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Tópico: Desistir de Eng. de Computação para cursar Direito, tolice ou estou certo?

  1. #21
    World Class Avatar de Picinin
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    @deutsch_ed

    a falta de flexibilidade contratual muitas vezes não é um problema da empresa, é da legislação trabalhista arcaica. Quanto à estabilidade, não me parece que seja uma exclusividade do Brasil, o normal é que você mude de emprego algumas vezes na carreira.

    E eu não questiono que é mais vantagem para muita gente estudar pra concurso do que ir trabalhar e construir uma carreira. O problema tá no sistema que sustenta isso.

    É bizarro que os servidores da justiça, que na maioria dos casos faz um trabalho que qualquer pessoa com segundo grau seria capaz de fazer, ganhem 4, 5, 6 x mais do que o equivalente da iniciativa privada.

    É bizarro que técnico administrativo em Universidade Federal entre em greve todo ano (obviamente que sem corte de ponto, senão essa palhaçada acabava) e, mesmo com eles parados 3 ou 4 meses, a universidade funcione quase sem contratempos. Isso é a prova que essa galera que fica gritando e falando que é mal remunerada na verdade é muito mais dispensável do que parece.

    É bizarro a quantidade de pedidos de equiparação bizarros (papiloscopista e agente da PF com delegado, PFN e AGU com MP,), a quantidade de benefícios bizarros (os 60 dias de férias que você mesmo citou), a quantidade de penduricalhos que permitem que uma infinidade de servidores recebam acima do que deveriam por lei, e por aí vai.

    No dia que servidor público receber pelo que efetivamente produz, acabam-se os concurseiros que tão lá pra arrumar uma mamata (ou seja, 95% deles).
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  2. #22
    World Class Avatar de sopro
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    @Picinin aqui mesmo com o país quebrado não é algo que a população almeje muito, a grande maioria das funções pagam igual ou menos que a iniciativa privada e não existe aquele lance do salário ficar subindo automaticamente - quem ganha bem tem uma função muito específica ou é sick qualificado

    pelo pouco que conheço da comunidade europeia em geral, a situação é bem parecida, já no brasil qualquer nego consegue um concurso que paga bem e via de regra, nao precisa ser nada fora da curva para pegar os salarios tops
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  3. #23
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    Citação Postado originalmente por Picinin Ver Post
    @deutsch_ed

    a falta de flexibilidade contratual muitas vezes não é um problema da empresa, é da legislação trabalhista arcaica. Quanto à estabilidade, não me parece que seja uma exclusividade do Brasil, o normal é que você mude de emprego algumas vezes na carreira.

    E eu não questiono que é mais vantagem para muita gente estudar pra concurso do que ir trabalhar e construir uma carreira. O problema tá no sistema que sustenta isso.

    É bizarro que os servidores da justiça, que na maioria dos casos faz um trabalho que qualquer pessoa com segundo grau seria capaz de fazer, ganhem 4, 5, 6 x mais do que o equivalente da iniciativa privada.

    É bizarro que técnico administrativo em Universidade Federal entre em greve todo ano (obviamente que sem corte de ponto, senão essa palhaçada acabava) e, mesmo com eles parados 3 ou 4 meses, a universidade funcione quase sem contratempos. Isso é a prova que essa galera que fica gritando e falando que é mal remunerada na verdade é muito mais dispensável do que parece.

    É bizarro a quantidade de pedidos de equiparação bizarros (papiloscopista e agente da PF com delegado, PFN e AGU com MP,), a quantidade de benefícios bizarros (os 60 dias de férias que você mesmo citou), a quantidade de penduricalhos que permitem que uma infinidade de servidores recebam acima do que deveriam por lei, e por aí vai.

    No dia que servidor público receber pelo que efetivamente produz, acabam-se os concurseiros que tão lá pra arrumar uma mamata (ou seja, 95% deles).
    Cara,é verdade, tem muitos cargos públicos que são dispensáveis (como os técnicos administrativos que você citou) e que realmente dão um baita prejuízo para o Governo. Eu entendo perfeitamente seu ponto de vista e compartilho da mesma opinião, é injusto uma pessoa com o mesmo serviço na iniciativa privada e pública ganharem salários tão distantes. Porém, há cargos de nível superior , como o de juiz que eu já tive contato e sei que o cara trabalha muito (não são todos,só os mais honestos e sensatos que amam a profissão), então eu acho que isso é relativo nos concursos mais disputados. Na minha faculdade mesmo há funcionários (inclusive chefe de departamento) que trabalha melhor do que funcionário de iniciativa privada.. acho que deve ser pela segurança e tranquilidade que ele tem de fazer o serviço sem ser pressionado por resultados, e isso acaba resultando em um desempenho melhor.

    Citação Postado originalmente por sopro Ver Post
    @Picinin aqui mesmo com o país quebrado não é algo que a população almeje muito, a grande maioria das funções pagam igual ou menos que a iniciativa privada e não existe aquele lance do salário ficar subindo automaticamente - quem ganha bem tem uma função muito específica ou é sick qualificado

    pelo pouco que conheço da comunidade europeia em geral, a situação é bem parecida, já no brasil qualquer nego consegue um concurso que paga bem e via de regra, nao precisa ser nada fora da curva para pegar os salarios tops
    Pelo conhecimento que tenho de comunidades no exterior, o pessoal trabalha de forma mais correta e consegue chegar mais longe, mas temos que ressaltar que lá as oportunidades são melhores para os bons funcionários, as pessoas conseguem, por exemplo, montar seu próprio negócio sem grandes dores de cabeça.
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  4. #24
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    Mas voltando ao foco da pergunta, se vocês se encontrassem em uma situação parecida com a minha, trocariam de curso?
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  5. #25
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    Citação Postado originalmente por deutsch_ed Ver Post
    Mas voltando ao foco da pergunta, se vocês se encontrassem em uma situação parecida com a minha, trocariam de curso?
    Cara, vai atrás daquilo que te faz feliz, eu digo OFICIO, não salário e/ou estabilidade.
    Quem ta te falando é um cara que seria muito mais feliz ganhando metade do que ganha hoje, mas fazendo o que realmente gosta.
    Faça isso enquanto você não tem compromissos, pq qd você tiver esposa, filhos ou se achar muito velho pra ficar desempregado por alguns anos, você não terá coragem.

    Esquece essa idéia de quero ser advogado pq deve ser legal defender as causas, advogar não é só isso.
    Eu fiz TI também, e minha ideia era criar coisas legais com a tecnologia.

    Hoje sou concursado, ganho o suficiente pra pagar as minhas graças, trabalho com TI, mas não é nada do que eu imaginava.
    Fico o dia inteiro sorrindo pra gente que você gostaria de xingar, e consertando erro dos outros.
    Não sou um frustado, longe disso, gosto do meu trabalho, mas com toda a certeza eu prefiro a hora de ir embora do que a hora de chegar no serviço.

    Mande a grana a merda e faça o que você gosta.
    Provavelmente você terá muito mais grana fazendo isso do que indo atrás dela, e mesmo assim, você não se importará.
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  6. #26
    Chip Leader Avatar de Ringss
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    Citação Postado originalmente por deutsch_ed Ver Post
    Mas voltando ao foco da pergunta, se vocês se encontrassem em uma situação parecida com a minha, trocariam de curso?
    Cara, esta claro o que você quer. Você precisa realmente ouvir das pessoas o óbvio? Quando voce diz que no setor publico ganha muito e trabalha pouco, acho que não tem mais o que discutir. Além do fato de voce nao se importar com a faculdade. Amigo, esforço nao eh muito contigo...seja feliz como concursado.
    Desculpa se fui muito direto.
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  7. #27
    World Class Avatar de Picinin
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    Citação Postado originalmente por deutsch_ed Ver Post
    Mas voltando ao foco da pergunta, se vocês se encontrassem em uma situação parecida com a minha, trocariam de curso?
    Eu fiz direito na UFMG e quando entrei tinha a ideia de fazer concurso pro MPF. Na metade do curso, tomei tanta antipatia dos concurseiros e dos servidores públicos com quem eu convivia diariamente que não cheguei a fazer nenhum concurso. Sempre advoguei e tenho planos a curto prazo de ir largando o direito pra fazer algo que eu goste (eu até gosto de direito, não gosto é do meio).

    Eu acho que, na sua situação, eu não largaria o curso pra fazer direito. Primeiro porque você não parece estar perdido, tá fazendo um curso bom numa instituição boa e já tem um projeto de negócios encaminhado. Então não é aquele cara que tá no lugar errado e tem que começar do zero. Segundo porque me parece que você é novo e ainda tá em tempo de se arriscar. Se der tudo errado, você ainda tem tempo pra começar a estudar pra concurso sem precisar sustentar família e tal. Terceiro, porque você não precisa fazer direito para virar concurseiro caso uma carreira na área de TI não deslanche. Você pode focar em um concurso bom que não seja exclusivo para bacharéis em direito.

    A não ser, é claro, que você realmente tenha tesão em direito. Se você tá em dúvida porque gostaria de ter feito direito e acabou sendo "forçado" a fazer outro curso, abandona o que tá fazendo e se dedica ao que você gosta. Nesse caso, você vai unir o útil ao agradável. Caso esteja pensando em direito só pela oportunidade de concursos, tem grande chance de você achar o curso uma merda e acabar desistindo dele também. Nesse caso, eu continuo achando melhor terminar seu curso atual e, se a carreira não andar como você quer, procurar uma concurso pra Auditor-Fiscal, Banco Central, ou algo do gênero.
    Última edição por Picinin; 28-09-2015 às 14:54.
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  8. #28
    Chip Leader Avatar de Ringss
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    Velho...falando na boa..faça aquilo que seu coração manda.
    Eu ja larguei uma facul pq estava seguindo o bolso. Foi a melhor decisão da minha vida. Eu ralo muito, mas tenho reconhecimento grande do mercado. Tenho emprego em 9 empresas no Brasil...mas realmente nao eh simples...
    Abs e sucesso
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  9. #29
    Chip Leader Avatar de Ringss
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    Última edição por Ringss; 28-09-2015 às 15:03.
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  10. #30
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    Citação Postado originalmente por Picinin Ver Post
    Citação Postado originalmente por deutsch_ed Ver Post
    Mas voltando ao foco da pergunta, se vocês se encontrassem em uma situação parecida com a minha, trocariam de curso?
    Eu fiz direito na UFMG e quando entrei tinha a ideia de fazer concurso pro MPF. Na metade do curso, tomei tanta antipatia dos concurseiros e dos servidores públicos com quem eu convivia diariamente que não cheguei a fazer nenhum concurso. Sempre advoguei e tenho planos a curto prazo de ir largando o direito pra fazer algo que eu goste (eu até gosto de direito, não gosto é do meio).

    Eu acho que, na sua situação, eu não largaria o curso pra fazer direito. Primeiro porque você não parece estar perdido, tá fazendo um curso bom numa instituição boa e já tem um projeto de negócios encaminhado. Então não é aquele cara que tá no lugar errado e tem que começar do zero. Segundo porque me parece que você é novo e ainda tá em tempo de se arriscar. Se der tudo errado, você ainda tem tempo pra começar a estudar pra concurso sem precisar sustentar família e tal. Terceiro, porque você não precisa fazer direito para virar concurseiro caso uma carreira na área de TI não deslanche. Você pode focar em um concurso bom que não seja exclusivo para bacharéis em direito.

    A não ser, é claro, que você realmente tenha tesão em direito. Se você tá em dúvida porque gostaria de ter feito direito e acabou sendo "forçado" a fazer outro curso, abandona o que tá fazendo e se dedica ao que você gosta. Nesse caso, você vai unir o útil ao agradável. Caso esteja pensando em direito só pela oportunidade de concursos, tem grande chance de você achar o curso uma merda e acabar desistindo dele também. Nesse caso, eu continuo achando melhor terminar seu curso atual e, se a carreira não andar como você quer, procurar uma concurso pra Auditor-Fiscal, Banco Central, ou algo do gênero.
    Putz, falou tudo que eu precisava de "ouvir" agora. Deu uma tremenda luz aqui.

    Minha irmã cursa direito na UFMG e trabalha no TJ, ela diz exatamente isso, toma antipatia de alguns concurseiros e servidores, mas o que realmente vejo é que a maioria está lá pelo dinheiro e não por amor a profissão.

    Pesando os prós e os contras aqui eu realmente percebi que não perco muito em questão de concurso se não me formar em Direito.

    Vou refletir mais um pouco até o final desse semestre e decidir definitivamente.
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