@Eduts
Como eu disse na minha primeira resposta a você aqui no tópico, essa conversa de pedir estudo em discussão de fórum é completamente sem sentido. Especialmente numa discussão filosófica como essa, em que estudo nenhum vai mensurar que é x% cultura, y% biologia (até porque não são coisas opostas e excludentes pra poder mensurar assim). Ninguém aqui vai ficar dias lendo estudo pra depois passar semanas escrevendo uma resposta sobre ele. Eu realmente não li Skinner, assim como não li Freud ou Hahnemann, mas já li o suficiente sobre behaviorismo, psicanálise e homeopatia pra criticar essas teorias com embasamento. E também não preciso ler Skinner para discutir sobre natureza humana, assim como você não precisa ter lido tudo que eu já li sobre filosofia, história, antropologia e ciência em geral pra discutir comigo. Mas se quiser ficar com essa briga de quem tem o pinto maior porque leu ou deixou de ler aquilo, be my guest. Acho difícil eu perder essa, mas seria uma briga idiota que não provaria o lado de ninguém.
Sobre evidências científicas, você também não trouxe nenhuma. Citar meia dúzia de livros que falam genericamente sobre influência do meio e instintos não é prova científica de nada. Ninguém aqui tá negando que o meio influencie, muito embora você insista em atacar espantalhos com essa conversa de determinismo biológico. Eu tô cansado de saber que "a humanidade tem uma vasta história de distorcer a Biologia como forma de manipular questões sociais". Mas também tem uma história enorme de usar a cultura, no afã de criar um homem novo, para praticar atrocidades ainda maiores. Mas isso não interfere EM NADA na aferição do que é a verdade. Como eu disse pro Paladino, wishfull thinking é o pensamento enviesado por aquilo que você queria que fosse verdade. E, se pudesse escolher, eu faria do homem uma tábula rasa. Então não vejo como esse viés possa estar afetando meu julgamento.
De resto, seu post ataca um monte de espantalhos. Não vou responder todos porque tô sem tempo, mas vou responder algumas passagens?
Mais uma vez o espantalho do determinismo... Vou quotar o que eu respondi no último post pra mostrar como você insiste em atacar um argumento que ninguém levantou: "a biologia não determina qual papel a mulher ou o homem podem exercer. Ela explica porque, em geral, mulheres se dedicam muito mais a determinadas atividades e homens a outras. Não significa que determinada mulher não possa exercer funções tipicamente masculinas com enorme proficiência e vice-versa".Ora, como não é cruel você das justificações biológicas ao que uma pessoa deve ou não deve fazer? Como você acha que ficam as mulheres que não querem ser mães? Não gostam de seus filhos? Não querem ter mais filhos? Ou aquelas que tem filhos, mas não querem ficar em casa cuidando deles? Mães que estão pouco fudendo para casa e querem ir estudar ou trabalhar?
Primeiro vou reiterar que você tá atacando um espantalho determinista de novo...Imagine alguém dizer para você quitar seu trabalho de advogado e que seu dever é ficar em casa cuidando dos filhos "pq você foi programado para isso".
Mas, respondendo à pergunta, eu ia adorar, porque eu ia ficar livre do trabalho pra fazer aquilo que eu queria da minha vida...
E lembrando que, já que machismo é "a supervalorização das características físicas e culturais associadas com o sexo masculino, em detrimento daquelas associadas ao sexo feminino", eu não tenho nada de machista, já que dou MUITO, mas MUITO mais valor a cuidar da minha família do que ao meu trabalho. Já os "feministos" e feministas...
É claro que eu vou comparar com semelhantes. Quer que eu compare com quem? Com o homem ideal do mundo dos teletubbies? E lembrando que o homo sapiens sapiens existe há 200k anos, o que é quase nada em termos evolutivos. Nós somos praticamente idênticos aos primeiros sapiens que andavam em bandos por aí.Por favor, pare também de comparar homens atuais de maneira inequívoca com o surgimento da nossa espécie ou ainda com outros mamíferos. Obviamente há semelhanças, como afirmou Tio Darwin com a continuidade entre as espécies, mas isso de forma alguma remete a idéia que somos iguais a eles.
A grande questão é que essa discussão é basicamente filosófica, e não vai ser resolvida com um estudo (muito embora deva sempre se embasar em conclusões pontuais tiradas de estudos).Não vai ser jogando