Discriminar é tratar como diferente, simples assim. Se o critério usado pra diferenciar as pessoas for a cor da pele, então se trata de discriminação racial.
Não é o mesmo que falar em héterofobia ou brancofobia, é só a definição da palavra mesmo. Mas essa confusão que vc está fazendo é bem comum.
Como eu disse em outro post discriminar as pessoas e ter preconceitos é completamente normal. Não tem como conhecer todo mundo intimamente, por isso a nossa mente procura por padrões o tempo todo.
Vale lembrar que obviamente quando digo que é normal não estou me referindo a casos de ódio e aversão extrema, falo apenas desse preconceito mais brando que acaba nos influenciando até sem notarmos.
O vídeo que o Fidelis postou a pouco mostra bem isso. Não dá pra dizer que as pessoas estão erradas ao associar a imagem de uma negra fazendo limpeza com uma diarista e de uma branca com a dona da casa, pq esse é um padrão comum na sociedade.
Racismo em casos extremos é fácil de identificar e combater, mas esse outro racismo mais sutil é apenas consequência de uma sociedade com um desequilíbrio racial entre classes muito grande. Fica nas entrelinhas e não pode ser combatido diretamente.
O taxista que acha mais seguro não pegar um cliente negro de madrugada dificilmente vai ser punido pela justiça, e o comportamento dele, apesar de errado, é compreensível.
A solução então é tentar solucionar a causa desse tipo de comportamento. E o caminho é tentar diminuir as barreiras que impedem a sociedade de ser mais homogênea.
Óbvio que o objetivo não é um equilíbrio perfeitamente balanceado de cores e etnias. Basta a separação deixar de ser tão extrema e imo resultados vão ser notados.
Só não acho que vale tudo pra conseguir esse objetivo. Pegar atalhos pode ser mais eficaz, mas, como eu disse antes, por princípio não costumo aprovar medidas do tipo "os fins justificam os meios".