Postado originalmente por
zombie
Postado originalmente por
FrAAnKK Jr
@
zombie, Deus é e sempre foi um problema filosófico. Há 2 mil anos os mais diversos pensadores tecem teses sobre sua existência ou não. E há 2 mil anos, ninguém foi capaz de reduzir a moral divina nas definições da consciência humana. Afinal quem acredita na existência de Deus, não o faz porque cairia em contradição. E quem não acredita, infere um valor moral a um ente inexistente - como isso é possível? Essa dilema não tem solução e foi até agora o que tento demonstrar.
Postado originalmente por
zombie
Então uma única pergunta pra resolver essa discrepância. Quando diz na bíblia que deus fez ou falou algo, vc acredita que isso é um registro literal e deus realmente fez e disse o que foi registrado?
A posição padrão do cristianismo eu conheço, a sua parece variar então é mais fácil se vc responder diretamente.
No antigo testamento, eu não acredito que seja literal como todo. Acredito que eram os homens da época contando fatos que até poderiam ter sido reais, sendo levados por revelações (ou se quiser mais direto pelo Espirito Santo) a espalharem a historia daquela maneira. Com seus costumes da época, não é possível que fizessem de outra maneira. No novo Testamento, onde há comprovação histórica muito maior, acredito que seja literal.
Mas é vc que fica batendo na tecla de falar sobre a moral de seres inexistentes, isso é absolutamente óbvio que não faz sentido.
Mas podemos falar sobre a moral do deus descrito na bíblia, do deus descrito no alcorão, etc pois são personagens definidos. Bem como os demais personagens do texto.
Quanto a comprovação histórica existe muito pouca em ambos os casos, até hj não existem sequer bons motivos pra acreditar que as histórias sobre Jesus foram inspiradas em uma pessoa de verdade.
Mas eu entendo a sua posição. Anyway pela minha experiência pessoal vc fica mais perto da "descrença" quando compreende que não pode ser tudo verdade.
A partir do momento que vc compreende isso, não sobra nenhum critério claro pra separar o que é "influência divina" do que é apenas superstição e opinião pessoal dos autores.
Basicamente vc passa a escolher... As partes que vc gosta e parecem coerentes foi deus, as partes bizarras e que parecem erradas foi só o homem.
Se a ideia é ter um manual de moralidade e vc vai usar a sua própria anyway o livro perde a utilidade.
Não vejo pq um deus onisciente escolheria esse método absolutamente ineficiente pra passar sua mensagem.
Ah... E essa não é a posição padrão do cristianismo sobre o tema e vc com certeza sabe disso.