[Politica Internacional]

[Fonteles]

@ekalil, você conhece alguém da Ku Klux Klan por aí?

De modo geral, eu respeito os republicanos, os conservadores e os apoiadores do livre mercado, porém o que me deixa intrigado é o fato de muitos aceitarem o apoio dessa entidade.

Assim como você se sente mal em observar que parcela minoritária da esquerda apoia regimes autoritários como o de Cuba (e você está certo nisso), eu me sinto incomodado com o fato de parcela minoritária da direita apoiar entidades racistas, segregacionistas e xenófobas, como a KKK, The Phineas Priesthood, Army God, dentre outras, por exemplo.

Qual a sua opinião sobre isso? Você tem sentido um recrudescimento nesses movimentos de intolerância em sua cidade?

Haha...Boa pergunta. Isso é uma coisa que me intriga tb.

Não conheço e nunca nem ouvi falar. O máximo são histórias de alguma cidade no meio do nada onde rolou uma manifestação da kkk, mas isso vc tb deve ter acesso.

EUA é um país muito maluco. Vc vai pra nova york e a parada é mega liberal, ninguém tem preconceito com nada, tudo numa boa. Aí vc vai pra um estado tipo north carolina e vê gente se referindo ao Obama como o Black president. É foda de entender.

Pode crer.

Outra coisa, no Brasil o racismo, geralmente, é velado, não é explícito que nem é aí nos EUA. É que as leis de segregação racial americanas foram derrubadas pela Suprema Corte somente em 1954 e o processo completo de dessegregação formal continuou até a década de 70. Culturalmente, esse processo continuou até ainda mais tarde do que isso. Assim sendo, talvez isso explique a razão do racismo nos EUA ser de ordem expressa, ao contrário do que ocorre aqui no Brasil.

Diante desse quadro, eu te pergunto: você já presenciou uma situação degradante e patente tal como essa apresentada? Você já sofreu preconceito por ser latino?

Eu nunca sofri nenhum preconceito direto não. Tem sempre alguém com má vontade, principalmente quando vc precisa de algum documento e coisas do tipo. Mas nada que tenha me ofendido.

Sobre negros, é nítido que existe uma tensão, mas isso raramente e exposto. As pessoas são racistas dentro de casa, mas na rua o politicamente correto fala mais alto e todo mundo se respeita. É bom pq a convivência fica melhor, mas ruim pq é uma puta hipocrisia.

Os EUA são cheios de hipocrisia aliás.

Mas tem algumas coisas bem bizarras. Tipo, em quase todas cidade tem um bar frequentado só por brancos, que negro não vai. E.outros que é o contrário. Não é por questão de preço nem nada. É só que gostam de ter a sua turminha (claro que a grande maioria dos bares não é assim, tô falando que existe esse tipo de coisa).

Então quer dizer que o politicamente correto é uma coisa boa? Aliás, o que é ser politicamente correto, mesmo?

Dois textos:

Kareem Abdul Jabbar -

https://www.washingtonpost.com/posteverything/wp/2016/02/22/kareem-abdul-jabbar-in-defense-of-political-correctness/?utm_term=.d156d2ba337d

André Castro -

https://papodehomem.com.br/politicamente-correto-uma-defesa/

E um texto de hoje, da Moira Weigel do The Guardian -

https://www.theguardian.com/us-news/...y-donald-trump

É claro que o politicamente correto tem os seus exageros e suas bobagens que devam ser descartadas. No entanto, a mídia americana (mais progressista, claro) já se ligou que, por trás da ojeriza ao termo, muitas vezes o que se esconde, na verdade, é um discurso de ódio e intolerância. Isso deve ser combatido pela esquerda e direita democráticas.

[RKint]

Hahaha o Fonteles depois de pedir as fontes do Alvinho e do Peba virou um replicador de manchetes.

[Picinin]

Ser politicamente correto, IMO, é afetar qualidades que não tem, ou criar regras para um mundo fantasioso que desconsidera o mal inerente ao ser humano e à natureza em geral. E, como é um erro de percepção da realidade, é um mal, sim.

[ekalil]

Assim como tem locais que são frequentados por homens e outros por mulheres. Deve ser o tal do machismo.

Assim como tem locais frequentados por heteros e outros por homossexuais. Deve ser a tal da homofobia.

Assim como tem locais frequentados por latinos... a tal da xenofobia.

Assim como tem locais frequentadados por católicos, evangélicos, ubandistas, muçulmanos etc... a tal da intolerância religiosa.

Coisa mais normal do mundo a sociedade se juntar em tribos, tem a ver com a cultura, mas nego prefere encaixar tudo na ideologia deles pra fazer política.

Eu nunca vi no Brasil um bar quem tenha 100% negros e outro 100% brancos. Mas vezes onde há algo parecido com isso o motivo é preço é não simplesmente segregação racial.

[ekalil]

@ekalil, você conhece alguém da Ku Klux Klan por aí?

De modo geral, eu respeito os republicanos, os conservadores e os apoiadores do livre mercado, porém o que me deixa intrigado é o fato de muitos aceitarem o apoio dessa entidade.

Assim como você se sente mal em observar que parcela minoritária da esquerda apoia regimes autoritários como o de Cuba (e você está certo nisso), eu me sinto incomodado com o fato de parcela minoritária da direita apoiar entidades racistas, segregacionistas e xenófobas, como a KKK, The Phineas Priesthood, Army God, dentre outras, por exemplo.

Qual a sua opinião sobre isso? Você tem sentido um recrudescimento nesses movimentos de intolerância em sua cidade?

Haha...Boa pergunta. Isso é uma coisa que me intriga tb.

Não conheço e nunca nem ouvi falar. O máximo são histórias de alguma cidade no meio do nada onde rolou uma manifestação da kkk, mas isso vc tb deve ter acesso.

EUA é um país muito maluco. Vc vai pra nova york e a parada é mega liberal, ninguém tem preconceito com nada, tudo numa boa. Aí vc vai pra um estado tipo north carolina e vê gente se referindo ao Obama como o Black president. É foda de entender.

Pode crer.

Outra coisa, no Brasil o racismo, geralmente, é velado, não é explícito que nem é aí nos EUA. É que as leis de segregação racial americanas foram derrubadas pela Suprema Corte somente em 1954 e o processo completo de dessegregação formal continuou até a década de 70. Culturalmente, esse processo continuou até ainda mais tarde do que isso. Assim sendo, talvez isso explique a razão do racismo nos EUA ser de ordem expressa, ao contrário do que ocorre aqui no Brasil.

Diante desse quadro, eu te pergunto: você já presenciou uma situação degradante e patente tal como essa apresentada? Você já sofreu preconceito por ser latino?

Eu nunca sofri nenhum preconceito direto não. Tem sempre alguém com má vontade, principalmente quando vc precisa de algum documento e coisas do tipo. Mas nada que tenha me ofendido.

Sobre negros, é nítido que existe uma tensão, mas isso raramente e exposto. As pessoas são racistas dentro de casa, mas na rua o politicamente correto fala mais alto e todo mundo se respeita. É bom pq a convivência fica melhor, mas ruim pq é uma puta hipocrisia.

Os EUA são cheios de hipocrisia aliás.

Mas tem algumas coisas bem bizarras. Tipo, em quase todas cidade tem um bar frequentado só por brancos, que negro não vai. E.outros que é o contrário. Não é por questão de preço nem nada. É só que gostam de ter a sua turminha (claro que a grande maioria dos bares não é assim, tô falando que existe esse tipo de coisa).

Então quer dizer que o politicamente correto é uma coisa boa? Aliás, o que é ser politicamente correto, mesmo?

Dois textos:

Kareem Abdul Jabbar -

https://www.washingtonpost.com/posteverything/wp/2016/02/22/kareem-abdul-jabbar-in-defense-of-political-correctness/?utm_term=.d156d2ba337d

André Castro -

https://papodehomem.com.br/politicamente-correto-uma-defesa/

E um texto de hoje, da Moira Weigel do The Guardian -

https://www.theguardian.com/us-news/...y-donald-trump

É claro que o politicamente correto tem os seus exageros e suas bobagens que devam ser descartadas. No entanto, a mídia americana (mais progressista, claro) já se ligou que, por trás da ojeriza ao termo, muitas vezes o que se esconde, na verdade, é um discurso de ódio e intolerância. Isso deve ser combatido pela esquerda e direita democráticas.

Como falei no meu post, há o lado bom e o lado ruim.

Não seria legal um racista sair pela rua ofendendo negros. É melhor que ele o trate com respeito e seja racista dentro de casa. Desnecessário dizer que o ideal seria que não fosse racista, mas tô falando da realidade.

[Picinin]

Se o cara sair ofendendo quem quer que seja, ele vai para na delegacia e tomar um processo. Isso não tem nada a ver com politicamente correto, isso tem a ver com cumprir a lei.

[ekalil]

Se o cara sair ofendendo quem quer que seja, ele vai para na delegacia e tomar um processo. Isso não tem nada a ver com politicamente correto, isso tem a ver com cumprir a lei.

Nah, tem várias formas mais sutis de ofender que não vai levar o cara pra delegacia. Mas eu entendi a sua crítica ao politicamente correto é até concordo com ela.

Sinceramente eu não sei se um gay / negro / mulher se sente melhor sendo respeitado, nem que seja algo falso ou ouvindo um monte de piadinhas e encarando o preconceito mais de frente, como é jo Brasil.

[Picinin]

Se o cara sair ofendendo quem quer que seja, ele vai para na delegacia e tomar um processo. Isso não tem nada a ver com politicamente correto, isso tem a ver com cumprir a lei.

Nah, tem várias formas mais sutis de ofender que não vai levar o cara pra delegacia. Mas eu entendi a sua crítica ao politicamente correto é até concordo com ela.

Sinceramente eu não sei se um gay / negro / mulher se sente melhor sendo respeitado, nem que seja algo falso ou ouvindo um monte de piadinhas e encarando o preconceito mais de frente, como é jo Brasil.

Essas formas sutis eu já considero afetação politicamente correto.

É a galera que não quer apenas o respeito negativo - ou seja, que me deixe viver quieto sem me agredir. É a galera que quer o respeito positivo, admiração. E é óbvio que ninguém admira todo mundo, mas os politicamente corretos fingem admirar para parecerem bonzinhos pro resto do mundo. São os feministos, os defensores incondicionais da "cultura negra", etc.

[Fonteles]

Achei legais estas definições:

"Most dictionaries agree with the basic definition that political correctness, as we see it today, is the idea that people should be careful to not use language or behave in a way that could offend a particular group of people. But what it mostly comes down to is not being a jerk to others. In other words, political correctness could almost be interchanged with the word respect, or kindness, or with the act of being non-judgmental. Of course, being PC also means not calling someone a racial slur, not making judgments based on gender stereotypes, or making assumptions about someone’s perceived sexual orientation. It’s about not oppressing a group of marginalized people. But it’s mostly about not being a jerk."

"But political correctness is a longstanding American tradition and a deeply rooted value. Our country’s founders placed a premium on the ability to persuasively articulate opposing viewpoints. They rejected government censorship precisely because they trusted individuals could and would regulate themselves in our proverbial “free marketplace of ideas.” They didn’t prohibit offensive speech because they believed truth lost its vigor unless confronted with falsehoods, and tolerance lost its social acceptance unless it could stand in contrast with ugly prejudices. They knew the value of an idea laid in its ability to gain favor in debates, which should be, in Supreme Court Justice William Brennan’s words, “uninhibited, robust, and wide-open.” Trump can say what he will about Muslims and Mexicans, but thoughtful journalists and pundits can and should say what they will about Trump."

"Political correctness is why 'retarded' is now 'learning disabled'. 'Retarded' had become a pejorative in American culture, a school yard bully term used to demean."

Basicamente, é agir com respeito e com decência humana mínima. O que, evidentemente, não significa tolher o direito de expressão, nem tampouco implica em censura, o que seria inadmissível, claro.

Fonte: Political Correctness Is An Absolute Must

[Fonteles]

Nossa, não tem absolutamente nada a ver com "respeito positivo, admiração".

Eu não chamo um homossexual, que eu não conheço, de baitola, veado, ou outros termos ofensivos. Eu não chamo alguém na rua, que eu não conheço, de "ô, preto". Eu não chamo uma pessoa com síndrome de down de "ô, retardado", "ô, mongol". E eu não admiro nenhuma dessas pessoas, até mesmo porque eu não as conheço. Isso não é afetação. É respeito.

Existem diversas outras formas sutis de ofensa ("serviço de preto", "não sou tuas nega", "opção sexual", etc) e evitá-las é apenas agir de maneira decente.