Esquenta - Programa racista ?

[eamorinajr]

https://www.facebook.com/cris.bartis...44?pnref=story

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Cris Bartis com Agê Barros.

1 h · São Paulo, SP, Brasil ·










Eu li, reli e tenho como referência de vida o livro Longe da Árvore de Andrew Solomon. É uma expressão conhecida dizer que “fruta não cai longe do pé", mas o que fazer quando seu filho tem características muito diferentes de você? O livro retrata pais com uma capacidade absurda de empatia que só o amor vindo da paternidade é capaz de desenvolver. Pais com filhos surdos, por exemplo, que aprendem tudo sobre a linguagem de sinais. Pais com filhos com síndrome de down que estudam tudo sobre o assunto, alguns chegam a desenvolver escolas, eles mesmos, para que os filhos sejam melhores acolhidos. Pais com filhos transgêneros que são obrigados a desconstruir tudo que sabiam sobre sexualidade. Pais com filhos superdotados, que precisam saber como lidar com a solidão e reclusão de quem tem uma mente funcionando de outra forma. O livro não fala de adoção interracial, mas o recado está dado: se você é árvore, mesmo que seu fruto tenha características muito diferentes das suas a responsabilidade de criar um espaço de acolhimento, entendimento da identidade e inclusão, onde ele seja amado e respeitado, é sua.
Ser não negra e ter um filho negro é mais que um exercício de paternidade, exige um novo e doloroso olhar sobre a sociedade. O amor precisa vir junto com a abertura para uma nova realidade. Mas sendo árvore, torne-se negro. É preciso se informar, aprender sobre a história, as lutas, escravidão, genocídios, estrutura sociais, formas de inferiorização, minimização do problema, resistência. Não saber não faz a história do negro deixar de existir. Sem o entendimento, a pena é reproduzir velhas estruturas, preconceitos, negações vazias, e racismo. Porque não basta amar para fazer o certo, é preciso conhecimento. Criar um filho ciente de quem ele é, quando ele tem características claramente diferentes das suas, exige mais que amor, exige estudo. Ignorar isso é uma omissão!
Essa compreensão não nasce do dia para noite e também não é fácil. Ouvir que você está exagerando, que virou ativista, que o politicamente correto e e e, quase não tem fim. Fora isso, não é o seu mundo de origem e por isso é difícil ser acolhido. Mas é seu filho!!! É só a coisa mais importante da sua vida!!! Por mais que nos esforcemos, a também conhecida expressão: “faça comigo, mas não faça com meu filho” tem gosto de sangue na nossa boca. Porque não somos negros e nunca seremos, a dor de queimadura do racismo e do preconceito será somente nele. Se você minimizar ou ignorar a dor do seu filho dizendo que isso é coisa da cabeça dele, irá lança-lo ao ostracionismo e solidão do: meu pai não me entende nem nunca vai me entender! Você o ama, precisa conhecer essa condição. Então, em nosso papel de árvore, é nossa obrigação a construção da identidade, cultura e referências para a autoestima e consciência social de uma criança negra empoderada e um futuro adulto negro consciente. Não existe espaço para o “não foi por mal”, deus nos livre se fosse né?! Mas isso não pode ser um esconderijo constante para o não saber. Sim, temos milhares de referências positivas, é só buscar um pouco pra ver além do que você acha que é normal ou padrão. Conversamos abertamente sobre o assunto, sobre as dificuldades e sobre como se posicionar frente ao mundo real, fora da nossa bolha de amor, para que nossa filha seja agente transformadora da sociedade e não vítima dela.
Todo pai quer um mundo melhor para seus filhos, por isso eu faço um convite: tire o raso e o simplismo do seu olhar. Questione, aprofunde, critique, veja além, estude, leia muito, exerça a empatia e não perpetue o racismo e a ignorância. Não espere o dia que seu filho for tomado por pedinte na porta da Animale, que sua filha chegar chorando da escola porque disseram que o cabelo dela é ruim ou que estádio inteiro grite chamando seu filho de macaco para despertar sobre o quanto isso é um problema real e não está somente "nos olhos de quem vê”. Você vai precisar de respostas para seu filho, essa é a sua realidade agora!
p.s 1 - macaco não é somente um animal, é a representação do nosso estado de pré-evolução. Quando ainda não tinhamos raciocínio, quando ainda não éramos humanos. Brancos não são chamados de macacos, mesmo havendo macacos brancos.
p.s 2 - essa entrevista mudou mto meu olhar sobre a necessidade de falar sobre racismo em casa:


"

Texto da Cris Bartis, uma das apresentadoras do Mamilos, que tem uma filha negra adotada.

A maior parte das posições aqui são que os pais não tiveram intenção, eu também acho isso e concordo com a maioria dos argumentos, mas não dá para deixar de ler a opinião de quem também tem a mesma experiência.

[Tche_88]

Experimenta fazer um bigodinho de hitler num cara sem farda, com fisionomia nada parecida com hitler, e vá passear num reduto judeu pra você ver se seu bigode tem ou não significado pra eles, independente de vc se parecer ou não.
Aparece fantasiado de grama no bloco da gaviões da fiel, e tente explicar pra eles que a porcaria da grama nada tem a haver com o palmeiras.
Você terá 2s pra se explicar.

suas comparacoes sao um tiro no peh, irmao. nao afirmam seu ponto de vista, mto pelo contrario.

"Experimenta fazer um bigodinho de hitler num cara sem farda, com fisionomia nada parecida com hitler, e vá passear num reduto judeu pra você ver se seu bigode tem ou não significado pra eles, independente de vc se parecer ou não." - seria o mesmo que entrar vestido de capeta numa igreja durante uma missa. todos tem direito de liberdade de opiniao, e de ter a crenca que quiserem, mas seria um desrespeito imenso para com os crentes. nao houve desrespeito e ninguem no caso da fantasia do abu, e assim nao diz respeito a mais ninguem a nao ser a eles mesmos.

"Aparece fantasiado de grama no bloco da gaviões da fiel, e tente explicar pra eles que a porcaria da grama nada tem a haver com o palmeiras. Você terá 2s pra se explicar." - fazer essa comparacao defendendo os ofendidos no caso do abu, eh o mesmo que defender o fanatismo intolerante e violento das torcidas organizadas no futebol. como se a violencia deles tivesse alguma razao. eu a acharia valida se vc estivesse se referindo ao bom senso dos pais. que apesar de nao terem feito nada de errrado, poderiam ter evitado isso, protegendo sua familia daqueles que enxergam a raca negra como coitados.

Acontece, que durante anos e ainda hoje, negros são comparados a macacos não somente as semelhanças físicas, mas também comparados em intelecto, comportamento e "evolução".
Diferente de qualquer outra comparação ao qual as outras pessoas sofrem.

sobre esse assunto, vcs acham mesmo que a evolucao nao funcionou de forma diferente para variadas etnias? que existem descendentes de certas racas que vao ter predisposicao melhor pra certas areas e pior pra outras? e deixando todo o romantismo de lado, frisando no realismo... nao acham que possivel que exista etnia menos predisposta pra maior parte das areas relevantes no mundo de hj? vc pega duas pessoas da mesma etnia, mesma crenca, mesmo partido politico e torcedor do mesmo time de futebol... ja vao existir incontaveis diferencas e incontaveis aspectos, imagina entao de pessoas de sortidas racas.

entao existem diferencas sim pras racas, superioridade em diferentes areas. e o direito sobre voz e opiniao propria sobre elas deveria ser algo incontestavel. a unica coisa a ser repreendida, deveriam ser ideias sobre diferentes direitos a diferentes racas. opa, cotas? mais uma forma de segregacao, e disfarcada como uma medida de igualdade.

essa ideia de que o negro eh cafe com leite perante a sociedade e a lei eh q eh nociva de diferentes formas. tanto pelo odio que acaba sendo formado na cabecas deles, quanto pela revolta que isso causa nas outras etnias em geral.

Você precisa acrescentar reputação a outros antes de acrescentá-la a Bolengo novamente.

[ekalil]

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Cris Bartis com Agê Barros.

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Eu li, reli e tenho como referência de vida o livro Longe da Árvore de Andrew Solomon. É uma expressão conhecida dizer que “fruta não cai longe do pé", mas o que fazer quando seu filho tem características muito diferentes de você? O livro retrata pais com uma capacidade absurda de empatia que só o amor vindo da paternidade é capaz de desenvolver. Pais com filhos surdos, por exemplo, que aprendem tudo sobre a linguagem de sinais. Pais com filhos com síndrome de down que estudam tudo sobre o assunto, alguns chegam a desenvolver escolas, eles mesmos, para que os filhos sejam melhores acolhidos. Pais com filhos transgêneros que são obrigados a desconstruir tudo que sabiam sobre sexualidade. Pais com filhos superdotados, que precisam saber como lidar com a solidão e reclusão de quem tem uma mente funcionando de outra forma. O livro não fala de adoção interracial, mas o recado está dado: se você é árvore, mesmo que seu fruto tenha características muito diferentes das suas a responsabilidade de criar um espaço de acolhimento, entendimento da identidade e inclusão, onde ele seja amado e respeitado, é sua.
Ser não negra e ter um filho negro é mais que um exercício de paternidade, exige um novo e doloroso olhar sobre a sociedade. O amor precisa vir junto com a abertura para uma nova realidade. Mas sendo árvore, torne-se negro. É preciso se informar, aprender sobre a história, as lutas, escravidão, genocídios, estrutura sociais, formas de inferiorização, minimização do problema, resistência. Não saber não faz a história do negro deixar de existir. Sem o entendimento, a pena é reproduzir velhas estruturas, preconceitos, negações vazias, e racismo. Porque não basta amar para fazer o certo, é preciso conhecimento. Criar um filho ciente de quem ele é, quando ele tem características claramente diferentes das suas, exige mais que amor, exige estudo. Ignorar isso é uma omissão!
Essa compreensão não nasce do dia para noite e também não é fácil. Ouvir que você está exagerando, que virou ativista, que o politicamente correto e e e, quase não tem fim. Fora isso, não é o seu mundo de origem e por isso é difícil ser acolhido. Mas é seu filho!!! É só a coisa mais importante da sua vida!!! Por mais que nos esforcemos, a também conhecida expressão: “faça comigo, mas não faça com meu filho” tem gosto de sangue na nossa boca. Porque não somos negros e nunca seremos, a dor de queimadura do racismo e do preconceito será somente nele. Se você minimizar ou ignorar a dor do seu filho dizendo que isso é coisa da cabeça dele, irá lança-lo ao ostracionismo e solidão do: meu pai não me entende nem nunca vai me entender! Você o ama, precisa conhecer essa condição. Então, em nosso papel de árvore, é nossa obrigação a construção da identidade, cultura e referências para a autoestima e consciência social de uma criança negra empoderada e um futuro adulto negro consciente. Não existe espaço para o “não foi por mal”, deus nos livre se fosse né?! Mas isso não pode ser um esconderijo constante para o não saber. Sim, temos milhares de referências positivas, é só buscar um pouco pra ver além do que você acha que é normal ou padrão. Conversamos abertamente sobre o assunto, sobre as dificuldades e sobre como se posicionar frente ao mundo real, fora da nossa bolha de amor, para que nossa filha seja agente transformadora da sociedade e não vítima dela.
Todo pai quer um mundo melhor para seus filhos, por isso eu faço um convite: tire o raso e o simplismo do seu olhar. Questione, aprofunde, critique, veja além, estude, leia muito, exerça a empatia e não perpetue o racismo e a ignorância. Não espere o dia que seu filho for tomado por pedinte na porta da Animale, que sua filha chegar chorando da escola porque disseram que o cabelo dela é ruim ou que estádio inteiro grite chamando seu filho de macaco para despertar sobre o quanto isso é um problema real e não está somente "nos olhos de quem vê”. Você vai precisar de respostas para seu filho, essa é a sua realidade agora!
p.s 1 - macaco não é somente um animal, é a representação do nosso estado de pré-evolução. Quando ainda não tinhamos raciocínio, quando ainda não éramos humanos. Brancos não são chamados de macacos, mesmo havendo macacos brancos.
p.s 2 - essa entrevista mudou mto meu olhar sobre a necessidade de falar sobre racismo em casa:


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Texto da Cris Bartis, uma das apresentadoras do Mamilos, que tem uma filha negra adotada.

A maior parte das posições aqui são que os pais não tiveram intenção, eu também acho isso e concordo com a maioria dos argumentos, mas não dá para deixar de ler a opinião de quem também tem a mesma experiência.

Obviamente a opinao dela tem bastante peso e faz mto sentido. So que nao ficou claro pra mim o que ela esperaria dos pais num caso desses. Evitar usar aquela fantasia pra proteger o filho? Usar e explicar pro filho as consequencias?

Eu tb sou do grupo que nao pode ter opiniao (homem, branco, hetero, classe media, coxinha, etc), mas se eu pudesse ter, eu acho que uma crianca negra criada como "uma crianca qualquer", sem ficar o tempo todo focando na cor, tem mais chances de virar um adulto que lida bem com as questoes do racismo do que uma que cresce sendo "protegida" ou preparada o tempo todo para o que vai sofrer na vida.

Provavelmente nao tem mundo perfeito. No primeiro caso a crianca cresce se achando igual a todos, mas toma porrada da vida quando enfrentar o racismo. No segundo, a crianca sabe o que vai enfrentar, mas corre o risco de crescer se achando diferente, o que imo pode de alguma forma fortalecer o racismo.

[Kleber]

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Eu li, reli e tenho como referência de vida o livro Longe da Árvore de Andrew Solomon. É uma expressão conhecida dizer que “fruta não cai longe do pé", mas o que fazer quando seu filho tem características muito diferentes de você? O livro retrata pais com uma capacidade absurda de empatia que só o amor vindo da paternidade é capaz de desenvolver. Pais com filhos surdos, por exemplo, que aprendem tudo sobre a linguagem de sinais. Pais com filhos com síndrome de down que estudam tudo sobre o assunto, alguns chegam a desenvolver escolas, eles mesmos, para que os filhos sejam melhores acolhidos. Pais com filhos transgêneros que são obrigados a desconstruir tudo que sabiam sobre sexualidade. Pais com filhos superdotados, que precisam saber como lidar com a solidão e reclusão de quem tem uma mente funcionando de outra forma. O livro não fala de adoção interracial, mas o recado está dado: se você é árvore, mesmo que seu fruto tenha características muito diferentes das suas a responsabilidade de criar um espaço de acolhimento, entendimento da identidade e inclusão, onde ele seja amado e respeitado, é sua.
Ser não negra e ter um filho negro é mais que um exercício de paternidade, exige um novo e doloroso olhar sobre a sociedade. O amor precisa vir junto com a abertura para uma nova realidade. Mas sendo árvore, torne-se negro. É preciso se informar, aprender sobre a história, as lutas, escravidão, genocídios, estrutura sociais, formas de inferiorização, minimização do problema, resistência. Não saber não faz a história do negro deixar de existir. Sem o entendimento, a pena é reproduzir velhas estruturas, preconceitos, negações vazias, e racismo. Porque não basta amar para fazer o certo, é preciso conhecimento. Criar um filho ciente de quem ele é, quando ele tem características claramente diferentes das suas, exige mais que amor, exige estudo. Ignorar isso é uma omissão!
Essa compreensão não nasce do dia para noite e também não é fácil. Ouvir que você está exagerando, que virou ativista, que o politicamente correto e e e, quase não tem fim. Fora isso, não é o seu mundo de origem e por isso é difícil ser acolhido. Mas é seu filho!!! É só a coisa mais importante da sua vida!!! Por mais que nos esforcemos, a também conhecida expressão: “faça comigo, mas não faça com meu filho” tem gosto de sangue na nossa boca. Porque não somos negros e nunca seremos, a dor de queimadura do racismo e do preconceito será somente nele. Se você minimizar ou ignorar a dor do seu filho dizendo que isso é coisa da cabeça dele, irá lança-lo ao ostracionismo e solidão do: meu pai não me entende nem nunca vai me entender! Você o ama, precisa conhecer essa condição. Então, em nosso papel de árvore, é nossa obrigação a construção da identidade, cultura e referências para a autoestima e consciência social de uma criança negra empoderada e um futuro adulto negro consciente. Não existe espaço para o “não foi por mal”, deus nos livre se fosse né?! Mas isso não pode ser um esconderijo constante para o não saber. Sim, temos milhares de referências positivas, é só buscar um pouco pra ver além do que você acha que é normal ou padrão. Conversamos abertamente sobre o assunto, sobre as dificuldades e sobre como se posicionar frente ao mundo real, fora da nossa bolha de amor, para que nossa filha seja agente transformadora da sociedade e não vítima dela.
Todo pai quer um mundo melhor para seus filhos, por isso eu faço um convite: tire o raso e o simplismo do seu olhar. Questione, aprofunde, critique, veja além, estude, leia muito, exerça a empatia e não perpetue o racismo e a ignorância. Não espere o dia que seu filho for tomado por pedinte na porta da Animale, que sua filha chegar chorando da escola porque disseram que o cabelo dela é ruim ou que estádio inteiro grite chamando seu filho de macaco para despertar sobre o quanto isso é um problema real e não está somente "nos olhos de quem vê”. Você vai precisar de respostas para seu filho, essa é a sua realidade agora!
p.s 1 - macaco não é somente um animal, é a representação do nosso estado de pré-evolução. Quando ainda não tinhamos raciocínio, quando ainda não éramos humanos. Brancos não são chamados de macacos, mesmo havendo macacos brancos.
p.s 2 - essa entrevista mudou mto meu olhar sobre a necessidade de falar sobre racismo em casa:


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Texto da Cris Bartis, uma das apresentadoras do Mamilos, que tem uma filha negra adotada.

A maior parte das posições aqui são que os pais não tiveram intenção, eu também acho isso e concordo com a maioria dos argumentos, mas não dá para deixar de ler a opinião de quem também tem a mesma experiência.

Obviamente a opinao dela tem bastante peso e faz mto sentido. So que nao ficou claro pra mim o que ela esperaria dos pais num caso desses. Evitar usar aquela fantasia pra proteger o filho? Usar e explicar pro filho as consequencias?

Eu tb sou do grupo que nao pode ter opiniao (homem, branco, hetero, classe media, coxinha, etc), mas se eu pudesse ter, eu acho que uma crianca negra criada como "uma crianca qualquer", sem ficar o tempo todo focando na cor, tem mais chances de virar um adulto que lida bem com as questoes do racismo do que uma que cresce sendo "protegida" ou preparada o tempo todo para o que vai sofrer na vida.

Provavelmente nao tem mundo perfeito. No primeiro caso a crianca cresce se achando igual a todos, mas toma porrada da vida quando enfrentar o racismo. No segundo, a crianca sabe o que vai enfrentar, mas corre o risco de crescer se achando diferente, o que imo pode de alguma forma fortalecer o racismo.

E corre o risco de ver racismo onde não tem.

Btw, aqui em Portugal a parada é sick, tem uma galera que nem esconde racismo. Tipo, em geral acho que o pessoal não é racista, mas os que são não escondem e ngn liga. As frases que ouço aqui são bizarras.

[eamorinajr]

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Ser não negra e ter um filho negro é mais que um exercício de paternidade, exige um novo e doloroso olhar sobre a sociedade. O amor precisa vir junto com a abertura para uma nova realidade. Mas sendo árvore, torne-se negro. É preciso se informar, aprender sobre a história, as lutas, escravidão, genocídios, estrutura sociais, formas de inferiorização, minimização do problema, resistência. Não saber não faz a história do negro deixar de existir. Sem o entendimento, a pena é reproduzir velhas estruturas, preconceitos, negações vazias, e racismo. Porque não basta amar para fazer o certo, é preciso conhecimento. Criar um filho ciente de quem ele é, quando ele tem características claramente diferentes das suas, exige mais que amor, exige estudo. Ignorar isso é uma omissão!
Essa compreensão não nasce do dia para noite e também não é fácil. Ouvir que você está exagerando, que virou ativista, que o politicamente correto e e e, quase não tem fim. Fora isso, não é o seu mundo de origem e por isso é difícil ser acolhido. Mas é seu filho!!! É só a coisa mais importante da sua vida!!! Por mais que nos esforcemos, a também conhecida expressão: “faça comigo, mas não faça com meu filho” tem gosto de sangue na nossa boca. Porque não somos negros e nunca seremos, a dor de queimadura do racismo e do preconceito será somente nele. Se você minimizar ou ignorar a dor do seu filho dizendo que isso é coisa da cabeça dele, irá lança-lo ao ostracionismo e solidão do: meu pai não me entende nem nunca vai me entender! Você o ama, precisa conhecer essa condição. Então, em nosso papel de árvore, é nossa obrigação a construção da identidade, cultura e referências para a autoestima e consciência social de uma criança negra empoderada e um futuro adulto negro consciente. Não existe espaço para o “não foi por mal”, deus nos livre se fosse né?! Mas isso não pode ser um esconderijo constante para o não saber. Sim, temos milhares de referências positivas, é só buscar um pouco pra ver além do que você acha que é normal ou padrão. Conversamos abertamente sobre o assunto, sobre as dificuldades e sobre como se posicionar frente ao mundo real, fora da nossa bolha de amor, para que nossa filha seja agente transformadora da sociedade e não vítima dela.
Todo pai quer um mundo melhor para seus filhos, por isso eu faço um convite: tire o raso e o simplismo do seu olhar. Questione, aprofunde, critique, veja além, estude, leia muito, exerça a empatia e não perpetue o racismo e a ignorância. Não espere o dia que seu filho for tomado por pedinte na porta da Animale, que sua filha chegar chorando da escola porque disseram que o cabelo dela é ruim ou que estádio inteiro grite chamando seu filho de macaco para despertar sobre o quanto isso é um problema real e não está somente "nos olhos de quem vê”. Você vai precisar de respostas para seu filho, essa é a sua realidade agora!
p.s 1 - macaco não é somente um animal, é a representação do nosso estado de pré-evolução. Quando ainda não tinhamos raciocínio, quando ainda não éramos humanos. Brancos não são chamados de macacos, mesmo havendo macacos brancos.
p.s 2 - essa entrevista mudou mto meu olhar sobre a necessidade de falar sobre racismo em casa:


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Texto da Cris Bartis, uma das apresentadoras do Mamilos, que tem uma filha negra adotada.

A maior parte das posições aqui são que os pais não tiveram intenção, eu também acho isso e concordo com a maioria dos argumentos, mas não dá para deixar de ler a opinião de quem também tem a mesma experiência.

Obviamente a opinao dela tem bastante peso e faz mto sentido. So que nao ficou claro pra mim o que ela esperaria dos pais num caso desses. Evitar usar aquela fantasia pra proteger o filho? Usar e explicar pro filho as consequencias?

Eu tb sou do grupo que nao pode ter opiniao (homem, branco, hetero, classe media, coxinha, etc), mas se eu pudesse ter, eu acho que uma crianca negra criada como "uma crianca qualquer", sem ficar o tempo todo focando na cor, tem mais chances de virar um adulto que lida bem com as questoes do racismo do que uma que cresce sendo "protegida" ou preparada o tempo todo para o que vai sofrer na vida.

Provavelmente nao tem mundo perfeito. No primeiro caso a crianca cresce se achando igual a todos, mas toma porrada da vida quando enfrentar o racismo. No segundo, a crianca sabe o que vai enfrentar, mas corre o risco de crescer se achando diferente, o que imo pode de alguma forma fortalecer o racismo.

Eu entendi que ela não criticou os pais pela fantasia, mas sim a resposta do pai que disse que não imaginava ter esse tipo critica, que não imaginava que as pessoas iriam falar mal.

Pais negros já teriam esse expectativa. Por sofrerem com situações de racismo a vida inteira, eles já sabem que se fantasiarem o filho de macaco, vão abrir a guarda para comentários.

Eu acho que enquanto criança pequena tem que ser tratada como qualquer criança. Mas a partir do momento em que ela passa a entender o mundo, tem sim que ser preparada. Usando os exemplos do texto, o que você vai dizer para seu filho quando: ele for barrado ao tentar entrar em um lugar, estiver numa loja e seguranças ficarem próximos, na escolinha chamarem seu cabelo de bombril, cometer um erro e ouvir "tinha que ser preto", ler piadas de preto na internet, estudar em história que negros eram considerados inferiores etc.

Se você, branco, escolheu adotar uma criança negra, você tem que se preparar para preparar seu filho quando necessário.

[TiagoM]

Enquanto a gente discute isso o moleque tá aproveitando o carnaval. Olha a cara do menino na foto, felizasso.
Considerando que o menino é adotado, esses pais aí tinham era que ganhar um prêmio!
Puta criatividade!

[Ace One]

Seria o problema cultural?

https://m.youtube.com/#/channel/UCJq...f1MPequlvDgGkA

[ex-ReiDaCacheta]

Atropelamento. Praticamente um Brasil x Alemanha...

[lagostinha]

lembrei desse topico

https://catracalivre.com.br/geral/ci...r-internautas/

https://catracalivre.com.br/geral/ci...u-vocabulario/

no 2o link, algumas expressoes nem sabia que se referia a raca em si lol

[Picinin]

lembrei desse topico

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no 2o link, algumas expressoes nem sabia que se referia a raca em si lol

É porque provavelmente não se referem mesmo, é mimimi tipo o da campanha de moda aí.