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Tópico: Tópico da macumba. Umbanda, Candomblé e afins.

  1. #401
    World Class Avatar de luigibr
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    Citação Postado originalmente por mengoo Ver Post
    @luigibr manda por mp não coloca em spoler se acha que desvirtua esse topico. Certeza que tem mais gente interessada no assunto.
    A hora em que eu acordar, eu posto aqui então.
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  2. #402
    World Class Avatar de rocksfeller
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    Na religião de vocês, o que é ensinado sobre a criação do mundo? Como ele surgiu? Seguem a mesma idéia do criacionismo ou alguma outra?

    Além disso, existe algum ensinamento/conhecimento sobre outros planetas? Não outros mundos/planos paralelos como vcs já explicaram, mas sobre outro planeta do universo com vida ou algo do tipo.


    Desde já agradeço a atenção.
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  3. #403
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    Citação Postado originalmente por rocksfeller Ver Post
    Na religião de vocês, o que é ensinado sobre a criação do mundo? Como ele surgiu? Seguem a mesma idéia do criacionismo ou alguma outra?

    Além disso, existe algum ensinamento/conhecimento sobre outros planetas? Não outros mundos/planos paralelos como vcs já explicaram, mas sobre outro planeta do universo com vida ou algo do tipo.


    Desde já agradeço a atenção.
    Desculpe não responder antes (vi sua MP).
    Não sei se vou saber responder essa pergunta da melhor maneira. Creio que o @luigibr possa dar uma resposta melhor..

    É algo mais ou menos como conta a igreja católica, mas com nomes diferentes e progressão diferente.
    Para a Umbanda quem criou o mundo foi Olorum (alguns chamam de Olodumaré) que deu uma espécie de missão a cada um dos orixás que ficariam responsáveis por criar e cuidar de determinadas coisas para formar o mundo.

    Sobre vida em outros planetas ou algo assim, não tenho conhecimento suficiente pra responder.
    Espero que o @luigibr possa dar uma resposta melhor elaborada.
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  4. #404
    World Class Avatar de Bombado
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    Depois tento explicar alguns pontos.
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  5. #405
    World Class Avatar de luigibr
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    25/11/09
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    Desculpem-me todos pela demora em responder a este tópico. Eu realmente me esquecera dele, por mais que o Tapatalk me notificasse. Era algo de abrir, ler e pensar "preciso escrever bastante, faço depois" e eu esquecia depois.

    Vamos lá, por partes.
    @mengoo e @Trem_mineiro, referente às influências pagãs no Cristianismo, acredito que entre na parte do "afins" do tópico.

    é tl;dr, então take your time. Também não vou ficar negritando, só vou tentar deixar parágrafos melhores pra readbility.

    A Roda do Ano Pagã do Norte (no Hemisfério Sul, os feriados se invertem, por causa das estações do ano) foi fundamental na construção do calendário cristão. É sabido que os santos católicos assumiram posições antes ocupadas por deuses pagãos, para facilitar a aceitação. São Jorge, por exemplo, tem as caraterísticas de Marte, citando um. Outra coisa que os católicos fizeram foi erguer igrejas e templos em locais usados pelos povos pagãos para adoração, fazendo com que eles tivessem que ir aos mesmos lugares. O terceiro principal aspecto foi a demonização do principal deus dos pagãos. Cernunnos, o deus de chifres dos povos celtas, foi usado como base pro diabo cristão. Até então, o "shaitan", o "inimigo" não tinha uma imagem. Alguns diziam que ele era um anjo lindo, pela imagem de Lúcifer, antes Lucibel, inclusive, o Luciferianismo se baseia nessa imagem dele.

    Quando os cristãos viram os povos celtas celebrando um deus da fertilidade, com símbolos fálicos e chifres, foi muito fácil torná-lo o demônio.

    E a outra forma encontrada pelos católicos para isso foi, como eu disse, adaptar as festividades pagãs ao Cristianismo. Vou citar os oito feriados, e seus correspondentes.

    O Ano Novo Celta é uma festividade de 24 horas que começa ao pôr do sol do dia 31 de outubro e termina quando ao pôr do sol do dia 01º de novembro. Essa festividade é chamada de Samhain, que significa "Fim do Verão". O Ano Celta é dividido em duas metades, e Samhain marca o começo da metade escura do ano, quando a Lua é mais forte que o Sol.

    Em Samhain, o deus morre, e seu sacrifício de sangue rega as sementes para que elas sobrevivam ao ápice do outono e ao inverno frio. Através do sacrifício do deus, a sobrevivência é permitida.

    Nessa data, o véu que separa o mundo dos vivos e dos mortos está mais fino, e aqueles que morreram podem vir aqui e banquetear com seus parentes vivos. Ao mesmo tempo, os espíritos que morreram no ano anterior fazem a passagem, e os que vão nascer no ano seguinte também.

    Os cristãos decidiram que não poderiam adorar a todos os espíritos mortos, mas ainda precisavam de um feriado, dedicado aos santos. Era criado o "Dia de Todos os Santos". Em inglês, "All Hallows", depois "All Saints ou All Souls". Daí vem o nome "Halloween", de "All Hallows Eve". O dia dos mortos, ou Finados, foi colocado no dia seguinte, mas o costume de se homenagear os mortos na época ficou.

    O Sabbath, ou feriado, seguinte da Roda do Ano é Yule. Yule é o Soltício de Inverno. Acontece entre 21 e 23 de dezembro, dependendo do ano. Nesse feriado, é celebrado o nascimento do Deus, morto em Samhain, como a criança da promessa, aquela que vai trazer o sol e a salvação para a colheita e o povo. Yule é a noite mais longa do ano. Depois dessa data, a cada dia que passa, o sol passa mais tempo no céu, ganhando força e voltando a ser dominante aos poucos.

    Desde tempos imemoriais, os povos celtas cortavam um pinheiro, árvore cujo formato cônico simboliza a magia vindo dos céus e se abrindo para a terra, decorado com bolos, frutas, enfeites coloridos e uma estrela na ponta, o símbolo dos cinco elementos. Guirlandas são penduradas nas portas das casas para afastar os maus espíritos, e temos a Mãe Natureza e o Pai Tempo dando a luz ao Bebê Sol.

    Para celebrar os tempos melhores, trocavam presentes entre si, cantavam canções que celebravam a família e comiam fartamente, para comemorar os tempos ruins que tinham passado (sobreviver ao topo do inverno era a parte mais difícil).

    Foi só depois do Ano 300 que a Igreja determinou o Natal como sendo no dia 25 de dezembro. Era costume no Ocidente dizer que Jesus nascera no dia 25, mas não sabiam de que mês. Aliás, se for para usar um padrão histórico, a Bíblia diz que havia pastores conduzindo ovelhas na região, e ninguém faz isso no inverno. Muito mais provável que Jesus tivesse nascido na primavera. Mas como o festival do deus bebê era em dezembro, foi decidido que esse seria o mês.

    Aliás, alguns cristãos fundamentalistas, incluindo Martin Luther, rejeitavam profundamente essas celebrações de natal, por conhecerem suas origens pagãs. E por um tempo, era proibido celebrar esse feriado.

    O visco e o carvalho, conhecidas como plantas típicas do Natal, eram símbolos da fertilidade e da vida longa.

    O feriado seguinte é Imbolc. Imbolc simboliza as últimas chuvas do inverno, o frio saindo e a primavera começando. É celebrado em 2 de fevereiro, e era também chamado de Brigit's Day, em homenagem à Deusa Brigit.

    Era o Festival da Luz, das velas, do amor. Aliás, a palavra "Bride" em inglês é uma homenagem ao outro nome de Brigit, Bride. Como era a deusa mais amada da Irlanda, os católicos a transformaram em Santa, Santa Brígida.

    O festival de Brigit era um que celebrava a Deusa Mãe voltando a ser Donzela, e namorando o deus, agora jovem. Era a celebração do fogo da paixão, da conquista, do namoro.

    Não por coincidência, o dia de São Valentim, que é o dia dos Namorados em boa parte dos países do Norte, é em fevereiro.

    Em março chega Ostara.

    Ostara e o equinócio de Primavera, e marca o ponto de equilíbrio entre o sol e a lua. O dia e a noite têm a mesma duração, e, a partir daí, o sol ganhará da lua. O Deus será mais celebrado que a Deusa. Mas Ostara é a celebração dessa fertilidade.

    Como Jesus supostamente nasceu em dezembro, Maria tinha que ter tido 9 meses de gestação. Por isso, deram a 25 de março (dois a três dias depois do Equinócio de Primavera) a festa da Anunciação de Maria, quando ela recebe a notícia que receberia o filho de deus.

    Esse era o festival no qual a Deusa virgem (virgem, em sua associação original da palavra, significando "não casada") se deitava com o Deus Sol, que tinha acabado de derrotar seu rival noturno. Mas como o clima não é bom para um festival externo, essa celebração é, geralmente, feita mais tarde.

    A principal confusão cristã dessa data é a que leva o nome bem semelhante a Ostara, A Páscoa. Em inglês, o nome do feriado (Easter) vem da deusa Eostre (que também dá nome ao hormônio feminino, estrogênio).

    Eostre tem como símbolos o coelho e o ovo (símbolos maiores da fertilidade). Daí temos a origem do coelhinho e dos ovos da Páscoa.

    Nessa data, Jesus venceu a morte. O deus solar venceu seu rival noturno.

    Além de Ostara, havia o dia específico de celebração à Deusa Eostre, que era na primeira Lua Cheia depois do Equinócio de Primavera. Se vocês se perguntam do porquê de a Páscoa mudar tanto de data, é porque ela sempre acontece no domingo seguinte à primeira Lua Cheia depois do Equinócio de Primavera. Domingo, porque Domingo (Sun Day) é o dia de celebrar o deus sol, que é a principal representação do Deus Cristão. E eles foram tão preocupados em não celebrar a Deusa da Lua, que, se a Lua Cheia for no domingo, a Páscoa é no domingo seguinte.

    E se vocês querem mais uma associação, praticamente todas as religiões pagãs tratam de um período no qual a Deusa desceu ao submundo, e retornou no terceiro dia. Três dias, porque na Lua Nova, a lua fica três dias oculta. Um dia antes, no próprio dia, e no dia depois. Então, nas tradições, nessa época do ano é que ela foi ao submundo, e retornou em toda sua magnificência no terceiro dia. Coincidência que Jesus voltou no terceiro dia?

    Em maio, temos Beltane, o segundo principal feriado pagão. Ele marca o começo do verão celta, e é celebrado no dia primeiro de maio (na verdade, começa ao pôr do sol do dia 30 de abril). O mês é uma honra à Deusa Maia, uma das ninfas das montanhas gregas, filha de Atlas e Pleione, e mãe de Hermes, o deus da magia e dos ventos.

    Em Beltane, mastros são erguidos para se dançar ao redor, fogueiras são puladas e procissões da Tora de Beltane, na qual as moças que querem se casar no ano seguinte tentam tocar a Tora. Há costumes ainda no Brasil no qual em maio, mês das noivas, uma procissão é feita com uma tora de madeira, e as solteiras que querem se casar tocam nessa tora.

    O próximo feriado pagão é Litha.

    Litha é o solstício de Verão, e celebra o dia mais longo do ano. Geralmente, acontece entre 20 e 23 de junho. É o festival do Meio de Verão. A "Midsummer Night" à qual Shakespeare se referia.

    Aqui também havia o costume de se acender fogueiras, além de lanternas e balões, para iluminar e trazer sorte. Aqueles que queriam as bênçãos do fogo novamente pulavam as fogueiras, se misturavam, dançavam ao redor do fogo. (São João, alguém?)

    Depois temos Lammas.

    Lammas marca o fim do verão. Depois disso, o outono começa a pegar força, acontecendo por volta de Primeiro de Agosto. Lammas, também chamado de Lughnnasadh, é o festival de Lugh, mais um festival do fogo, que marca a primeira colheita. Este aqui é um festival que era tão carregado de influências pagãs que os cristãos preferiram evitar de celebrar.

    O último dos feriados pagãos é Mabon. Mabon celebra o equinócio de Outono. É a última data do ano na qual o dia e a noite têm a mesma duração. A partir daí, a noite começa a ganhar força, e a ter uma duração cada vez maior.

    Mabon é celebrado entre 20 e 23 de setembro. Ele marca o momento no qual Goronwy, a escuridão, finalmente venceu Llew (Lugh), e começa a vencer o sol. Ele clama para si Blodeuewdd, a Deusa, e se torna o rei por mais um período.

    O sacrifício de Llew banha as sementes fortes, e essa é a segunda colheita, a colheita principal. Também é um festival altamente pagão, então tem poucas referências cristãs.

    Depois de Mabon, volta Samhain, e a Roda gira mais uma vez.

    Samhain -> Yule -> Imbolc -> Ostara -> Beltane -> Litha -> Lughnasadh -> Mabon -> Samhain, e a Roda nunca termina.

    Espero que seja o que vocês esperavam.
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  6. #406
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    Citação Postado originalmente por rocksfeller Ver Post
    Na religião de vocês, o que é ensinado sobre a criação do mundo? Como ele surgiu? Seguem a mesma idéia do criacionismo ou alguma outra?

    Além disso, existe algum ensinamento/conhecimento sobre outros planetas? Não outros mundos/planos paralelos como vcs já explicaram, mas sobre outro planeta do universo com vida ou algo do tipo.


    Desde já agradeço a atenção.
    Olodumare, Senhor Supremo dos Nossos Destinos, também conhecido como Olorum, Senhor do Orum, criou o primeiro dos Orixás, Oxalá e deu-lhe a incumbência de criar o mundo, entregando-lhe o saco da criação.No momento da criação já haviam outros Orixás habitando o Orum, Oxalá foi aconselhado por Orumilá a oferendar o Orixá Exu antes de empenhar sua tarefa.Oxalá olvidou o conselho e partiu sem fazer suas oferendas, no que Exu usou de seus poderes criando em Oxalá muita sede.Chegando ao local onde o mundo seria criado, encontrou uma palmeira, com seu cajado, opaxorô, fez um furo na palmeira e bebeu seu vinho.Bebeu, bebeu, bebeu e logo depois adormeceu ao lado da palmeira.Exu lhe tomou o saco da criação e entregou ao Orixá Odudua, que com a concessão de Olorum e as devidas oferendas, fez a tarefa que antes seria de Oxalá.Ao acordar Oxalá vê que o mundo já está criado e se dirige a Olorum para expor o ocorrido ao que o Senhor do Orum lhe dá uma nova incumbência, criar os homens.Oxalá toma o barro e com ele modela o homem e a mulher, porém não tem vida, assim chama Olorum para expor a questão, ao que este se aproxima e sopra o sopro da vida animando assim os homens e mulheres modelados por Oxalá.
    Um mito é uma alegoria, uma metáfora que traz um simbolismo da vida e da criação. O mito oculta valores e orientações para a vida em sociedade e o entendimento da relação com o sagrado. Aqui neste mito da criação, um dos mais conhecidos da cultura Nagô-Yorubá, reinterpretado, encontramos muitos elementos para o entendimento e relacionamento com este universo mitológico dos Orixás.

    Basicamente, essa é a história da criação pros povos Yorubás, a essência fundamental do Candomblé. O que não significa que todos acreditem nisso da forma como está escrito, muitos, eu incluso, consideram isso apenas uma alegoria para a criação do universo.

    Quanto à vida em outros planetas, os povos africanos mal conseguiam interpretar os mistérios da natureza ao seu redor, tamanha era a diversidade de vida, quanto mais pensarem em outros planetas.

    O espiritismo, aí, dá uma resposta. Os Kardecistas acreditam que há vida em praticamente todos os planetas, mas que a forma de vida é diferente. O nível de materialismo é diferente. Por exemplo, para eles, existe vida em Marte. Os habitantes de Marte estão num ponto evolutivo superior ao nosso. Por isso, o que seria o nosso perispírito, o corpo etérico que liga o corpo físico à alma, é o corpo "físico" deles. Dessa forma, toda a realidade deles é criada nesse nível plasmar, o que torna impossível para nós, com nossos equipamentos completamente físicos, detectarmos a existência deles.

    Sobre isso, eu realmente não sei muito bem o que pensar. Eu acredito em vida em outros planetas, de forma física e material, por uma simples questão probabilística. Existem centenas de milhões de galáxias, com bilhões de planetas, é impossível que apenas o nosso planeta tenha condições de vida. Há vários planetas que já tiveram vida, já perderam essas vidas, outros que ainda estão nos processos iniciais, e ainda demorarão milhões de anos para terem formas complexas de vida, e outros que estão mais ou menos no nosso estágio evolutivo. É uma questão matemática apenas. Mesmo que haja 0,000000001% de chances de todos os elementos necessários para a vida surgirem exatamente como na Terra, a quantidade absurda de planetas no universo torna essa probabilidade realista.
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  7. #407
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    Nice posts @luigibr.

    A única dúvida que fico é como alguém com tanto conhecimento consegue ter fé. Talvez cada um reaja de uma forma, mas lendo tudo isso pra fica mto claro que qq religião não passa de historinhas que nós criamos (essa do espiritismo sobre Marte é até engraçada pra mim).
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  8. #408
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    Citação Postado originalmente por ekalil Ver Post
    Nice posts @luigibr.

    A única dúvida que fico é como alguém com tanto conhecimento consegue ter fé. Talvez cada um reaja de uma forma, mas lendo tudo isso pra fica mto claro que qq religião não passa de historinhas que nós criamos (essa do espiritismo sobre Marte é até engraçada pra mim).
    Sim, algumas coisas, especialmente alguns rodeios lógicos no Kardecismo, me fazem rir também.

    Mas respondendo à sua pergunta, minha fé é empírica.

    Convivendo com Umbanda, Wicca, Kardecismo e Candomblé desde os 4 anos de idade, praticamente, mesmo na minha fase de ateu, eu nunca consegui deixar de crer na existência de espíritos. Para mim é fato que eles existem.

    Já tive diversas provas disso. Situações nas quais eu estava sozinho, algo aconteceu, e um guia veio falar pra mim sobre o fato meses depois num terreiro. Guias de pessoas que não estavam numa fase da minha vida saberem o que aconteceu sem estarem presentes, e sem frases vagas, típicas das usadas em charlatões e falsas tarólogas. Coisas como "você se deu bem em tal coisa em tal lugar".

    Na primeira vez que minha esposa foi pra roda na casa do meu Babá atual, ele tava cantando vários cânticos aleatórios. Ele olhou pra minha esposa, viu que ela tinha fechado o olho pra chamar alguém, pediu pra parar o cântico e começou o ponto do caboclo dela, ele viu o caboclo do lado dela, e por isso o chamou. E ela nunca tinha dito pra ele quem trabalha com ela.

    Esses são só alguns exemplos. Já tive muitos mais, que fazem com que seja impossível pra mim desacreditar da existência deles.

    Quanto aos orixás, é uma questão um pouco mais ampla. Quando eu tô lá, eu sinto uma energia muito forte, muito grande, muito diferente. Quando tem xirê, e os orixás estão em terra, a coisa é muito diferente de um trabalho normal.

    E na verdade, no meu caso é uma questão de querer acreditar. Eu parto da premissa que os espíritos existem. Se eles existem, e eles dizem que os orixás existem, eu quero acreditar neles. Já tive MUITAS dúvidas na minha vida relacionadas à fé, e não acredito cegamente em tudo, mas eu sinceramente não quero não acreditar em nada.

    Eu sentia minha vida muito vazia por não crer em nada. De verdade, como a minha busca por religião sempre fez parte de mim, estar afastado de tudo me dava uma tristeza enorme, e piorava meu bipolar.

    Desde que voltei a crer, quando entrei no Candomblé, fiz um ebó, fiz um bori, e coisas mudaram na minha vida, e meu Babá disse que foram os orixás que fizeram isso, eu acredito.

    Tô com sono, não sei se consegui me explicar bem, mas a parte de crer em espíritos é empírica, a parte de crer nos orixás é 50% empírica, 50% vontade de crer em algo, e eles são os deuses com os quais eu mais tenho afinidade.
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  9. #409
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    Nice posts @luigibr.

    A única dúvida que fico é como alguém com tanto conhecimento consegue ter fé. Talvez cada um reaja de uma forma, mas lendo tudo isso pra fica mto claro que qq religião não passa de historinhas que nós criamos (essa do espiritismo sobre Marte é até engraçada pra mim).
    Eu sou meio ateu, mas acho fé super importante, da estabilidade emocional pra muita gente, e tem muito haver com a cultura com que a pessoa nasceu. Li a algum tempo atrás no papo de homem sobre fé e espiritualidade pela visão de um psicologo, muito interessante, depois tento postar aqui, abriu muito minha visão sobre a "importância" da religião.
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  10. #410
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    Última edição por KKers; 11-02-2015 às 09:38.
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