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Vocês acham que a liberdade de expressão confere sinal verde para ofensas e associações de uma religião com armas, terrorismo e brincadeiras com ícones sagrados de um povo? Refiro-me às críticas vazias, pois quando esta vem para fazer com que as pessoas reflitam a fim de alcançar um ponto acima da ignorância, é muito válido, mas quando vem para deturpar a realidade, apenas fazer rir da crença alheia, acho mesquinho e não mais uma simples expressão de pensamento, mas uma ofensa. Me pergunto até aonde vai a tal "liberdade de expressão" - muito útil e pilar da democracia.
Nada justifica as mortes em Paris, aliás, nada justiça o terror e a morte de ninguém, mas não sou um "Charlie" depois que vi o nível das Charges do Jornal.
O Islã é uma religião como outra qualquer e não instiga seus fiéis a matarem, mas como em qualquer outra, há os fanáticos que pegam os textos sagrados e interpretam ao pé da letra, sem analisar o contexto. Daí surgem os terroristas, que devem ser combatidos. O jornal não os criticavam isoladamente, mas associava o mal a todos os muçulmanos.
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Nós tivemos um período, há uns 500 anos atrás, um período em que havia estados teocráticos cristãos. Querer comparar esse período ao que acontece agora é anacronismo.
Já esse texto aí, ou o autor é muito ignorante ou está de má-fé.teocracia e existência de religião oficial são coisas bem diferentes. Reino Unido, Dinamarca e Noruega são países que têm religião oficial, mas acho que ninguém considera essas nações como teocráticas.
O Velho Testamento está cheio de trechos que pregam a violência, o que é bem natural considerando que ele foi escrito há alguns milhares de anos, numa época em que a Lei de Talião era uma puta evolução - antes uma lei draconiana do que o império da vingança privada. Mas a sociedade evoluiu, e eu não conheço nenhuma liderança religiosa judaica ou cristã com algum prestígio/poder que desconsidere esse fator histórico e pregue uma leitura literal e anacrônica dos seus textos sagrados.
BTW, eu não curto as charges, acho de mal gosto e meio sem graça, mas isso é absolutamente irrelevante. Ontem o Hélio Shwartsman escreveu mais um artigo muito bom que termina com uma frase que, IMO, é emblemática: "Para funcionar plenamente, a democracia exige algum nível de insulto".
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A gente não precisa comparar com 500 anos não. É só pensar no IRA, nas bombas em clinicas de aborto, nos terroristas fundamentalistas (como aquele Norueguês que matou 96 pessoas em 2011) e para ser um pouco anacrônico na KKK.
Sim são coisas diferentes, o problema é que se você for literal e e entender teocracia como estado governado pelo clero, não restam muitas dessas no Islã também. Talvez eu tenha tropeçado um pouco. A diferença é que nos países islâmicos, a religião tem maior influencia direta na legislação e no julgamento das leis, o que não acontece nos países cristãos. Mas esse é um problema da religião Islâmica? Pode ser, mas eu acredito que não. Acho que é muito mais uma questão de "sorte", porque o cristianismo é mais presente no ocidente, onde o estado de direito predomina. Agora, se você instaura o cristianismo como religião oficial dos EUA, onde a bancada protestante é pior do que a nossa, você não acha que é mais um desculpa para se legislar com a bíblia?
Se ambos os livros são parecidos nesse sentido, o problema não seriam as lideranças religiosas?
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@DiegoSestito
O problema é esse autor que vc cita. Eu não li o livro dele, mas muitos que leram falam que ele escreve uma distopia, logo é uma ficção.
Sobre o budismo:
Ataque de budistas contra muçulmanos em Mianmar. | Blog Paracleto
G1 - Budistas atacam mesquita no Sri Lanka - notícias em Mundo
Shoko Asahara
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Última edição por Nacht; 12-01-2015 às 11:29. Razão: duplo
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O IRA era um grupo terrorista com fundamentos muito mais geopolíticos do que religiosos. Eles não atacavam protestantes de qualquer lugar do mundo, ou membros de outras religiões. Eles estavam muito mais interessados em conseguir sua independência do que em divulgar a doutrina ou a fé. O caso de um maluco avulso também não representa muita coisa.
Eu acho que a distinção que você tá tentando fazer é entre a doutrina islâmica e as instituições islâmicas. Não são os textos doutrinários que fazem o islã mais violento que o judaísmo ou o cristianismo. As três grandes religiões monoteístas assumem o Velho Testamento como texto sagrado. Mas as instituições católicas e judaicas entendem que esses textos não devem ser interpretados ao pé da letra.
Então eu concordo se você disser que o islamismo não é necessariamente violento ou retrógrado. Mas na prática é muito mais violento e retrógrado que judaísmo e cristianismo, por questões institucionais. E Não são poucos os estados islâmicos que são regidos pela sharia. Talvez os que sejam exclusivamente regidos sejam poucos, tipo Irã e Arábia Saudita. Mas eu acho que dá pra dizer que na maioria dos países islâmicos a sharia é fonte de direito em algum grau.
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O negocio eh sentar e dialogar.
Daih tudo se resolve
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Alias, pegando gancho no seu post, vc acha que os lideres de qq uma dessas religioes/movimentos realmente acreditam no que pregam?
Eu tenho quase certeza que TUDO eh uma grande briga por poder/dinheiro e que so usam a religiao (ou qq outra desculpa) e um bando de ignorantes como massa de manobra pra tudo isso.
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