O EMPREENDEDORISMO E ABISMO
7- No que se refere ao trabalho, a empresa evoluia. Colocava produtos em bancas e conquistava muitos clientes.
Entretanto, sem crédito na praça e precisando financiar este crescimento, comecei a aceitar a oferta de algumas pessoas próximas que passaram a me emprestar dinheiro.
Dividia o lucro com essas pessoas. E chegava a pagar no início 11% ao mês. Como a cada mês elas decidiam se queriam ou não continuar participando, o sistema acabava gerando juros compostos.
Mesmo assim o negócio crescia.Já que estava no início e não tinha tantas despesas fixas. Passei então a formalizá-lo e a fazer tudo dentro da lei. Fiz contratos em cartório e a média dos rendimentos pagos passou a ser de 6% ao mês, embora algumas pessoas recebessem 8%. Juros simples, a partir daí, mais ainda assim exorbitantes.
Não era propriamente uma pirâmide, pois com muito trabalho conseguia pagar essa remuneração leonina. Mas nada sobrava para reinvestir e eu ficava sempre dependente de mais capital para evoluir.