Postado originalmente por
bueno09
Cidades parecidas com SP tem poucas no mundo. De tamanho vai ter Cidade do México, Pequim, Tóquio e algumas da Índia, mas com as características parecidas acho que só Cidade do México. Mas lá eles nunca investiram muito em ônibus, mais em metrô, o trabalho foi meio descordenado e a cidade tem um dos trânsitos mais caóticos do mundo, fora que eles não produzem tanta riqueza quanto SP, então é mais dificil subsidiar forte o sistema.
Cidades européias subsidiam MUITO o transporte pra locais. Tem uns passes lá mensais pra habitante que vc usa ilimitado que a diferença é sick pro turista que vai e compra bilhete individual, e vc usa o sistema todo, bondes, ônibus e metrô. Tokyo é assim tbem,
O importante nesse caso de SP são os conceitos, essa aqui é a malha do metrô de SP daqui 10-13anos.
Algumas das linhas novas tem atraído a iniciativa privada pq a rentabilidade é boa e fora do Brasil vc não tem tantas oportunidades assim, Espanholada tá caindo com tudo aqui, Linha 6 laranja é um exemplo disso.
Quando você tiver esse sistema pronto e eventuais linhas novas que surjam nesse meio tempo vc vai ter a necessidade de ter um sistema de ônibus que coloque gente dentro do metrô, afinal, por maior que seja a malha do metrô, ele não fica na porta da casa de todo mundo, e alguns trajetos fazem até mais sentido ir de ônibus do que de metrô.
Aí se vc tem uma política agressiva de incentivo ao ônibus como vc vai colocar mais gente na malha de metrô vc consegue negociar condições melhores nas PPPs do metrô , só que pra essas políticas agressivas existirem vc tem que abrir a caixa preta e ver se é possível com mais eficiencia nos gastos (isto é, parar de fazer fortuna pra 3, 4 empresários que cartelizam o setor) subsidiar ainda mais o sistema pra conseguir esse efeito cascata todo.
Enfim, acho que meu ponto ficou meio claro, do nada fazer tudo gratuito não faz sentido, mas conforme vc vai investindo e deixando tudo mais eficiente, conectado, com mais gente usando, os ganhos que vc tem com isso vão acabar abrindo a possibilidade de se não fazer gratuito pelo menos subsidiar bastante com parceiros da iniciativa privada pra ajudar a pagar essa conta.