Postado originalmente por
JHM
Postado originalmente por
Picinin
A lei concede tutela especial aos índios não aculturados exatamente porque é a condição de silvílcola que os faz vulneráveis. Uma população indígena que não pode ser distinguida culturalmente do resto da população não merece tutela especial, IMO.
E o princípio da legalidade em sentido amplo se aplica a relações entre particulares. Quando cobra pedágio, o índio não está agindo como particular, mas como Estado.
BTW, a questão indígena é a face mais clara da imbecilidade antropológica. Graças à brilhante tese coitadista de que o que importa é o autorreconhecimento como indígena, e não o reconhecimento histórico como indígena, já tá cheio de malandro se autodeclarando índio pra ganhar terra e benesses da FUNAI.
Eu discordo de quase tudo que você disse, mas se tiver alguma fundamentação sobre o que disse, gostaria de ter contato.
Quanto a parte do "culturalmente distinto", concordo. Somente enquanto for culturalmente distinto o índio merece proteção, mas qual o argumento de que eles não sejam distintos? Sequer falam o idioma oficial brasileiro. Se isso, por si só, já não é uma distinção cultural, não sei o que é.
Sobre o índio que cobra pedágio, quer dizer que ele age como Estado? Então, por base na sua argumentação, os pedágios são manifestamente ilegais quando não cobrados pelo Estado. Assim sendo, não entendo o porque de tanta revolta com o índio, quando a maior parte da usurpação em pedágios é realizada por empresas em nosso país, principalmente no estado de São Paulo. Só falta agora que venham dizer que os valores dos pedágios são justos...
BTW, imbecilidade ou não; toda essa proteção às comunidades indígenas, construídas por meio de estudos sociológicos e sedimentadas na Constituição (aka Lei Maior) têm muito mais embasamento e consistência do que sua mera opinião sobre o que é importante ou não para o índio; sendo que você não me parece ter nem legitimidade, nem autoridade suficiente para se manifestar como arauto do "reconhecimento histórico indígena", seja lá o que esse argumento tenha significado...