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Tópico: Desistir de Eng. de Computação para cursar Direito, tolice ou estou certo?

  1. #41
    World Class Avatar de DiegoSestito
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    Citação Postado originalmente por Picinin Ver Post
    Citação Postado originalmente por deutsch_ed Ver Post
    Mas voltando ao foco da pergunta, se vocês se encontrassem em uma situação parecida com a minha, trocariam de curso?
    Eu fiz direito na UFMG e quando entrei tinha a ideia de fazer concurso pro MPF. Na metade do curso, tomei tanta antipatia dos concurseiros e dos servidores públicos com quem eu convivia diariamente que não cheguei a fazer nenhum concurso. Sempre advoguei e tenho planos a curto prazo de ir largando o direito pra fazer algo que eu goste (eu até gosto de direito, não gosto é do meio).

    Eu acho que, na sua situação, eu não largaria o curso pra fazer direito. Primeiro porque você não parece estar perdido, tá fazendo um curso bom numa instituição boa e já tem um projeto de negócios encaminhado. Então não é aquele cara que tá no lugar errado e tem que começar do zero. Segundo porque me parece que você é novo e ainda tá em tempo de se arriscar. Se der tudo errado, você ainda tem tempo pra começar a estudar pra concurso sem precisar sustentar família e tal. Terceiro, porque você não precisa fazer direito para virar concurseiro caso uma carreira na área de TI não deslanche. Você pode focar em um concurso bom que não seja exclusivo para bacharéis em direito.

    A não ser, é claro, que você realmente tenha tesão em direito. Se você tá em dúvida porque gostaria de ter feito direito e acabou sendo "forçado" a fazer outro curso, abandona o que tá fazendo e se dedica ao que você gosta. Nesse caso, você vai unir o útil ao agradável. Caso esteja pensando em direito só pela oportunidade de concursos, tem grande chance de você achar o curso uma merda e acabar desistindo dele também. Nesse caso, eu continuo achando melhor terminar seu curso atual e, se a carreira não andar como você quer, procurar uma concurso pra Auditor-Fiscal, Banco Central, ou algo do gênero.
    Ou termina o curso e vai tentar o concurso mais maneiro que existe nesse país: Trabalhar com T.I para a ABIN.
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  2. #42
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    Não é minha opinião, mas um texto que acabo de receber no FB e lembrei desse tópico. E obviamente quero ver os respectivos comentários dos MaisEvers.




    Uma fábula de improdutividade
    * por Marcos Mendes

    João é inteligente e nasceu numa família de classe alta. Estudou em boas escolas e entrou para uma universidade pública, gratuita, no curso de Engenharia. Formado, viu que os melhores salários iniciais de engenheiros estavam em R$ 5 mil. Fez concurso para um cargo de nível médio num tribunal: salário de R$ 9 mil mais gratificações, aposentadoria integral, estabilidade, expediente de seis horas. O contribuinte custeou a formação de um engenheiro e recebeu um arquivador de processos sobrerremunerado. Amanhã João estará em frente ao Congresso, com seus colegas, todos em greve por aumento salarial. Não terá o dia de trabalho descontado nem se sente remotamente ameaçado de demissão.
    Pedro não tem muito talento intelectual. Mas sua família pôde pagar uma boa escola, o que lhe garantiu uma vaga num curso não muito concorrido em universidade pública. Carente de habilidades acadêmicas, Pedro não se adaptou e mudou de curso duas vezes, deixando para trás centenas de horas-aula desperdiçadas e duas vagas que poderiam ter sido ocupadas por outros estudantes que jamais terão acesso àquela universidade. Foi fácil desistir dos cursos, pois Pedro nada pagou por eles.

    Após oito anos na universidade, Pedro finalmente se formou em Biologia. Sonha em ter um emprego igual ao de João. Entrou num cursinho preparatório para concursos públicos. Lá conheceu centenas de jovens formados em universidades públicas que, em vez de irem para o mercado de trabalho aplicar os seus conhecimentos, estão em sala de aula decorando apostilas para conseguirem um emprego público.

    Jorge, o dono do cursinho, é um brilhante advogado que poderia contribuir para a sociedade redigindo contratos empresariais. Mas descobriu que ganha mais dinheiro preparando candidatos ao serviço público.

    Um dos professores do cursinho de Jorge é Manuel, que também abandonou sua formação universitária e mudou de ramo. Ao perceber que jamais exercerá a profissão original, ele pediu desfiliação do respectivo conselho profissional.

    Mas não consegue, porque Márcia, funcionária daquele conselho, tem como missão criar todo tipo de dificuldade às desfiliações e manter em dia a arrecadação compulsória. Manuel desistiu e vai pagar a contribuição pelo resto de sua vida profissional, ainda que não se beneficie em nada e pouca satisfação seja dada pelo conselho profissional acerca do uso desse dinheiro.

    As limitações acadêmicas de Pedro o impedem de ser aprovado em concurso público. Ele vai ser um medíocre professor numa escola de ensino fundamental de segunda linha (pública ou privada), oferecendo ensino de baixa qualidade às novas gerações das famílias que não podem pagar por uma escola melhor. Pedro só conseguiu essa vaga porque há uma reserva de mercado: por lei, as escolas de ensino fundamental só podem contratar professores com diploma de nível superior. Fosse permitido contratar universitários, diversos graduandos em Biologia mais talentosos e motivados que o diplomado Pedro estariam em sala de aula, oferecendo boas aulas às crianças.

    Antônio é tão brilhante quanto João. Daria um excelente engenheiro, mas nasceu em família pobre e estudou em escola pública. Teve professores limitados, no padrão de Pedro, e a desorganização administrativa da escola piorava as coisas: muitas vezes não havia professores em sala. Falta com atestado médico não dá demissão.

    Antônio até conseguiu passar no vestibular de Engenharia em universidade pública, pelo sistema de cotas, mas sua formação deficiente em Matemática foi uma barreira intransponível. Abandou o curso, deixando mais horas-aula perdidas e mais uma vaga ociosa na conta dos contribuintes.

    Antônio, porém, é empreendedor. Não se abalou com o insucesso universitário, aprendeu a consertar eletrônicos por meio de vídeos no YouTube. Montou um pequeno negócio de manutenção de smartphones e computadores. Seu talento poderia torná-lo um grande empresário. Mas para crescer ele precisa transferir sua empresa do regime de tributação Simples para a tributação normal, pagando impostos muito mais altos, porque o governo precisa de muito dinheiro para pagar altos salários, para custear a universidade gratuita que desperdiça vagas e para sustentar escolas públicas que não dão aula, entre outras despesas. Mesmo assim, o governo permanece em déficit e toma empréstimo para se financiar, aumentando a taxa de juros. Com impostos altos e crédito caro, Antônio prefere manter seu negócio pequeno. A grande empresa e seus empregos morreram antes de nascer.

    Chico é um líder talentoso. Dirige uma central sindical que congrega os sindicatos dos companheiros do Judiciário e dos professores, entre outras categorias. Chico está em frente ao Congresso Nacional apoiando a greve de Pedro por melhores salários. Faz um discurso contra os neoliberais, que só pensam em cortar gastos públicos e arrochar os trabalhadores. Chico não tem muito do que reclamar (embora, como líder sindical, a sua especialidade seja, justamente, reclamar): além da remuneração paga pelo sindicato (e custeada pelo imposto sindical, cobrado obrigatoriamente dos contribuintes), ele está aposentado pelo INSS desde os 52 anos de idade. Até o fim da sua vida receberá muito mais do que contribuiu para a Previdência.

    Nenhum dos personagens acima citados tem comportamento ilegal. Eles jogam o jogo de acordo com as regras que estão postas. O erro está nas regras. Mudá-las requer superar as dificuldades das decisões coletivas. Não mudá-las implica continuar com talentos profissionais e dinheiro público mal alocados, empregos improdutivos, potenciais inexplorados, gasto público excessivo, oportunidades perdidas, incentivos errados. Uma fábula de improdutividade.
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  3. #43
    Expert Avatar de Andre Castro
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    Cão postou esse há umas semanas. Muito bom mesmo, assino embaixo.
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  4. #44
    Moderador Avatar de Diogenes Malaquias
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    Op quantos anos vc tem?

    Eu vejo que eh besteira se dedicar a um curso de engenharia p depois fazer concurso, pois o esforço durante o curso eh muito grande. Mas se vc ja começou, o término do seu curso deve ser mais fácil que fazer todo o curso de direito.

    E vc nao deve ter idéia do que eh trabalhar com o que não gosta. Vc nao deve ter idéia do que eh ir arrastado para uma atividade chata todos os dias. Eh o inferno em vida.

    Os posts do picinin são tops, mas a dica mais gold eh a do rings. Ache algo que vc gosta.

    Trabalhar em algo que vc curte > trabalhar para viver > viver para trabalhar.

    As vezes o seu conhecido que trabalhar no setor privado pode ser bem mais feliz que o outro concursado.
    Analisar soh o salário e os benefícios eh simplistas.
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  5. #45
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    Citação Postado originalmente por FrAAnKK Jr Ver Post
    Toda vez que eu leio um tópico desses, eu me sinto um bosta em trabalhar 14 a 16 horas por dia sendo dono de uma micro empresa, para pagar um caralhão de impostos, ter todo tipo de ônus e risco sem nenhum incentivo, fazer malabarismos impossíveis para não demitir funcionários em tempos de crise como estes, não saber o que são férias, aguentar clientes dos mais estúpidos possíveis e ainda por cima saber que só existe "empresa mês que vem" se o caixa não fechar no prejuízo.
    @FrAAnKK Jr não há motivo para se sentir um bosta cara, eu sei como é difícil ter uma empresa e perpetuar o negócio (meu pai teve uma micro na década de 90, FHC...foi "vítima" da privatização do banco que trabalhava e investiu uma grana que perdeu nela)

    Eu sei que é muito complicado de se adequar,tentar inovar, mas você já procurou ajuda do SEBRAE ou outra empresa de consultoria empresarial especializada? Eles podem te ajudar a sair das dificuldades e otimizar sua gerência. Na minha faculdade eu vejo alguns pesquisadores trabalhando com matemática computacional e otimizando projetos para empresas...vale muito a pena tu procurar algo assim.
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  6. #46
    Short Stack
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    Citação Postado originalmente por Diogenes Malaquias Ver Post
    Op quantos anos vc tem?

    Eu vejo que eh besteira se dedicar a um curso de engenharia p depois fazer concurso, pois o esforço durante o curso eh muito grande. Mas se vc ja começou, o término do seu curso deve ser mais fácil que fazer todo o curso de direito.

    E vc nao deve ter idéia do que eh trabalhar com o que não gosta. Vc nao deve ter idéia do que eh ir arrastado para uma atividade chata todos os dias. Eh o inferno em vida.

    Os posts do picinin são tops, mas a dica mais gold eh a do rings. Ache algo que vc gosta.

    Trabalhar em algo que vc curte > trabalhar para viver > viver para trabalhar.

    As vezes o seu conhecido que trabalhar no setor privado pode ser bem mais feliz que o outro concursado.
    Analisar soh o salário e os benefícios eh simplistas.
    Pois é,eu compartilho do mesmo pensamento, cursar engenharia para fazer concurso é desperdício de tempo e esforço. Se eu cursar direito vai ser á noite, vou ter o dia inteiro para estudar, esse é o ponto positivo. Colocando na balança, não adianta muito eu continuar estudando engenharia se for pra fazer concurso com certeza (quem fez ou conhece alguém que faz em uma federal sabe como é o drama, trabalhos e mais trabalhos,provas...tem que dedicar se não toma "pau").

    Meu conhecido na verdade é um familiar, que não vou falar parentesco porque se um dia chegar aqui e ver o 'bicho' pode pegar pro meu lado hahahah. Bom, ele é feliz porque gosta de desafios e tal, mas sempre me diz que quando ele aposentar vai ser foda, porque o rendimento vai cair drasticamente e atualmente a empresa paga tudo para ele... aluguel de 5k,carro a cada três anos, cursos de idiomas,especializações entre outras vantagens...

    Realmente é simplista analisar só isso, mas eu também levo em conta que daqui uns anos vou bancar meus pais, isso pesa muito nas minhas decisões, não posso deixar meus velhos à mercê de aposentadoria privada e governo né!?
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  7. #47
    Chip Leader Avatar de Flavio
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    Mas funcionário público não tem mais aposentadoria integral, com algumas exceções como militares.
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  8. #48
    Chip Leader Avatar de moisa
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    Citação Postado originalmente por damourax Ver Post
    Field de concurso pra TI é muito mais fácil que field de concurso pra Direito.
    Baseado em quê foi tirada essa conclusão ? Não é trollada não, só quero saber como conseguiram comparar banana com laranja.
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  9. #49
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    Citação Postado originalmente por moisa Ver Post
    Citação Postado originalmente por damourax Ver Post
    Field de concurso pra TI é muito mais fácil que field de concurso pra Direito.
    Baseado em quê foi tirada essa conclusão ? Não é trollada não, só quero saber como conseguiram comparar banana com laranja.
    Acho que não é desmerecendo TI mas sim a saturação do outro field
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  10. #50
    Chip Leader Avatar de moisa
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    Citação Postado originalmente por brunomatos95 Ver Post
    Citação Postado originalmente por moisa Ver Post
    Citação Postado originalmente por damourax Ver Post
    Field de concurso pra TI é muito mais fácil que field de concurso pra Direito.
    Baseado em quê foi tirada essa conclusão ? Não é trollada não, só quero saber como conseguiram comparar banana com laranja.
    Acho que não é desmerecendo TI mas sim a saturação do outro field
    Claro, eu entendi. Mas você tem que comparar concursos iguais. Tipo BNDES, BACEN. Não pode comparar um concurso de 30k pra Juiz porque não existe um assim para TI. Se existisse, óbvio que o nível de preparação do field seria maior.
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