Postado originalmente por
monstrodan
Se tudo é cultura, nada é cultura. Se tudo é bom, nada é bom. Se todos são especiais, ninguém é especial. É tão simples que é estranho "não entenderem".
A "música" do cara é uma porcaria, isso não é discutível. Gostar ou não da porcaria é que é subjetivo. Vender e fazer sucesso nunca foi e nunca será parâmetro de qualidade. Na nossa sociedade, aliás, muito pelo contrário.
E todos esses caras tem muito pouco mérito pelo sucesso alcançado. Não foi ele que fez o que fez sem ter ferramentas, sem saber música ou ter instrução, foi um profissional muito bem instruído e antenado, um produtor com uma gravadora foda por trás e muita sede de ganhar dinheiro com a falta de cultura e senso-crítico do povo. Aliás longe de mim criticar essa parte, valorizo muito a livre iniciativa, a identificação de oportunidades de negócio e a satisfação de uma determinada demanda, seja ela qual for. Mas isso não torna a parada boa.
Se não fosse o Guime, seria o Mine, se não fosse o Zezinho seria o Luizinho, tá cheio de gente exatamente com o mesmo perfil, com a mesma história de vida e fazendo "música" do mesmo jeito. Ele só estava no lugar certo, na hora certa e agradou as pessoas certas.
Uma característica dessas porcarias é que, exatamente por serem grandes porcarias, são efêmeras. Não sobrevivem ao teste do tempo e rapidamente é possível perceber que o indivíduo não tinha talento nenhum, e durou o quanto os produtores conseguiram fazer ele durar. O ritmo da moda está sempre mudando e esses pobres coitados que estão debaixo dos holofotes, novamente, não tem controle nenhum sobre isso.