, e diz mais ainda sobre o livro.
A orelha é o lugar da escuta, pequenas dobras de sedução, para atrair o leitor, um tipo de ‘sereia’ do livro. Enquanto lá fora o mundo explodia, em virulência, violência policial, feminicídio, racismo, colapso de pulmões e delírios de todos os tipos, eu, mulher branca, ele, homem negro, tentavam essa amizade microscópica, na virtualidade do discurso não físico.
‘Negro, boêmio, maconheiro, beberrão, jogador.’ Gabriel, homem sem malícia. O título sempre me intrigou. Eu, prepotente, questionava: Gabriel estava dizendo a verdade, não ocultava sua verdadeira intenção, sua real astúcia? Só agora, percebo a violência dessa pergunta.
Sob a superfície fálica do jogo, da fama, do sexo vulgar e do amor livre, deve-se curvar frente à fragilidade masculina, se deixar penetrar pelo poder da violência feminina. Um potencial devastador daquela entidade imensa que chamamos mãe, daquelas figuras femininas que cercam quase todos os meninos. A força de corpos singelos, brancos, macios, que na mascarada do sexo conseguem quebrar um homem.
Ao apresentar o Zé, me impus o difícil exercício de expor nossas falhas. Uma homenagem sem malícia ao autor que vejo nascer, ao novo masculino que, em suas contradições, sabe quando uma ereção é uma derrota, quando uma brochada é o único caminho para o prazer.
AVISO: TÓPICO ANTIGO
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