1. Se o Estado comunista correto prega a distribuição das oportunidades e meios de produção, no que ele difere do capitalismo nórdico? O Estado taxa 70% a 80%, não é inchado, população tem total bem-estar, educação e serviços públicos. Ao invés de reverter para o comunismo como diz um livro que deveria ser, melhor olhar para a realidade. Os lugares que mais se aproximam da perfeição desse modelo são Noruega, Suécia, Finlândia, etc. A discussão não deveria ser entre comunismo e capitalismo, e sim entre capitalismo com Estado mínimo (ie. EUA) e Estado benevolente (ie. Nórdicos).
2. A discussão sobre ter um carro, ou trocar de celular também é misguided, imho. Se você perguntasse a um antigo romano se carro é um bem NECESSÁRIO ou de luxo, ele ia falar que você tá maluco. Necessário é um cavalo, talvez. Celular hoje se tornou um "bem necessário", há 20 anos era considerado supérfluo. A necessidade do ser humano médio muda a cada ano.
O outro fator que vocês não tão considerando na discussão é a Moore's Law. Então todos esses livros e teorias se baseiam num mundo muito atrasado. O futuro é a abundância. A camisa branca que custaria $10 mil (equivalentes) há 200 anos atrás, hoje custa $1. Isso tudo, graças ao livre comércio e ao capitalismo.
A figura do imaginário brasileiro, de novela, de um CEO focado no lucro, desumano e brutal, é diferente da realidade global. Se você parar pra ver a lista de pessoas mais ricas do mundo, quase todas pegaram algo que custava $xxxx pra ter e ofereceram ao público por $xx. Vide Ikea, Zara, Amazon, Walmart, Microsoft, Apple, Dropbox, Airbnb. Todas pegaram algo caro e ofereceram em massa barato. Melhora brutal na qualidade de vida da população mundial.
P.S. Recomendo fortemente acompanhar o Max Roser no Twitter. Todo dia ele põe gráficos que mostram avanços da humanidade e como o mundo a cada dia tem se tornado um lugar melhor.
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