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Tópico: [Politica Internacional]

  1. #111
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    Citação Postado originalmente por ekalil Ver Post
    Citação Postado originalmente por Picinin Ver Post
    Citação Postado originalmente por DiegoSestito Ver Post


    A gente não precisa comparar com 500 anos não. É só pensar no IRA, nas bombas em clinicas de aborto, nos terroristas fundamentalistas (como aquele Norueguês que matou 96 pessoas em 2011) e para ser um pouco anacrônico na KKK.

    Sim são coisas diferentes, o problema é que se você for literal e e entender teocracia como estado governado pelo clero, não restam muitas dessas no Islã também. Talvez eu tenha tropeçado um pouco. A diferença é que nos países islâmicos, a religião tem maior influencia direta na legislação e no julgamento das leis, o que não acontece nos países cristãos. Mas esse é um problema da religião Islâmica? Pode ser, mas eu acredito que não. Acho que é muito mais uma questão de "sorte", porque o cristianismo é mais presente no ocidente, onde o estado de direito predomina. Agora, se você instaura o cristianismo como religião oficial dos EUA, onde a bancada protestante é pior do que a nossa, você não acha que é mais um desculpa para se legislar com a bíblia?

    Se ambos os livros são parecidos nesse sentido, o problema não seriam as lideranças religiosas?
    O IRA era um grupo terrorista com fundamentos muito mais geopolíticos do que religiosos. Eles não atacavam protestantes de qualquer lugar do mundo, ou membros de outras religiões. Eles estavam muito mais interessados em conseguir sua independência do que em divulgar a doutrina ou a fé. O caso de um maluco avulso também não representa muita coisa.

    Eu acho que a distinção que você tá tentando fazer é entre a doutrina islâmica e as instituições islâmicas. Não são os textos doutrinários que fazem o islã mais violento que o judaísmo ou o cristianismo. As três grandes religiões monoteístas assumem o Velho Testamento como texto sagrado. Mas as instituições católicas e judaicas entendem que esses textos não devem ser interpretados ao pé da letra.

    Então eu concordo se você disser que o islamismo não é necessariamente violento ou retrógrado. Mas na prática é muito mais violento e retrógrado que judaísmo e cristianismo, por questões institucionais. E Não são poucos os estados islâmicos que são regidos pela sharia. Talvez os que sejam exclusivamente regidos sejam poucos, tipo Irã e Arábia Saudita. Mas eu acho que dá pra dizer que na maioria dos países islâmicos a sharia é fonte de direito em algum grau.
    Alias, pegando gancho no seu post, vc acha que os lideres de qq uma dessas religioes/movimentos realmente acreditam no que pregam?

    Eu tenho quase certeza que TUDO eh uma grande briga por poder/dinheiro e que so usam a religiao (ou qq outra desculpa) e um bando de ignorantes como massa de manobra pra tudo isso.
    Eu acho que tem um pouco dos dois e que a resposta depende muito do que você considera que eles pregam. IMO, a grande maioria dos líderes religiosos realmente tem fé na sua religião. No entanto, não acho que eles acreditem cegamente em todos os dogmas e leis das sua religiões.
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  2. #112
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    Citação Postado originalmente por MT 4:19 Ver Post
    Vocês acham que a liberdade de expressão confere sinal verde para ofensas e associações de uma religião com armas, terrorismo e brincadeiras com ícones sagrados de um povo? Refiro-me às críticas vazias, pois quando esta vem para fazer com que as pessoas reflitam a fim de alcançar um ponto acima da ignorância, é muito válido, mas quando vem para deturpar a realidade, apenas fazer rir da crença alheia, acho mesquinho e não mais uma simples expressão de pensamento, mas uma ofensa. Me pergunto até aonde vai a tal "liberdade de expressão" - muito útil e pilar da democracia.
    Nada justifica as mortes em Paris, aliás, nada justiça o terror e a morte de ninguém, mas não sou um "Charlie" depois que vi o nível das Charges do Jornal.

    O Islã é uma religião como outra qualquer e não instiga seus fiéis a matarem, mas como em qualquer outra, há os fanáticos que pegam os textos sagrados e interpretam ao pé da letra, sem analisar o contexto. Daí surgem os terroristas, que devem ser combatidos. O jornal não os criticavam isoladamente, mas associava o mal a todos os muçulmanos.
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  3. #113
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    Citação Postado originalmente por Picinin Ver Post
    Citação Postado originalmente por DiegoSestito Ver Post


    A gente não precisa comparar com 500 anos não. É só pensar no IRA, nas bombas em clinicas de aborto, nos terroristas fundamentalistas (como aquele Norueguês que matou 96 pessoas em 2011) e para ser um pouco anacrônico na KKK.

    Sim são coisas diferentes, o problema é que se você for literal e e entender teocracia como estado governado pelo clero, não restam muitas dessas no Islã também. Talvez eu tenha tropeçado um pouco. A diferença é que nos países islâmicos, a religião tem maior influencia direta na legislação e no julgamento das leis, o que não acontece nos países cristãos. Mas esse é um problema da religião Islâmica? Pode ser, mas eu acredito que não. Acho que é muito mais uma questão de "sorte", porque o cristianismo é mais presente no ocidente, onde o estado de direito predomina. Agora, se você instaura o cristianismo como religião oficial dos EUA, onde a bancada protestante é pior do que a nossa, você não acha que é mais um desculpa para se legislar com a bíblia?

    Se ambos os livros são parecidos nesse sentido, o problema não seriam as lideranças religiosas?
    O IRA era um grupo terrorista com fundamentos muito mais geopolíticos do que religiosos. Eles não atacavam protestantes de qualquer lugar do mundo, ou membros de outras religiões. Eles estavam muito mais interessados em conseguir sua independência do que em divulgar a doutrina ou a fé. O caso de um maluco avulso também não representa muita coisa.

    Eu acho que a distinção que você tá tentando fazer é entre a doutrina islâmica e as instituições islâmicas. Não são os textos doutrinários que fazem o islã mais violento que o judaísmo ou o cristianismo. As três grandes religiões monoteístas assumem o Velho Testamento como texto sagrado. Mas as instituições católicas e judaicas entendem que esses textos não devem ser interpretados ao pé da letra.

    Então eu concordo se você disser que o islamismo não é necessariamente violento ou retrógrado. Mas na prática é muito mais violento e retrógrado que judaísmo e cristianismo, por questões institucionais. E Não são poucos os estados islâmicos que são regidos pela sharia. Talvez os que sejam exclusivamente regidos sejam poucos, tipo Irã e Arábia Saudita. Mas eu acho que dá pra dizer que na maioria dos países islâmicos a sharia é fonte de direito em algum grau.
    Ainda assim, era um grupo paramilitar católico. Eles se auto-denominavam dessa forma e lutavam por uma irlanda independente E católica. Qual a diferença de um maluco avulso cristão que ataca por motivos religiosos, e um maluco avulso muçulmano que ataca por motivos religiosos? Os dois da França, até agora não estão ligados diretamente a nenhum grupo islâmico (Posso estar desatualizado, a ultima vez que eu chequei eles não eram de nenhum grupo).. O que diferencia eles do norueguês maluco, ou das bombas nas clinicas de aborto?

    Sim, perfeito, era exatamente isso. O meu questionamento é o seguinte: As instituições se comportarem de forma tão diferente, é de origem memetica ou prática? É a ideia Islâmica que inspira essa diferença na violência, ou na prática o Islã é mais violento porque é mais presente em estados onde a laicidade e a secularidade não são garantidas por constituição?

    E não, eu não disse que o islamismo não é necessariamente violento ou retrogrado "na teoria". O que eu estou dizendo é que na teoria, todas elas são violentas e retrogradas, e que nós somos protegidos do cristianismo pelo estado de direito.
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  4. #114
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    A gente não precisa comparar com 500 anos não. É só pensar no IRA, nas bombas em clinicas de aborto, nos terroristas fundamentalistas (como aquele Norueguês que matou 96 pessoas em 2011) e para ser um pouco anacrônico na KKK.

    Sim são coisas diferentes, o problema é que se você for literal e e entender teocracia como estado governado pelo clero, não restam muitas dessas no Islã também. Talvez eu tenha tropeçado um pouco. A diferença é que nos países islâmicos, a religião tem maior influencia direta na legislação e no julgamento das leis, o que não acontece nos países cristãos. Mas esse é um problema da religião Islâmica? Pode ser, mas eu acredito que não. Acho que é muito mais uma questão de "sorte", porque o cristianismo é mais presente no ocidente, onde o estado de direito predomina. Agora, se você instaura o cristianismo como religião oficial dos EUA, onde a bancada protestante é pior do que a nossa, você não acha que é mais um desculpa para se legislar com a bíblia?

    Se ambos os livros são parecidos nesse sentido, o problema não seriam as lideranças religiosas?
    O IRA era um grupo terrorista com fundamentos muito mais geopolíticos do que religiosos. Eles não atacavam protestantes de qualquer lugar do mundo, ou membros de outras religiões. Eles estavam muito mais interessados em conseguir sua independência do que em divulgar a doutrina ou a fé. O caso de um maluco avulso também não representa muita coisa.

    Eu acho que a distinção que você tá tentando fazer é entre a doutrina islâmica e as instituições islâmicas. Não são os textos doutrinários que fazem o islã mais violento que o judaísmo ou o cristianismo. As três grandes religiões monoteístas assumem o Velho Testamento como texto sagrado. Mas as instituições católicas e judaicas entendem que esses textos não devem ser interpretados ao pé da letra.

    Então eu concordo se você disser que o islamismo não é necessariamente violento ou retrógrado. Mas na prática é muito mais violento e retrógrado que judaísmo e cristianismo, por questões institucionais. E Não são poucos os estados islâmicos que são regidos pela sharia. Talvez os que sejam exclusivamente regidos sejam poucos, tipo Irã e Arábia Saudita. Mas eu acho que dá pra dizer que na maioria dos países islâmicos a sharia é fonte de direito em algum grau.
    Alias, pegando gancho no seu post, vc acha que os lideres de qq uma dessas religioes/movimentos realmente acreditam no que pregam?

    Eu tenho quase certeza que TUDO eh uma grande briga por poder/dinheiro e que so usam a religiao (ou qq outra desculpa) e um bando de ignorantes como massa de manobra pra tudo isso.
    Eu acho que tem um pouco dos dois e que a resposta depende muito do que você considera que eles pregam. IMO, a grande maioria dos líderes religiosos realmente tem fé na sua religião. No entanto, não acho que eles acreditem cegamente em todos os dogmas e leis das sua religiões.
    Entao, isso eh uma coisa que eu penso bastante. Eu acho que eles tem alguma fe (talvez ate bastante), mas o caminho pra chegar nessas posicoes de lideranca eh tao sick que o cara certamente teve que fazer mta fdputagem e se conceder o direito de nao seguir suas crencas.

    Eu chutaria que o cara entra numa de auto engano achando que qualquer atitude que tenha eh para o bem da causa e ai perde a nocao das coisas.
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  5. #115
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    @DiegoSestito


    sim, era católico, mas não tava em uma jihad, nem tinha como objetivo combater infiéis ou criar um estado fundamentalista cristão. A mim parece que a religião era um fator muito mais étnico do que de fé.

    E, pelo que eu li, os dois da França estavam ligados e diversas outras células terroristas e teriam recebido treinamento de outros grupos extremistas: Suspeito Cherif Kouachi era conhecido pela inteligência francesa | Valor Econômico

    E eu não concordo com a sua análise histórica. IMO, o fato de o islã estar "mais presente em estados onde a laicidade e a secularidade não são garantidas por constituição" não significa que o Islã estava no lugar errado na hora errada. Os países predominantemente cristãos não eram estados democráticos de direito antes da chegada do cristianismo. O estado democrático de direito se desenvolveu em nações que já eram predominantemente cristãs. Em compensação, ele não consegue se desenvolver em nações islâmicas. Não me parece que a diferença entre países cristãos e muçulmanos seja que o estado de direito que nos protege do cristianismo. O islamismo é que impede o desenvolvimento de um estado de direito nessas nações (e mesmo assim a coisa é mais complexa e não uma via de mão única, ldo).
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  6. #116
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    A gente não precisa comparar com 500 anos não. É só pensar no IRA, nas bombas em clinicas de aborto, nos terroristas fundamentalistas (como aquele Norueguês que matou 96 pessoas em 2011) e para ser um pouco anacrônico na KKK.

    Sim são coisas diferentes, o problema é que se você for literal e e entender teocracia como estado governado pelo clero, não restam muitas dessas no Islã também. Talvez eu tenha tropeçado um pouco. A diferença é que nos países islâmicos, a religião tem maior influencia direta na legislação e no julgamento das leis, o que não acontece nos países cristãos. Mas esse é um problema da religião Islâmica? Pode ser, mas eu acredito que não. Acho que é muito mais uma questão de "sorte", porque o cristianismo é mais presente no ocidente, onde o estado de direito predomina. Agora, se você instaura o cristianismo como religião oficial dos EUA, onde a bancada protestante é pior do que a nossa, você não acha que é mais um desculpa para se legislar com a bíblia?

    Se ambos os livros são parecidos nesse sentido, o problema não seriam as lideranças religiosas?
    O IRA era um grupo terrorista com fundamentos muito mais geopolíticos do que religiosos. Eles não atacavam protestantes de qualquer lugar do mundo, ou membros de outras religiões. Eles estavam muito mais interessados em conseguir sua independência do que em divulgar a doutrina ou a fé. O caso de um maluco avulso também não representa muita coisa.

    Eu acho que a distinção que você tá tentando fazer é entre a doutrina islâmica e as instituições islâmicas. Não são os textos doutrinários que fazem o islã mais violento que o judaísmo ou o cristianismo. As três grandes religiões monoteístas assumem o Velho Testamento como texto sagrado. Mas as instituições católicas e judaicas entendem que esses textos não devem ser interpretados ao pé da letra.

    Então eu concordo se você disser que o islamismo não é necessariamente violento ou retrógrado. Mas na prática é muito mais violento e retrógrado que judaísmo e cristianismo, por questões institucionais. E Não são poucos os estados islâmicos que são regidos pela sharia. Talvez os que sejam exclusivamente regidos sejam poucos, tipo Irã e Arábia Saudita. Mas eu acho que dá pra dizer que na maioria dos países islâmicos a sharia é fonte de direito em algum grau.
    Alias, pegando gancho no seu post, vc acha que os lideres de qq uma dessas religioes/movimentos realmente acreditam no que pregam?

    Eu tenho quase certeza que TUDO eh uma grande briga por poder/dinheiro e que so usam a religiao (ou qq outra desculpa) e um bando de ignorantes como massa de manobra pra tudo isso.
    Eu acho que tem um pouco dos dois e que a resposta depende muito do que você considera que eles pregam. IMO, a grande maioria dos líderes religiosos realmente tem fé na sua religião. No entanto, não acho que eles acreditem cegamente em todos os dogmas e leis das sua religiões.
    Entao, isso eh uma coisa que eu penso bastante. Eu acho que eles tem alguma fe (talvez ate bastante), mas o caminho pra chegar nessas posicoes de lideranca eh tao sick que o cara certamente teve que fazer mta fdputagem e se conceder o direito de nao seguir suas crencas.

    Eu chutaria que o cara entra numa de auto engano achando que qualquer atitude que tenha eh para o bem da causa e ai perde a nocao das coisas.
    Acho que não é questão de não seguir as suas crenças. Mesmo no catolicismo, que tem uma hierarquia, os sacerdotes interpretam os textos sagrados e as instruções da Igreja de formas diferentes. Então um sacerdote tem também suas convicções particulares, e existem grupos políticos diferentes que interpretam determinados pontos da religião de forma diferente. IMO, não é muito diferente do cara que tem uma ideologia política honesta. Assim como existem liberais e socialistas que defendem sua ideologia por convicções íntimas e os aproveitadores, existem os líderes religiosos que defendem sua religião por convicções íntimas e os aproveitadores.
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  7. #117
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    Citação Postado originalmente por DiegoSestito Ver Post
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    A gente não precisa comparar com 500 anos não. É só pensar no IRA, nas bombas em clinicas de aborto, nos terroristas fundamentalistas (como aquele Norueguês que matou 96 pessoas em 2011) e para ser um pouco anacrônico na KKK.

    Sim são coisas diferentes, o problema é que se você for literal e e entender teocracia como estado governado pelo clero, não restam muitas dessas no Islã também. Talvez eu tenha tropeçado um pouco. A diferença é que nos países islâmicos, a religião tem maior influencia direta na legislação e no julgamento das leis, o que não acontece nos países cristãos. Mas esse é um problema da religião Islâmica? Pode ser, mas eu acredito que não. Acho que é muito mais uma questão de "sorte", porque o cristianismo é mais presente no ocidente, onde o estado de direito predomina. Agora, se você instaura o cristianismo como religião oficial dos EUA, onde a bancada protestante é pior do que a nossa, você não acha que é mais um desculpa para se legislar com a bíblia?

    Se ambos os livros são parecidos nesse sentido, o problema não seriam as lideranças religiosas?
    O IRA era um grupo terrorista com fundamentos muito mais geopolíticos do que religiosos. Eles não atacavam protestantes de qualquer lugar do mundo, ou membros de outras religiões. Eles estavam muito mais interessados em conseguir sua independência do que em divulgar a doutrina ou a fé. O caso de um maluco avulso também não representa muita coisa.

    Eu acho que a distinção que você tá tentando fazer é entre a doutrina islâmica e as instituições islâmicas. Não são os textos doutrinários que fazem o islã mais violento que o judaísmo ou o cristianismo. As três grandes religiões monoteístas assumem o Velho Testamento como texto sagrado. Mas as instituições católicas e judaicas entendem que esses textos não devem ser interpretados ao pé da letra.

    Então eu concordo se você disser que o islamismo não é necessariamente violento ou retrógrado. Mas na prática é muito mais violento e retrógrado que judaísmo e cristianismo, por questões institucionais. E Não são poucos os estados islâmicos que são regidos pela sharia. Talvez os que sejam exclusivamente regidos sejam poucos, tipo Irã e Arábia Saudita. Mas eu acho que dá pra dizer que na maioria dos países islâmicos a sharia é fonte de direito em algum grau.
    Ainda assim, era um grupo paramilitar católico. Eles se auto-denominavam dessa forma e lutavam por uma irlanda independente E católica. Qual a diferença de um maluco avulso cristão que ataca por motivos religiosos, e um maluco avulso muçulmano que ataca por motivos religiosos? Os dois da França, até agora não estão ligados diretamente a nenhum grupo islâmico (Posso estar desatualizado, a ultima vez que eu chequei eles não eram de nenhum grupo).. O que diferencia eles do norueguês maluco, ou das bombas nas clinicas de aborto?

    Sim, perfeito, era exatamente isso. O meu questionamento é o seguinte: As instituições se comportarem de forma tão diferente, é de origem memetica ou prática? É a ideia Islâmica que inspira essa diferença na violência, ou na prática o Islã é mais violento porque é mais presente em estados onde a laicidade e a secularidade não são garantidas por constituição?

    E não, eu não disse que o islamismo não é necessariamente violento ou retrogrado "na teoria". O que eu estou dizendo é que na teoria, todas elas são violentas e retrogradas, e que nós somos protegidos do cristianismo pelo estado de direito.
    Sim. Os terroristas franceses são de um grupo. Inclusive foram treinados em outro país.

    Terrorismo é terrorismo não importa a bandeira sem dúvidas. E o terrorismo comunista o qual a presidente participou? Mas ficar nesse se e se e se... é aquela história se minha vó tivesse roda, era uma bicicleta.

    O detalhe é que em algumas religiões não são só malucos avulsos. São organizações paramilitares com atuação mundial e muitas vezes respaldo de determinados governos e civis.

    Eu não consigo ver como origens parecidas e que em tese as três religiões seriam violentas. Cristo no máximo deu uns bofetões nos vendilhões do templo. A Inquisição foi violenta? Sem dúvidas, mas olha quando ela aconteceu!!! Que parte do mundo não era violenta na Idade Média

    Não acho também que seja só o direito que impeça isso. É mais do que isso. Para alguns o progresso não chegou ainda. Acho que é questão de evolução social, educação (se é que podemos usar esse termo) voltada para a violência.
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  8. #118
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    @DiegoSestito


    sim, era católico, mas não tava em uma jihad, nem tinha como objetivo combater infiéis ou criar um estado fundamentalista cristão. A mim parece que a religião era um fator muito mais étnico do que de fé.

    E, pelo que eu li, os dois da França estavam ligados e diversas outras células terroristas e teriam recebido treinamento de outros grupos extremistas: Suspeito Cherif Kouachi era conhecido pela inteligência francesa | Valor Econômico

    E eu não concordo com a sua análise histórica. IMO, o fato de o islã estar "mais presente em estados onde a laicidade e a secularidade não são garantidas por constituição" não significa que o Islã estava no lugar errado na hora errada. Os países predominantemente cristãos não eram estados democráticos de direito antes da chegada do cristianismo. O estado democrático de direito se desenvolveu em nações que já eram predominantemente cristãs. Em compensação, ele não consegue se desenvolver em nações islâmicas. Não me parece que a diferença entre países cristãos e muçulmanos seja que o estado de direito que nos protege do cristianismo. O islamismo é que impede o desenvolvimento de um estado de direito nessas nações (e mesmo assim a coisa é mais complexa e não uma via de mão única, ldo).
    Não é uma analise histórica, é um questionamento. A "pergunta" não é retórica. Eu realmente não sei se é uma casualidade ou se o cristianismo talvez seja mais aberto ao ponto de "permitir" que o estado de direito se desenvolva. Se os maiores autores que construíram o pensamento ocidental moderno, fossem na realidade Iranianos ao invés de Franceses e Alemães, as coisas coisas poderiam ser invertidas? Se a diferença (como você disse) é mais de instituição do que de escritura sagrada, não me parece absurdo pensar que sim.
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  9. #119
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    @DiegoSestito,

    Você está equiparando situações de amplitude e escopo diferentes de forma completamente desproporcional.

    Os grupos terroristas islâmicos somente nos últimos meses assassinaram 130 crianças na Nigéria, sequestraram e escravizaram 2.000 meninas, colocaram fogo em centenas de igrejas e aldeias e assassinaram pessoas na redação de uma revista única e exclusivamente por terem cometido o delito de opinião.

    E olha que citei de cabeça apenas alguns casos.

    Apenas para você ter uma ideia da diferença, Israel um país não laico fundado sob a fé judaica, é uma democracia onde um árabe pode professar livremente a sua fé no corão.

    E considero equivocada a sua premissa de dizer que os cristãos e judeus não são mais agressivos porque vivem em Estados democráticos.
    Já parou pra pensar que não é apenas coincidência? O próprio sentido de igualdade apregoado pela moral judaico cristã foi fundamental para a conquista da democracia nesses países.

    É fato que a igreja já aceitou como válida a existência de escravos mas foi justamente o conceito de que somos todos iguais perante Deus que possibilitou que um líder religioso cristão lutasse pelos direitos civis nos EUA.

    Citar os erros do passado do cristianismo para compará-los com o a carnificina dos radicais islâmicos de hoje é totalmente incompatível.

    Em relação a liberdade, apenas mais uma questão: Os professores de universidades religiosas possuem total liberdade de cátedra e não são de forma alguma limitados a ensinar os valores da fé em detrimento da ciência.

    A PUC e o Mackenzie são pequenos exemplos disso, mas existem milhares pelo mundo afora.

    Sem contar institutos de pesquisas científicas financiados com dinheiro de instituições judaicas ou cristãs onde os cientistas de forma alguma são limitados pela crença apregoada pelos seus patrocinadores.
    Última edição por Dellbono; 12-01-2015 às 16:15.
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  10. #120
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    @DiegoSestito


    sim, era católico, mas não tava em uma jihad, nem tinha como objetivo combater infiéis ou criar um estado fundamentalista cristão. A mim parece que a religião era um fator muito mais étnico do que de fé.

    E, pelo que eu li, os dois da França estavam ligados e diversas outras células terroristas e teriam recebido treinamento de outros grupos extremistas: Suspeito Cherif Kouachi era conhecido pela inteligência francesa | Valor Econômico

    E eu não concordo com a sua análise histórica. IMO, o fato de o islã estar "mais presente em estados onde a laicidade e a secularidade não são garantidas por constituição" não significa que o Islã estava no lugar errado na hora errada. Os países predominantemente cristãos não eram estados democráticos de direito antes da chegada do cristianismo. O estado democrático de direito se desenvolveu em nações que já eram predominantemente cristãs. Em compensação, ele não consegue se desenvolver em nações islâmicas. Não me parece que a diferença entre países cristãos e muçulmanos seja que o estado de direito que nos protege do cristianismo. O islamismo é que impede o desenvolvimento de um estado de direito nessas nações (e mesmo assim a coisa é mais complexa e não uma via de mão única, ldo).
    Não é uma analise histórica, é um questionamento. A "pergunta" não é retórica. Eu realmente não sei se é uma casualidade ou se o cristianismo talvez seja mais aberto ao ponto de "permitir" que o estado de direito se desenvolva. Se os maiores autores que construíram o pensamento ocidental moderno, fossem na realidade Iranianos ao invés de Franceses e Alemães, as coisas coisas poderiam ser invertidas? Se a diferença (como você disse) é mais de instituição do que de escritura sagrada, não me parece absurdo pensar que sim.
    Seria possível, alguns califados foram extremamente desenvolvidos e permitiam uma série de liberdades civis e religiosas. Mas não aconteceu e o islã acabou tomando esse rumo. IMO, quem construiu o estado moderno não foram as ideias de pensadores (houve pensadores em diversas partes do mundo em diversos momentos históricos defendendo esses mesmos princípios), mas necessidades práticas e as respostas que os líderes/povos deram a essas necessidades.

    A Igreja perdeu poder na França quando Felipe, o Belo, "declarou guerra" aos templários e minou brutalmente o poder da Igreja católica na França. A ideia de republicanismo moderna começou quando João Sem-terra se viu isolado e foi obrigado a fazer concessões aos seus vassalos, assinando a Magna Carta.
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