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Tópico: Sou um lixo. Um ser repugnante

  1. #1
    World Class Avatar de Dellbono
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    Sou um lixo. Um ser repugnante

    O INÍCIO

    1- Filho de uma empregada doméstica e de um carpinteiro, tive uma infância humilde porém digna. Catava ferro velhos , vendia picolé e era uma criança precoce e de gostos estranhos por meio onde vivia. Numa comunidade nos moldes de uma favela.
    Na rua onde eu nasci era necessário cobrir os sapatos com plásticos para se chegar até o ponto de ônibus e ir a escola.

    Lia muito e tudo. Esgotei os livros da pequena biblioteca da escola pública onde estudava, escrevia, participava de concursos literários e com 12, 13 anos queria participar da polícia, militar em partido.

    Além disso comecei frequentar a igreja do meu bairro, enfim fui uma criança e adolescente totalmente exemplar, estudioso, bom filho e já desde muito novo bastante trabalhador.


    2- Vida muito simples, mas com base familiar sólida. Segui lendo e sonhando. Até que um dia revoltado por não ter acesso a escola de qualidade no 2º grau, movido por algo maior escrevi um texto que enviei por carta a muitas pessoas.
    Escrito na máquina de escrever o texto despertou interesse de duas pessoas.
    Uma delas foi o então prefeito do RJ Cesar Maia e a outra foi o Dr Ronald Levinsonh, proprietário da 2ª maior rede de ensino da cidade que me concedeu uma bolsa integral de estudos que foi
    2º grau até a faculdade de Direito.

    3-Tempos depois, quando iniciei a faculdade, procurei novamente o Cesar Maia, que não exercia mandato na época e ele me indicou para trabalhar no gabinete de uma parlamentar liga da ele a dep Solange Amaral.
    Não era nomeado, trabalhava como estagiário mas para mim, não importava. Aos 19 anos entrar na Assembléia Legislativa, conviver com a tomada de decisões
    me fascinava. E não pelas "franjas do poder" como bem dizia Carlos Lacerda, mas sim pelo poder de transformação da política. Por começar a conviver com essa
    ciência (?) fascinante que até então só conhecia em teoria.

    Conquistei a confiança de todos e tive a oportunidade de ter acompanhado, in loco, uma campanha majoritária ao governo de 2002 ao lado da candidata, me fez aprender mais do que qualquer universidade. Nesse período já como assessor especial convivia com várias autoridades e personalidades pública Aliás neste período abandonei a faculdade de Direito no 8º para me dedicar exclusivamente às eleições.(um dos maiores, entre meus muitos erros)

    No decorrer desse processo,evoluindo cada vez mais fui nomeado subprefeito de Jacarepaguá, região com 500.000 habitantes, justamente por ter um perfil técnico, era um dos poucos que não era da cota política de nenhum parlamentar e tive uma atuação bastante reconhecida na região, sendo inclusive um dos primeiros a denunciar as milícias armadas que infestavam a região.

    Desenvolvi e ajudei a desenvolver vários projetos sociais, um dels foi o responsável por resgatar e descobrir Bárbara Leôncio , a atleta símbolo da candidatura do RJ as olimpíadas. Amenina que foi apresentada ao lado do Lula como prova do que o esporte poderia fazer pelo Brasil

    4- Entretanto, paralelamente a isso tudo, minha vida pessoal se desenvolvia. Nunca havia tido vícios. Não bebia, não fumava e mesmo estando na política e recebendo propostas, pude manter a minha correção, valores e princípios.
    Membro da igreja Batista cheguei a cursar um seminário mas me decepcionei com o caminho mercantilista que a igreja estava tomando no Brasil.
    A vida familiar era equilibrada, embora não ausente de tragédias. Perdi meu irmão num acidente de carro na esquina
    de casa e no mesmo período em que evoluia rumo ao meu sonhos, meu pai foi diagnosticado com HIV, já em suas manifestações terminais. Milagrosamente, minha mãe não havia contraído o vírus e meu pai hoje é um homem clinicamente curado.

    O OVO DA SERPENTE

    Entretanto essas não foram nem de longe as maiores tragédias de minha vida. A minha destruição começou de forma ingênua.
    Um dia, a convite de uma namorada entrei num bingo na Tijuca. Era pra ser uma visita inocente. Mas foi como se tivesse tomado cocaína na veia. Fiquei alucinado e me viciei instantaneamente em jogo. Até então sequer jogava em loterias.

    Naquele dia, quando cheguei em casa chegava a “tremer” de ansiedade para entrar num bingo no dia seguinte. Fiz do jogo o meu “psicanalista” onde eu despejava toda a minha tensão e tristezas pela perda do meu irmão e pela situação do meu pai, até então a beira da morte.



    OS PRIMEIROS ERROS

    Na subprefeitura, entrei para cobrir um buraco, pela saída do atual prefeito Eduardo Paes e seu grupo político, e acabei ficando por 3 anos. Infelizmente minha instabilidade emocional para aguentar as pressões do cargo, as contradições da política na prática, à época, aliada a falta de experiência, de assessoria, e principalmente de um orientador, me fez tomar a imatura e desastrosa decisão de sair.

    Isso mesmo, larguei um cargo com 8 asssessores, motorista, celular e um ótimo s´´alário por não aguentar a pressão. (Cometi outro enorme erro)



    Resolvi então montar uma empresa e tentei trilhar a vida por outros caminhos.
    Destruído financeiramente, consegui tardiamente largar o vício do jogo.
    O fechamento dos bingos contribuiu bastante para que isso acontecesse.

    O EMPREENDEDORISMO E ABISMO

    7- No que se refere ao trabalho, a empresa evoluia. Colocava produtos em bancas e conquistava muitos clientes.
    Entretanto, sem crédito na praça e precisando financiar este crescimento, comecei a aceitar a oferta de algumas pessoas próximas que passaram a me emprestar dinheiro.

    Dividia o lucro com essas pessoas. E chegava a pagar no início 11% ao mês. Como a cada mês elas decidiam se queriam ou não continuar participando, o sistema acabava gerando juros compostos.

    Mesmo assim o negócio crescia.Já que estava no início e não tinha tantas despesas fixas. Passei então a formalizá-lo e a fazer tudo dentro da lei. Fiz contratos em cartório e a média dos rendimentos pagos passou a ser de 6% ao mês, embora algumas pessoas recebessem 8%. Juros simples, a partir daí, mais ainda assim exorbitantes.

    Não era propriamente uma pirâmide, pois com muito trabalho conseguia pagar essa remuneração leonina. Mas nada sobrava para reinvestir e eu ficava sempre dependente de mais capital para evoluir.

    Também não havia procura por investidores, nem incentivo para que as pessoas os trouxessem, mais eles começaram a aparecer espontaneamente.
    Todos eram da família, ou pessoas muito próximas.Eu pagava religiosamente em dia, embora cada dia fosse mais sacrificante fazê-lo.

    Pessoalmente havia me tornado um escravo. De nada usufruia. Tudo era reinvestido no negócio. Acordava as 4h e ia dormir meia noite.

    A necessidade de gerar capital para alimentar essa roda viva, foi movendo o crescimento da empresa. Era como se eu estivesse montado num tigre. Se parasse ele me engoliria.
    Cheguei a ter produtos em mais de 800 pontos de venda, distribuir brinquedos e utilidades como atacadista, ter 02 quiosques em terminais rodoviários e um restaurante. Além de participar de feiras e eventos como a Providência com stands enormes.

    Quem conhece economia , deve ter uma noção de como vai acabar essa história.
    AVISO: TÓPICO ANTIGO
    Atenção: Este é um tópico criado há mais de 90 dias. Caso não tenha respostas recentes, tenha certeza de que sua resposta é conveniente e útil o suficiente para reativar esta discussão, do contrário você poderá ser advertido/suspenso.
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  2. #2
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    O INÍCIO DA DECADÊNCIA

    Em 2009, com a crise, o fluxo de retiradas não previstas do principal aumentou muito. Os contratos eram leoninos. Comecei a perder ganho em escala e a ter dificuldades para pagar rendimentos. Consegui sustentar a situação durante um ano, adiando pagamentos a fornecedores e obtendo novos financiamentos.
    Neste período, pela 1ª vez passei a utilizar dinheiro novo para girar o negócio e não para investir.
    Resisti até abril de 2010, quando quebrei fragorosamente.


    DESESPERO MÁXIMO
    Na reta final da minha queda, estava desesperado. Pois ninguém, absolutamente ninguém sequer desconfiava da quebra da empresa.
    Tentei uma atitude extrema visando dar fim a minha própria vida, a única saída que no meu desespero considerava ser honrosa.

    Por um milagre, minha mãe, sem saber de nada, me telefonou quando sozinho dentro da garagem de um motel coloquei uma mangueira no cano de descarga do carro e direcionei para dentro do veículo afim de morrer asfixiado.

    Contei então tudo aos meus pais que ficaram desesperados. Precisava tomar coragem para contar para os meus investidores.
    me sentia um crápula, um monstro. Embora sempre tivesse trabalhado e de nada, absolutamente nada houvesse usufruido.
    Aliás, mais de 80% dos investidores já haviam recebido valores que ultrapassavam em muito o investimento nominal que haviam feito.

    Desesperado fugi no dia 04 de maio para casa de uns tios. Tinha apenas a roupa do corpo, a barba por fazer e R$ 12,00 reais no bolso.
    Ato contínuo, o escândalo estourou. E uma das investidoras, tia da minha ex-namorada e mãe dos filhos do falecido Castor de Andrade, invadiu a minha casa e ameaçou os meus pais de morte.

    Para minha surpresa, os investidores não achavam que eu tinha falido, mas sim que havia dado um golpe e fugido com o dinheiro, pois até então reputavam a empresa como saudável.

    Querendo contar a verdade, mas com medo de ser assassinado, procurei o Ministério Público Estadual para me entregar. Na minha cabeça me considerava um criminoso, um estelionatário. Desejava ser preso. Pagar pela minha incompetência.
    Consegui que 02 procuradores me ouvissem na sexta feira daquela semana , fim de expediente. Eles disseram que nada podiam fazer, pois "em tese" não viam crimes em meus atos e tampouco havia qualquer denuncia contra mim.

    Escondido, tentei me auto denunciar para a imprensa. Cheguei a despertar a curiosidade de uma editora do RJ TV, mas não quiseram apurar a história e deixaram pra lá.

    Ameaçado de morte por uma viúva do Castor e sendo responsável pelo prejuízo de dezenas de pessoas próximas, me tornei um pária. Não podia aparecer pois seria assassinado, e se continuasse escondido todos achariam que era de fato um golpista e não um falido.
    Era de fato uma situação kafkaniana.

    Através de um amigo, consegui R$ 1.900 reais e com esse dinheiro e algumas roupas vim parar em SP.

    Consegui então me comunicar com os investidores via email.

    Dias após, fui denunciado por estelionato na delegacia da Barra da Tijuca , justamente pela minha ex namorada e pela viúva do Castor de Andrade. Aliás foram as únicas pessoas que me denunciaram. As outras perceberam que eu realmente havia quebrado.

    Nenhum dos meus 16 funcionários me acionou judicialmente. Pois viram o quanto eu trabalhei e se apiedaram da minha situação.

    O depoimento fora marcado para agosto. Neste período sobrevivi fazendo vendas ambulantes e de alguns trocados que meus sofridos pais conseguiam me enviar.

    Compareci na delegacia na data marcada. Sem advogado, assumi todos os meus erros.
    Enviei todos os documentos solicitados pelo comissário, e o delegado entendeu que não houve crime e sugeriu o arquivamento, acatado pelo MP.


    Em São Pualo passei sérias necessidades. Passei fome pela 1ª vez em minha vida e onheci o que era um abrigo para população de rua.

    Tinha dificuldades para encontrar emprego e me reerguer pois, apesar de não ter antecedentes criminais, uma das minhas investidores, fez facebook, e enxovalhou o meu nome na internet.

    Comecei a trabalhar em sub empregos. Inicialmente como ambulante e depois como atendente de telemarketing.



    ESPÍRITO SANTO

    Passando sérias necessidades materiais em SP, resolvi engolir o rogulho e pedir guarida na cada da minha irmã, em Cachoeiro.

    Tinha me tornado um pária, um leproso e perdi tudo. Família, amigos, nome... tudo.
    Tudo bem, eu merecia mas aquilo impedia que eu conseguisse me reerguer.
    Foi nesse período, morando do ES que eu conheci o poker, as apostas online e o Mais Ev..

    Embora não quisesse mais saber de jogo, vi ali uma oportunidade de tentar me reerguer.

    Sabia que dado o tamanho da minha dívida e minha situação social não conseguiria me levantar exercendo uma atividade convencional.
    VOLTA A SP


    Consegui então juntar uns trocados, após alguns meses. R$ 4.000,00 e voltei para tentar a vida em SP.

    Aqui, inicialmente comecei trabalhando como vendedor autônomo de brindes. Sem carteira assinada, ganhava 20,00 de ajuda de custo e mais a comissão do que conseguisse vender.

    Era um trabalho difícil, eu consegui algum êxito mas ainda assim era insuficiente para me manter numa cidade cara como SP.


    Novamente comecei a tentar no jogo uma forma de suprir parte do meu orçamento.

    Neste período conheci uma menina, fomos morar juntos e parecia que a minha vida ia ganhar um rumo.

    Infelizmente o trauma e a dor de ter destruído tudo ainda “gritavam” dentro de mim e isso fazia com que eu tentasse reverter a situação jogando, pois jamais conseguiria com um trabalho que mal era suficiente pagar a minha alimentação e moradia.

    Minha companheira me emprestou uma grana que ela tinha e eu cai na ilusão que ia me tornar pró de poker.

    Foi quando abri o tópico de donkey a pró em 1 anos.

    Perdi tempo e dinheiro com essa ilusão. Cheguei a recuparar dinheiro quando me direcionei as apostas esportivas mas aí já não dava pra tapar buraco + despesas do dia a dia que começavam a se acumular.


    Vi o inferno se aproximando novamente, na minha vida.


    SOCIEDADE COM O PAULO

    Tempos depois, já com dificuldades, como estava indo bem no deal do Botafogo, resolvi propor ao Paulo )xXx) que ele encerrasse o deal e pagasse o que estava perdendo com desconto.

    Ele aceitou, começamos a conversar sobre apostas esportivas e negócios e ele passou a me financiar.

    As apostas inicialmente eu fazia no computador dele, e como disse, todas as vezes que eu trabalhava com eles sem a pressão de ter que fazer determinado valor em grana, até tinha algum êxito.

    O problema é que estava mergulhado em dívidas e problemas e o dinheiro que ele me enviava para o negócio, acabava não sendo todo utilizado em mercadorias e o buraco só ia aumentando.

    Neste período o Akerber me ofereceu um deal de 4k dólares para eu também apostar pra ele.
    Tiltei logo no início, e acabei atolando em duas bets e reduzindo o bank a menos da metade.

    Respirei fundo e fui recuperando e já tinha recuperado uma parte, porém no fim do mês ele precisou da grana toda com urgência.

    Sem ter a coragem (sou um covarde) de falar que tinha perdido parte, paguei a ele o deal + lucro.

    Obviamente tirei esse dinheiro do negócio e só fiz aumentar o buraco.

    Paralelamente a isso ia informando ao Paulo lucros maiores do que os que eu realmente estava tendo pois tinha muito medo de que ele retirasse o dinheiro, descobrisse tudo.


    Em maio, quando ele decidiu voltar ao Brasil para acompanhar os negócios de perto eu estava em pânico, não sabia o que fazer pois não tinha mais nem 20% dos recursos investidos e covardemente não tinha coragem de contar.
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  3. #3
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    LOJA

    Neste período liguei para um cliente e perguntei se ele tinha alguma negócio que eu pudesse fazer.

    Foi quando surgiu a possibilidade de assumir a loja.


    Vi aquilo como uma âncora, a chance de resolver. O trato é que eu ficaria com a loja que valia 60k, sem pagar nada a ele, e se gostasse poderia pagar em 60x de 1.000,00.

    Era a chance de consertar tudo, pois era como se tivesse um patrimônio de 60k para apresentar e aos poucos com trabalho eu ia quitando.

    Fui pra Rio Bonito, trabalhei igual a um escravo, limpei a loja, ficava 12, 14 horas em pê, dando duro, comendo atrás do balcão e tentando fazer dar certo.

    Tripliquei o faturamento em 3 meses, mas ainda assim, as minhas despesas para estar naquele lugar eram altas, não tinha capital de giro suficiente para sustentar o crescimento e , como o Paulo já tinha retornado, pagava a ele um pro labore dentro daquilo que ele acreditava que nós tínhamos.


    Neste período, para não ver tudo ruir, com fala de caráter, já que o Paulo, e minha companheira, eram pessoas que me amavam e confiavam em mim, eu mentia, corria daqui, ia pra lá e tentava segurar a situação sem que lês descobrissem.

    As contas da casa atrasavam e minha esposa não entendi, mas eu com medo de perdê-la dizia que estava tudo bem.

    O Paulo também desconfiava, mas eu sempre maquiava a situação para parecer que estava tudo bem.

    Tinha muito medo de perder o único amigo de verdade e a mulher que esteve ao meu lado mesmo sabendo o meu histórico.


    Nesta época eu não jogava, cuidava só da loja, mas todo o lucro que a distribuição deu foi usado para sustentar aquela situação, tentar manter a imagem para quem sabe a loja dando lucro pudesse ir revertendo.

    Também não deu certo, nada com mentira pode dar certo e, quando eu vi que não seria possível ficar com a loja fiquei sem saber o que fazer.

    Pois como explicar ao Paulo?

    Ainda por cima precisava quitar o dinheiro que o Escoteiro e o Petinhu havia me emprestado.

    Disse então que tinha vendido a loja e que receberíamos no começo do ano.
    Voltei pra São Paulo e contei a mesma mentira para a minha esposa.

    E a partir daí comecei a cogitar em dar fim a minha vida novamente, eu definitivamente tinha me tornado um ser humano lixo.

    Fazendo tudo aquilo que eu mais condenava e embora sem usufruir de qualquer benefício dessas ações, que eram motivadas por medo de perder a confiança e o amor dessas pessoas e ser abandonado novamente, eu estava muito errado.

    Até que o Paulo fez um empréstimo pessoal de 1k dólar para eu grindar pra mim (não era deal) enquanto não saísse a grana da loja.

    Cheio de dividas em casa, utilizei parte da grana para pagá-las e depositei 350.
    Com calma consegui ser lucrativo e aí resolvi voltar as bets e abrir o deal como forma de recuperar.

    DEAL


    Fiz o deal em dezembro mas comecei muito mal.
    Acertei a maioria das bets, mas o que matava era o equilíbrio psicológico, e tiltei em algumas partidas e a perda com esses tilts foram maiores que os anhos quando jogava corretamente.

    Na verdade encerrei o deal 11k negativos, quase a totalidade dos recursos.

    Paralelamente operava na conta do Akerber e quebrei lá também, mas ele não sabia porque não tinha acesso a conta.

    O que restou paguei o lucro que eu havia inventado, o “lucro” do Akerber , com o que sobrou na conta e segui cego, estúpido, desprovido de caráter para o novo deal.

    Acontece que nesse período, janeiro já estava na época de pagar o Eskoteiro, e de receber da loja. Eu não sabia o que fazer.

    Comecei a sacar dinheiro do deal e a depositar pra ele. O Akerber também precisou de uma grana que ele acreditava ter, pois confiou em mim e eu repassei pra ele também do dinheiro do deal.

    Com tudo isso, fui quebrando, quebrando e cheguei a este ponto onde não tenho condições de pagá-los todos de uma vez.

    Sei que vou ser execrado, xingado, denunciado, ameaçado de morte e tudo isso eu merco pois embora com todos os meus fantasmas emocionais e medos, eu não poderia ter sido tão sórdido, dissimulado e mentiroso com pessoas que confiaram em mim, mas uma coisa é fato eu quero e vou prover meios pra pagar.

    Isso não impede que eu seja punido e pague pelos meus erros, seja com a prisão ou com a morte, acho justo pois eu fui de uma falta de lealdade, de amizade bastante vil.

    É disso que eu quero tratar agora:


    PUNIÇÃO:




    MORTE

    Infelizmente sou covarde demais para cometer suicídio, mas entendo se alguém mais exaltado achar que deve dar um fim a minha existência.


    Seria um favor pra mim, pois eu não quero estar nesse mundo pra praticar essas coisas.
    Era uma pessoa boa, do bem e entrei num caminho de auto destruição que acaba atingindo e afetando outras pessoas em meu caminho.

    Apenas informo que não estarei em meu endereço pois provavelmente perdi a minha companheira também, ela ficou revoltada quando soube de tudo (contei ontem a noite) e pediu pra que eu saísse de casa.

    Não sei se terá volta, a magooei muito com tudo isso, pois ela é uma pessoa corretíssima e eu menti e a deixei numa situação vlunerável.


    PRISÃO

    Estarei me apresentando numa delegacia hoje e me auto denunciando.
    Confessarei todos os meus erros e provavelmente serei indiciado por estelionato.
    Não sei se serei preso de imediato, mas assim que tiver o número do procedimento darei a vocês o número para que possam me denunciar e testemunhar contra mim.

    Sempre busquei o que é certo, aprendi com meus pais a ser correto.
    Se não consegui, é justo que eu seja punido.
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  4. #4
    World Class Avatar de Dellbono
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    PAGAMENTO:

    Independente da minha punição, preciso ressarcir a todos a quem eu devo.






    A minha proposta é:

    Vou depositar a partir de quarta feira, amanhã uma quantia diária na conta de um user para que ele possa estabelecer critérios para ir quitando o grupo.

    Não sei o tempo que isso vai demorar, imagino que uns 6 , 8 meses,durante esse tempo é justo que os valores sejam acrescidos de juros, a ser decidido por vocês.

    A única questão é que sou covarde, não tenho estrutura psicológica pra enfrentar a linchamento que merecidamente passarei aqui, estou um trapo, tremendo , vomitando e sem saber o que fazer, portanto embora mereça tudo isso para efeito prático peço que escolham uma pessoa para que seja o contato.

    Para não ficar apenas na palavra, pois a minha não vale nada, eu plantei isso. Estou disposto a assinar uma condição de dívida , dando como fiança um pequena casa, de minha propriedade, onde residem os meus pais.

    Obviamente a última coisa que eu quero é que as únicas pessoas que me amam incondicionalmente neste mundo percam o teto onde vivem, e penso que embora minha palavra não tenha validade esse documento seria uma garantia, ainda que relativamente precária, de que eu vou pagar o que devo.
    O débito fora da staking com o Paulo, Eskoteiro e Akerber eu tratarei individualmente com eles, fazendo depósito nas contas já que não tenho coragem para encará-los, mas a casa pode servir como garantia para a dívida deles também.

    Peço por favor que um advogado redija e que vocês escolham alguém pra representar o grupo. De preferência uma pessoa que me trate com urbanidade.

    Sei que não estou em condições de exigir nada mas estou psicologicamente destruído e não conseguirei lidar e resolver o problema se tiver que começar a ter medo de dialogar com as pessoas.

    Sou um covarde, um nada, eu sei, mas quero tentar resolver.


    CONCLUSÃO.

    Estou visitando o inferno mais uma vez.
    Nunca usufrui de nada, quem me conhece sabe que não tenho carro, moro numa casa simples, não faço viagens e utilizo um celular de R$ 70,00.

    Difícil entender porque alguém sem ganância financeira chega numa situação como a que eu cheguei.

    Talvez a minha vaidade e medo de confessar meus erros, necessidade de ser aceito.
    Infelizmente sou um doente, porém deixo claro que não estou falando isso como atenuante aos meus erros.


    CONTATO:

    Não sei pra onde vou, minha companheira pediu que eu não estivesse aqui quando ela voltasse, pois está chocada e disse que precisa de um tempo sozinha.

    Se bem a conheço, foi uma forma de me dizer adeus.

    Não estou em condições de atender o telefone celular, tampouco sei se terei coragem de abrir meu e-mail ou ver todo o linchamento merecido que receberei neste tópico.

    Não tenho coragem de encarar o Paulo que foi meu amigo , companheiro e que eu não soube honrar.

    Independente disso já começarei amanhã a fazer os depósitos nas contas.
    Contei para a minha prima e pedi para ela fazer um empréstimo e pretendo trabalhar, vendendo coisas, enfim...vou dar um jeito mas não deixarei de pagá-los.

    Por isso estou falando em depósitos diários, pois embora pouco: 100, 300 ´´e uma forma de vocês saberem queapesar de não ter coragem de encará-los, não sumi e não reneguei a dívida.

    Se falar um dia, já fica fácil cobrar ou até mesmo reforçar a denúncia na delegacia.






    DESPEDIDA,

    Lamento profundamente, não queria sentir a dor e causar a dor por conta dos meus erros.
    Não queria errar desta maneira tão vil e peço perdão a todos, mesmo sabendo que não mereço recebê-lo.
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  5. #5
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    wow é serio isso?
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  6. #6
    Chip Leader Avatar de MatWolff
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    wtf, 2 num dia só?
    urubu111 and Deecken like this.
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  7. #7
    Professional Avatar de NIRVANA
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    engula essa vergonha boba, volte a morar com seus pais e, enquanto não arranjar emprego ajude na casa... nesse meio tempo procure estudar pra um concurso de nível médio, vc é inteligente vai tirar de letra isso...e paciência. vai demorar pra as coisas melhorarem ? vai... mas o tempo é tão relativo né ? vc tem ótimos exemplos em sua casa (pai e mãe), por que não procura ter um pouco da coragem que eles tem pra enfrentar as dificuldades ? vc ja pensou na tristeza do seu pai e da sua mae caso aconteça algo pior com vc ? não seja egoista..
    Nunca é tarde pra recomeçar
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  8. #8
    Chip Leader Avatar de Gilmour
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    sick... força ai dellbono. Espero que dê tudo certo
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  9. #9
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  10. #10
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    Calma. Não faz nada com precipitação! Admitir o erro e se propor a consertar já é meio caminho andado.

    A ideia do Nirvana é a melhor. Tens que procurar o abrigo de um familiar e buscar um concurso, um emprego.
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