Quita, quita
Quita, quita
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Voltando ao assunto do brasileiro que morreu em cancun.
https://www.facebook.com/video.php?v...type=2&theater
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ai lagosta como nego ta ficando com doce bom no rj rs
Última edição por chumboryson; 18-01-2015 às 14:56.
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Eu avisei lá atrás que a discussão ia acabar com essa falácia de que quem discorda do Irineu e do kizk é porque não conhece a quebrada. Não deu outra. E nego ainda tem a cara de pau de falar que não posta argumentos e dados porque ninguém vai ler. Impossível discutir com prosélito
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Muito mais facil colocar a culpa (100%) no sistema. Nao vale a pena tentar superar tudo isso ja que o erro eh do sistema e nao meu. Logo, que se foda o resto. BTW, nao estou dizendo que a culpa eh dos meninos da periferia - que fique claro.
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Nice história do seu pai. Parabéns.
Falando em pais, o Rocksfeller comentou em um post que o jovem que está dentro da favela não tem a visão que nós temos de fora, fica perdida, sem ambição, etc. Eu acho que isso é verdade e acho tb que os pais tem um papel fundamental nessa orientação.
Eu vejo mtos país que tomaram decisões erradas na vida, mas tem consciência disso e não querem o mesmo pros filhos. Essa auto crítica é mto importante. Ao mesmo tempo, tb já vi vários pais que nao dão esse tipo de orientação e tem aquele espírito de "não estudei, perdi oportunidades, mas tô aqui vivo, com saúde, bebendo com meus amigos e é isso que interessa".
A criança dificilmente vai conseguir enxergar qual o melhor caminho, mas os pais, com uns 20/30 anos a mais de vivência, normalmente sabem.
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Opa. Ontem eu li do celular e acabou passando batido. A situação socioeconômica dos negros nos EUA não mudou significativamente. A proporção de negros entre os mais pobres se manteve estável depois de décadas de política de cotas. Existe um livro de um economista negro chamado Thomas Sowell sobre as políticas de ações afirmativas no mundo. A conclusão que ele chegou é que essa ações são inócuas.
E os EUA eram um país segregacionista até a década de 50. As cotas foram implantadas pouquíssimo tempo depois que as leis segregacionistas foram abolidas, portanto o potencial de gerar tensão social é muito menor do que no Brasil, onde a integração entre brancos e negros é muito maior.
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Vou tentar explicar da forma mais didática que eu consigo.
Meritocracia é um sistema em que você delega determinadas competências a quem tem mais méritos. E mérito não é a mesma coisa que esforço. Esse sistema é benéfico pra toda a sociedade, porque a torna mais eficiente.
O fato de as pessoas partirem de pontos diferentes não faz a meritocracia injusta, porque o objetivo da meritocracia não é promover igualdade, mas selecionar os mais aptos. Se o sujeito é mais apto porque nasceu em uma família mais estruturada, ou porque nasceu na zona sul, ou porque deu sorte na loteria genética é irrelevante. A meritocracia é uma forma de gestão de pessoas.
Se o cara que mora na quebrada ganha mal porque só consegue ser pedreiro, o problema não tá na meritocracia. O problema tá na distribuição de renda, porque ainda que ser pedreiro seja mais fácil do que ser neurocirurgião, ou CEO de uma grande empresa, isso não significa que o pedreiro não tenha direito a uma remuneração que lhe permita morar num lugar seguro, com reboco na parede, água encanada, esgoto, luz, que lhe permita comprar roupa e comida pra sua família e ainda ter um troca pra tomar uma no fim de semana.
Acabar com a meritocracia não resolve nada, porque se eu resolvo escolher o neurocirurgião do hospital público por sorteio - e não pelos méritos individuais - quem se fode é o paciente. Se o sorteado é um morador de rua que não tem nem primeiro grau, a situação do morador de rua melhora pra caralho, mas a dos milhares de pacientes dele piora pra caralho. Isso é justo? Óbvio que não.
Quanto ao discurso do Criolo que eu critiquei, ele reflete basicamente esse ideário de esquerda de que não existe natureza humana, que somos frutos da sociedade. E, como eu disse, isso é uma merda porque diminui o indivíduo, o coloca como vítima do próprio destino, e não como protagonista.
Respondendo à sua pergunta, eu acho que quem quer tem que fazer por onde. Não significa que você sempre vai conseguir tudo que quer só com seu esforço, mas você certamente não consegue nada se não tenta. Então o cara que nasce na favela tem sim a possibilidade de melhorar. E melhorar não é só virar um milionário e ir morar numa mansão na zona sul. Se ele consegue ter mais conforto na vida adulta do que na infância ele já venceu. Se ele não consegue ter um curso superior, mas consegue fazer com que seus filhos tenham, já é uma vitória. É o suficiente? Lógico que não. Mas falar pro sujeito que ele está fadado e determinado destino em razão das condições sociais em que ele nasceu, além de ser uma mentira, é extremamente contraproducente.
Quer mudar a situação quem mora na quebrada, quer reduzir a desigualdade, brigue por políticas públicas como valorização do salário mínimo, melhora da educação de base, transporte púbico, saneamento e moradia, etc. Não trate o sujeito da quebrada como um incapaz. Isso é ruim pra ele e pra sociedade. Bater palma pra tudo que vem da quebrada pode aplacar a consciência da galera "do bem", mas dificilmente vai melhorar a situação dessa galera. Muitas vezes a crítica (e a autocrítica) é necessária.Não adianta reclamar que nego não tem uma condição familiar boa,mas aplaudir a cultura do funk putaria, que contribui pro absurdo número de mães solteiras nas quebradas.
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