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flessak
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Dellbono
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A questão dos agente públicos agrava-se quando percebe-se que, no caso em questão, havia um sistema montado para exigir das empresas um percentual em troca do superfaturamento, ou seja , não foram as empresas que ofereceram a propina para fraudar os contratos, mas a quadrilha que criou mecanismos para que só participasse quem aceitasse integrar a fraude.
Cara, você pode dizer de onde tirou essa conclusão? Para mim, do que eu li, não consigo perceber isso.
No áudio do depoimento do ex diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa ele diz claramente que todos os contratos da diretoria dele eram superfaturados em 20% e, do valor bruto, 3% eram repassados para o esquema.
Todas as empresas que licitavam já sabiam que funcionava assim.
É bem diferente de um sistema que funcione de forma correta onde aprecem dois , ou três, agentes privados e corrompem um diretor, no caso do Paulo Roberto a indicação dele já foi feita com esse objetivo bem definido.
O doleiro Youssef disse inclusive, em seu depoimento, que o ex presidente Lula foi muito pressionado pelos partidos da base aliada para que o Paulo Roberto fosse nomeado.
Como o assunto é polarizado não precisa nem acreditar nas análises da imprensa, basta dar um Google e ouvir o que foi divulgado do depoimento, na íntegra, acredito que chegará a mesma conclusão exposta no meu post.
Não consigo ter essa interpretação, e nem chegar à mesma conclusão.
Acho bem precipitado afirmar que o Paulo Roberto foi colocado lá com esse objetivo, ou que desde o início o objetivo era superfaturar para financiar partidos políticos, ou que as empresas aceitaram passivamente esse esquema, e só participaram porque seria a única forma de contratar com a Petrobras (como alguém bem disse, acho que o @
Vinicius, o Brasil foi construído por essas empreiteiras dessa forma).
Ainda mais quando os áudios vazados são parciais - porque, p. ex., não há referências a toda aquela gama de políticos (inclusive ao Eduardo Campos) citados na primeira oportunidade em que a imprensa divulgou nomes que teriam sido mencionados pelo Paulo Roberto?
Além disso, e essa é uma opinião pessoal, sempre tendo a desconfiar e aguardar o curso de investigação baseada em delação premiada. No desespero, o camarada fala qualquer coisa - e, principalmente, fala aquilo que o investigador quer ouvir. Em se tratando do Youssef, então, a desconfiança é ainda maior, já que ele teve a prisão preventiva decretada no curso da Lava-Jato porque o acordo dele de delação na investigação do Banestado (ele era o operador de todo o esquema de contas CC5) não foi cumprido. Esse fato inclusive fez a PF (ou o Sergio Moro, nao recordo) cogitar em não aceitar um novo acordo de delação agora.