@Picinin
Nesse aspecto do temor reverencial eu concordo plenamente com você. Em muitos casos chega a ser um endeusamento.
Eu discordo da ideia do ditado porque isso resulta em um cultura ruim para a educação, menosprezando um elemento importante no processo, uma vez que o professor tem o poder de influenciar (positiva e negativamente) os alunos.
Eu tenho alunos japoneses e chineses e tenho certeza de que esse tipo de frase não é comum por lá. Coincidência ou não, lá o professor tem um status elevado e isso resulta em melhores salários, mais incentivos para formação continuada e outros tipos de benefícios que trazem valor para o sistema inteiro. Além disso, por causa dessa responsabilidade há uma cobrança muito maior sobre a sua atuação e isso pode ser facilmente observado nos resultados do PISA.
Professores ruins sempre vão aparecer, mas com muito menos frequência quando houver real planejamento para um sistema educacional.
Entendi o seu ponto sobre o estudante tentar ser autônomo e também concordo. Essa foi, inclusive, a razão pela qual sugeri que o questionamento deveria ser mais amplo, pois assim veríamos não somente os resultados, mas também poderíamos analisar como cada um encarou o seu período na universidade.
Essa falta de iniciativa é um problema da nossa cultura. No Brasil ainda existe essa coisa de morar com os pais até casar, o estudante espera que o professor lhe entregue tudo de mão beijada, somos melhores em esportes coletivos. É estranho, mas muitas vezes a ideia de indivíduo tem valor negativo. Enfim, temos um grande histórico de dependência e talvez isso seja apenas uma característica herdada dos valores católicos.