Postado originalmente por
Dellbono
Postado originalmente por
PebaVermelho
Postado originalmente por
lkafer
Outro trecho vazado que não entendi o contexto:
Paulo Costa "Na minha agenda, que foi apreendida, tem uma tabela que foi detalhada junto ao MP. E esta tabela revela valores de agentes políticos de vários partidos relativos à eleição de 2010"
São valores desviados e o operador opta por guardar provas contra si mesmo durante 4 anos?
São valores doados legalmente pelas Construtoras e declarados a justiça eleitoral?
PS: votei no Aécio no 1º turno e, mesmo indeciso, pretendo manter o voto no 2º. Só não estou entendendo estes vazamentos que parecem meio fora de contexto.
Parabéns pelo ceticismo. Essa imprensa nos exige isso mesmo. Eu descobri que a imprensa mentia sobre Pasadena levantando questionamentos como esses que você faz agora, só que no meu caso eu comecei a averiguar a partir de cliff notes do escândalo feitas pelo Dellbono. Em poucos dias a própria imprensa já trazia reportagens que contradiziam a história inicial, só que sem assumir diretamente que mentiu, claro.
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Dellbono, estou aguardando cliff notes desse novo caso. De preferência da mesma forma esquemática que você fez da outra vez, apresentando as acusações e o que está provado e o que não está. Valendo +REP.
Desta vez, não é possível culpar a imprensa.
Estou na correria aqui na loja então farei um cliff notes bem básico.
1- A polícia prendeu o doleiro Youssef durante a operação Lava a Jato.
2- No dia que a prisão ocorreu, escutas autorizadas pela justiça, flagraram o ex diretor Paulo Roberto Costa telefonando para casa e pedindo para a família destruir uma série de documentos e arquivos de computador
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lkafer, aqui dá pra ver que não se sustenta o fato de se considerar "estranho" ele ter uma agenda com nomes.
Tanto é que ele foi preso, justamente por ter sido flagrado tentando destruir esses documentos.
3- As buscas e apreensão na casa de Paulo Roberto, e também na do doleiro Youssef, encontraram documentos que comprometiam vários políticos. Entre os documentos havia até um comprovante de depósito de Youssef, diretamente (lol) na conta do senador Fernando Collor.
4- Paulo Roberto negou tudo até que descobriram uma conta dele na Suíça com um saldo de milhões de reais.
5- A situação jurídica do réu complicou-se e a estimativa de pena era de até 40 anos de prisão.
Diante da pressão da família, e contra a vontade do seu advogado, o réu resolveu fazer uma acordo de delação premiada.
Vale lembrar que a delação só tem valor, caso as pistas e provas fornecidas sejam robustas.
Na delação , sob segredo de justiça até agora, Paulo Roberto denunciou todo o esquema. Entregou nome de diretores e donos de empreiteiras.
O áudio mostrado ontem, não faz parte da delação premiada e refere-se a um depoimento na justiça federal, onde o juiz recomendou que não citasse nomes de políticos, por conta do segredo de justiça do outro processo.
Esse depoimento de ontem não está sob sigilo, portanto não houve qualquer ilegalidade no vazamento.
É bem crível o que diz Paulo Roberto, pelos seguintes motivos:
1- A delação não teria valor se ele não tivesse apresentado provas ou pistas contundentes.
2- Ele aceitou devolver 70 milhões de reais que teria recebido de propina durante o esquema.
3- A justiça federal, o ministério público e o ministro do STF Teori Zavascki aceitaram o termo da delação e o libertaram, significando que ele de fato forneceu informações fundamentais para desbaratar o esquema.
4- Não é crível que um diretor tenha recebido 70 milhões de propina (e quanto a esse valor não há mais dúvida, ele admitiu, e vai devolver) sem a anuência de políticos numa esquema muito maior.
Estima-se que as movimentações do Youssef, doleiro do esquema, tenha movimentado bilhões de reais.